![]() |
| Créditos: João Alencar |
Ouça aqui: https://www.youtube.com/watch?
A pernambucana LOUISE lança “Insônia”, primeiro passo de sua nova fase artística. Cantora, compositora e atriz, ela se apresenta com uma faixa que mistura R&B e trip-hop, abrindo um momento criativo marcado pela introspecção, liberdade e autenticidade.
“Esse é o começo de algo totalmente novo na minha carreira. É o ponto de partida de uma trajetória que pretendo construir com uma base forte e sólida. O single - que antecipa o EP “Notívaga”, previsto para 2026 - fala de uma situação fictícia, mas com pitadas de informações sobre mim. É o começo da minha viagem solo no mundo da música”, conta.
Composta em parceria com o cantor e produtor Barro, Insônia nasceu de uma sessão em estúdio. Enquanto ele criava a base, Louise improvisava versos e o refrão, deixando a track ganhar forma de maneira intuitiva. A inspiração veio da imagem do rio e do mar separados por quebra-mares, mas que se encontram no horizonte - como se vê do Marco Zero do Recife. Finalizada em casa, a canção traz uma atmosfera noturna e confessional.
“Existem milhares de pessoas vivendo a angústia que é estar apaixonado nesse exato momento, mas nem todas conseguem estar perto do seu amor pelo tempo que desejam. Acho que a personagem dessa música tá numa fase meio obsessiva, a ponto de não conseguir dormir de tanto pensar no ser amado. Não tem mensagem, tem um cenário e um sentimento”, explica.
Filha do cantor e compositor Chico Science, LOUISE cresceu cercada pela efervescência artística do Recife e começou no teatro aos 10 anos de idade. Ainda adolescente, se apresentava com a banda de forró da mãe e do padrasto, até fazer uma pausa de quase uma década. De volta à música, integrou projetos como Afrobombas (Jorge Du Peixe), Coisinha(China + Mombojó) e Manguefonia, homenagem ao movimento manguebeat que marcou sua infância. Também é a voz da faixa “Dorival”, da banda Academia da Berlinda.
Agora, com “Insônia”, assume o protagonismo de sua própria história. A sonoridade da faixa dialoga com referências que marcam sua formação musical, de Erykah Badu a Portishead, e carrega um pouco da energia dos anos 90 - época que também inspira o EP que vem pela frente. “Fazem parte dessa construção referências musicais da minha infância e também do início dos meus 20 anos, quando comecei a ouvir mais artistas dessa época. Selena, Tricky, Björk e PJ Harvey são nomes que me inspiram”, diz.
Mais do que uma estreia, o lançamento simboliza uma virada de chave. “Finalmente sinto que posso ser eu mesma sem medo. Sou eu ligando o foda-se, sabe? Não tô preocupada em agradar quem tava acostumado a me ver em projetos de outras pessoas. Pela primeira vez eu tô gostando do que componho e tô feliz e satisfeita com o que vou apresentar”, afirma.
Gravada no Estúdio Zelo, em Recife, a faixa tem produção de Barro e Guilherme Assis, mix e master de Guigo Berger e lançamento pelo selo Zelo, com distribuição Altafonte. A capa foi dirigida pela própria artista, com foto de João Alencar.