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Fábio Porchat é o convidado do Provocações na terça-feira

3 de Novembro de 2014

 

 Antônio Abujamra recebe nesta terça-feira (4/11), no Provocações, o roteirista, escritor, ator e humorista Fábio Porchat, que ficou conhecido nacionalmente pelo canal Porta dos Fundos. O programa vai ao ar às 23h30, na TV Cultura.

Durante a entrevista, Porchat ressalta a relevância da plataforma digital. “Eu vejo que a força da internet hoje é descomunal. O Porta dos Fundos dá mais Ibope do que qualquer emissora de televisão fechada e muitos programas da TV aberta. Então eu acho uma burrice você querer ir para a televisão para ser famoso”.

Fábio enfatiza que o stand-up  brasileiro tem a missão de trazer o jovem para o teatro e ressalta que é preciso evoluir. “O próximo passo do stand-up no Brasil é fazer a pessoa rir e pensar ao mesmo tempo. O stand-up americano há muito tempo fala de política, racismo, aborto e suicídio. Fala de assuntos que são relevantes e bons de serem falados e tratados com humor.”

Porchat explica que o stand-up impulsionou o surgimento de novos comediantes. “Eu acho que a nova geração de comediante está trazendo para o teatro uma juventude que nem sabia que existia o teatro. As pessoas odeiam o teatro, o público de maneira geral não gosta do teatro, porque 90% do teatro que existe é muito ruim e teatro ruim é a pior coisa que existe”.

Segundo o artista, o público está cansado da mesmice no teatro e na televisão.  “O público estava cansado de ouvir as mesmas piadas. A televisão é muito careta, um ‘bundamolismo’ rolando muito forte na televisão aberta e fechada no Brasil. A  nova geração veio falando o que queria falar, do jeito que queria falar”.

Com sua experiência no meio televisivo, critica: “a televisão encaretou-se de tal forma que os grandes comediantes, os grandes autores, encaretaram juntos”.

Na visão do humorista, outro benefício deste gênero é a valorização de uma nova dramaturgia. “O texto no stand-up é muito importante e eu acho que essa é uma das coisas muito boas que o stand-up trouxe, que foi a valorização do texto. No Brasil, um país que não lê, que não sabe que as pessoas escrevem para a televisão [...] e o stand-up trouxe isso à tona”.

 

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