O Grupo XIX de Teatro dá sequencia na programação da mostra de espetáculos montados durante os núcleos de pesquisa 2014. No próximo sábado, dia 25 de abril, tem sessão da peça América Vizinha, montagem do Grupo Los Cucarachos, com direção de Juliana Sanches (às 17h); exibição do vídeo Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública (às 19h) e apresentação do espetáculo Memórias de Cabeceira, do Coletivo Analógico de Teatro, com direção de Rodolfo Amorim (às 20h).
Dia 26 de abril, domingo, tem exibição do vídeo Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública (às 19h) e apresentação dos espetáculos Memórias de Cabeceira (às 20h30, na praça da vila) e Foi Um Carnaval Que Passou, com direção e orientação dramatúrgica de Ronaldo Serruya (às 20h30, no Armazém 19). Toda programação acontece na Vila Maria Zélia e tem entrada gratuita.
As ações fazem parte do novo projeto do grupo Teorema: Sobre Certezas, Hipóteses e Vagalumes, contemplados pela 26º Edição da Lei do Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo, que prevê, ainda, a montagem de espetáculo inédito sobre a obra Teorema, de Pier Paolo Pasolini, com dramaturgia de Alexandre Dal Farra em colaboração com grupo (previsão de estreia no segundo semestre).
Além de propiciar aos trabalhos que surgiram nos núcleos de pesquisa o local e estrutura necessárias para a continuidade, o grupo também promove uma programação intensa no intuito de manter o espaço aberto e com atividades que promovam a formação de público. Essa é também uma maneira de convidar pessoas que venham assistir os trabalhos a se inscreverem nos novos núcleos de 2015.
Desde 2005, o Grupo XIX de Teatro desenvolve projeto de oficinas gratuitas de longa duração que tem como objetivo o intercâmbio entre artistas de diversas formações, assim como estudantes de artes, e interessados em vivenciar uma experiência artística. Nesses 14 anos de trabalho ininterrupto o grupo dedicou-se a criação de cinco espetáculos com dramaturgias inéditas - todos em repertório até hoje.
A Vila Maria Zélia fundada em 1917 e tombada pelo Patrimônio Histórico em 1992 é um espaço de pesquisa, difusão e formação graças ao trabalho contínuo do grupo em colaboração com a comunidade e sob o apoio de alguns editais públicos que subsidiaram parte das ações do grupo nesse local. A ideia é ser um espaço de difusão e formação já que, além de receber espetáculos de teatro e dança em temporada e residências, exposições e exibições de filmes, acolhe também o projeto dos Núcleos de Pesquisa, uma das principais vertentes de trabalho do grupo hoje.
Programação do Armazém 19
Dia 25 de abril – Sábado
17h - Espetáculo América Vizinha
19h - Vídeo/instalação Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública
20h – Espetáculo Memórias de Cabeceira
Dia 26 de abril - Domingo
19h – Vídeo/instalação Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública
20h30 - Espetáculo Memórias de Cabeceira (na praça da vila)
20h30 – Espetáculo Foi Um Carnaval Que Passou (no Armazém)
Dia 2 de maio – Sábado
19h – Vídeo/instalação Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública
20h – Espetáculo Memórias de Cabeceira
Dia 3 de maio - Domingo
19h- Vídeo/instalação Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública
20h – Espetáculo Memórias de Cabeceira
20h30 – Espetáculo Foi Um Carnaval Que Passou
Dia 9 de maio – Sábado
19h – Vídeo/instalação Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública
20h – Espetáculo Quebra Cabeça (na praça da vila)
20h – Espetáculo Memórias de Cabeceira (no Armazém)
Dia 10 de maio – Domingo
18h – Espetáculo Quebra Cabeça - Camila dos Anjos
19h - Vídeo Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública
20h – Espetáculo Memórias de Cabeceira
20h30 – Espetáculo Foi Um Carnaval Que Passou
Sinopses dos espetáculos
Espetáculos
América Vizinha
Inspirados pela obra “O Século do Vento” de Eduardo Galeano, o Grupo Los Cucarachos (formado durante o Núcleo de Pesquisas 2014 e contemplados com o Edital Proac Primeiras Obras) permitiu-se navegar pelas histórias latinas do século passado. Afetados pela paixão, pela injustiça e heroísmo que marca tantas vidas e obras, os artistas-criadores lançaram-se nessa viagem tão real que beira o fantástico, procurando chegar mais perto de nossos vizinhos.
Passando por guerras e personagens como Frida Kahlo, Che Guevara, Carlos Gardel, Evita Perón, Violeta Parra, Pablo Neruda, e tantos outros anônimos e célebres, as histórias foram criadas coletivamente, lançando mão de misturas, de contaminações entre tempos e países, chegando num povoado fictício: San Pueblo Exilado, um lugar tão inventado quanto real.
Ficha técnica:
Direção: Juliana Sanches. Assistência de direção: Tatiana Ribeiro. Direção musical: Matias Nuñes. Atores-criadores: Amilton de Azevedo, Bruno Piva, Daniel Viana, Débora Ribeiro, Denise Sperandelli, Gabi Costa, Juan Manuel Tellategui, Luisa Dalgalarrondo, Maria Carolina Dressler, Rosana Borges Silva, Tatiana Ribeiro, Thai Leão, Vanessa Candela e Vinicius Brasileiro. Músico convidado: Matias Nuñes. Cenário: Maria Isabela e Michel Fogaça. Figurinos: criação coletiva. Assistência de Figurino: Gabi Costa. Produção: Vanessa Candela, Luisa Dalgalarrondo, Denise Sperandelli e Amilton de Azevedo. Ilustração: Jaider Rosado. Coreografias: Michel Fogaça e Juliana Sanches iluminação: Michel Fogaça e Luciano Morgado.Contra-regra: Luciano Morgado. Mídias sociais: Maria Carolina Dressler. Duração: 90 minutos. Classificação: 16 anos. Capacidade: 70 lugares.
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Memórias de Cabeceira
Esse núcleo teve como foco da pesquisa a criação de um retrato cênico de pessoas próximas a seus integrantes. Um caminho para a elaboração de uma dramaturgia própria dos atores a partir de memórias sobre seus retratados. Ao longo dos encontros, cada retrato foi contaminado pelo coletivo, criando um único experimento para ser compartilhado com o público.
Durante o processo, cada integrante pode aprofundar seu entendimento sobre o outro e sobre si mesmo, ao compreender os motivos que o fizeram escolher determinada pessoa como modelo e que o guiou na elaboração desse depoimento teatral.
Ficha técnica:
Orientação: Rodolfo Amorim. Participantes: Bruno Canabarro, Cleuber Gonçalves, Natália Ribeiro e Vinícios Titae. Iluminação: Michel Fogaça.Cenotécnico: Luciano Morgado. Duração: 60 minutos. Classificação: Livre. Capacidade: 36 lugares. Local: Praça da Vila Maria Zélia.
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Foi Um Carnaval Que Passou
A partir da ideia do carnaval como metáfora da subversão e da ideia do corpo livre como utopia, os atores do núcleo de pesquisa ator-dramaturgo/2014 criaram personas e fantasias para falar do tempo em que vivem e da (im) possibilidade de construir novas identidades no mundo de hoje.
Usando referências autobiográficas, textos filosóficos e autores contemporâneos, os atores construíram seus discursos, em cenas que se contaminam entre si, num espaço livre onde os espectadores constroem espacialidades e sentidos.
Ficha técnica:
Direção e orientação dramatúrgica: Ronaldo Serruya. Atores dramaturgos: André Martins (Rainha da Melancolia), Edson Raphael (Homem-amarra), Fernanda Roman (Dorotéia Borrada), Lucas Dantas (Bom Moço), Tâmara Vasconcelos (Palhaço das Perdidas Ilusões), Tatiana Caltabiano (A Mulher Bomba) e Tuany Mancini (Filha da Vergonha). Duração: 60 minutos. Classificação: 16 anos. Capacidade: 40 lugares.
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Quebra Cabeça
Um imenso quebra-cabeça cheio de buracos e peças que não se encaixam. Memórias, personagens e referências se cruzam e se confundem na procura de pistas. Registros e documentos acompanhados de um esgotamento, de uma ausência e de uma sensação estranha de ser só atriz e mais nada.
Ficha Técnica:
Concepção, atuação e direção: Camila dos Anjos. Duração: 60 minutos. Classificação: 12 anos. Capacidade: 54 lugares.
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Vídeo/instalação
Dramaturgias Secretas de Uma Vida Sexual Pública
Um vídeo/instalação com duração de 20 minutos permite que cada expectador assista o vídeo sozinho e com fones de ouvido.
Hoje a vida sexual das pessoas é debatida por parlamentares e religiosos, redes sociais e aplicativos de celular e apresentam uma "nova" forma de conhecer as pessoas. A partir das narrativas trazidas pelos atores/pesquisadores o núcleo levantou um perfil possível de uma vida sexual contemporânea nos centros urbanos. Ao mesmo coloca em jogo as possibilidades de discutir esta questão em cena no espaço da cidade.
Foram usados recursos de audiovisual tanto para captação de depoimentos quanto para dramatizações dos mesmo. O resultado é um Plano Sequência que começa na Avenida Paulista e termina na Marginal Pinheiros, passando por estações, ruas, banheiros nos quais os atores/personagens se misturam com a cidade e revelam uma sexualidade que se apresenta nas frestas de uma metrópole que tem muitas camadas. O plano sequência aproxima a experiência ao teatro e a performance obrigando os atores a trabalharem sem truques ou efeitos.
Ficha técnica:
Orientação: Luiz Fernando Marques. Artistas-criadores: André Medeiros Martins, Fernando Delabio, João Hannuch, Leonardo Oliveira, Luciano Morgado, Luiz Gustavo Jahjah, Marcelo Zorzeto, Paulo Arcuri, Rodrigo Sampaio e Ronaldo Serruya. Duração: 20 minutos. Classificação: 18 anos.Capacidade: 60 lugares.
Serviço:
ARMAZÉM 19 – Rua Mário Costa 13 (Entre as ruas Cachoeira e dos Prazeres) – Belém. Telefone – (11) 2081-4647. Acesso para deficientes físicos. Informações e reservas, de segunda a sexta-feira das 14 às 18h. Estacionamento gratuito. Site - www.grupoxix.com.br