A escritora e autora Jô Ramos, tomou como batalha e luta o direito da mulher, seu novo livro é uma tentativa de popularizar leis, decretos e documentos que reafirmam os direitos das mulheres.
“Escolhi este tema depois de muitas palestras realizadas por mim em várias comunidades do país e conferir que a desinformação sobre os direitos da mulher é total. A indiferença das autoridades em divulgar os direitos alcançados pelas mulheres chega a ser indecente em um país onde a cada 2 horas uma mulher é assassinada”, alega Jô
O livro é dedicado à paquistanesa Malala Yousafzai, que luta pelo direito das meninas de seu país a freqüentar a escola.
“Abro este livro com a Carta das Mulheres que considero o documento mais importante na luta pelos direitos da mulher no Congresso, redigida por mulheres de todo o país e organizada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher criado em agosto de 1985”, afirma Jô
A Carta das Mulheres Brasileiras aos Constituintes foi entregue em 1987 ao deputado Ulisses Guimarães, Presidente do Congresso Nacional. Nela estavam várias revindicações do movimento feminista brasileiro e os mais expressivos eram: a proposta dos direitos para os trabalhadores domésticos, o aumento da licença maternidade para quatro meses, o direito das mulheres que se encontravam nas prisões poderem amamentar seus filhos, o direito à titularidade da terra para a mulher rural (independente do seu estado civil) e a denuncia da discriminação da mulher no mercado de trabalho. O livro presta uma homenagem às pioneiras na luta pelos direitos das mulheres negras como Maria Firmina dos Reis (1825-1917), maranhense, que publicou o livro “Úrsula”, o qual é considerado o primeiro livro abolicionista escrito por uma mulher brasileira, e Antonieta de Barros (1901-1952) jornalista, educadora, escritora, negra e primeira mulher eleita para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
Muita coisa mudou durante os anos, mas ainda não temos o que festejar. Estamos em posições desconfortáveis perante a violência, o mercado de trabalho e os nossos direitos, nem sempre respeitados. Ainda somos invisíveis para o Estado. Não há melhor frase para definir a luta pelos direitos dos indivíduos no mundo que “Direitos são adquiridos”. Não se ganham, luta-se para tê-los.
Jô acabou de chegar de da Feira do Livro de Gotemburgo, onde lançou 10 livro da ZL Editora, na Suécia e tem pela frente Exposição Tributo a Tom Jobim em NY, no 1º Salão do Livro de Nova Iorque e participa da Feira do livro de Londres 2015, no 2º Encontro de Escritores Portugueses e Brasileiros em 2015
Laçamento no dia 8 (terça), de outubro, às 18h30
Livraria Cultura
Rua Senador Dantas, 45 - Centro
Autora: Jô Ramos