Especialista chama a atenção para os riscos de saúde durante a temporada de frio nos EUA e alerta sobre o perigo de viajar sem proteção para cobertura médica
As baixas temperaturas e a neve que atinge o norte da Flórida surpreendem não apenas os moradores da região, mas também os turistas que já têm seus embarques confirmados para a cidade. Em meio a esse cenário inesperado, Santuza Macedo, especialista em turismo, (@santuzamacedo perfil no Instagram), faz um alerta importante.
“Mais do que rever as roupas que já estão na mala, é fundamental que os viajantes verifiquem se o seguro viagem contratado cobre imprevistos decorrentes das condições climáticas atuais”. A especialista destaca a necessidade de estar preparado para possíveis contratempos, como atrasos em voos, cancelamentos ou até mesmo problemas de saúde que podem surgir com a exposição ao frio intenso.
Turistas que já estão com as malas prontas, rumo aos EUA, podem encontrar temperaturas mais frias do que o habitual, o que aumenta o risco de resfriados e problemas respiratórios. Em algumas regiões do norte da Flórida, a ocorrência de neve, incomum durante este período, pode impactar a saúde dos visitantes. Dados do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA indicam que temperaturas mais baixas nesse estado podem resultar em um aumento de casos de doenças respiratórias principalmente entre os turistas.
Diante desse cenário, Santuza destaca a importância de estar preparado para eventuais emergências de saúde. “A realidade do setor de saúde nos Estados Unidos é bastante diferente da realidade do SUS no Brasil. Nos EUA, os custos de atendimento médico podem ser exorbitantes, e cada consulta ou procedimento pode rapidamente se transformar em uma despesa significativa”, explica.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma simples visita a uma sala de emergência pode custar entre U$ 150 e U$ 3.000, dependendo da gravidade do caso e da localização. Além disso, os planos de saúde brasileiros muitas vezes não oferecem cobertura internacional, o que aumenta ainda mais a necessidade de ter um seguro de viagem que inclua despesas médicas e hospitalares.
No Brasil, a assistência médica de emergência é um direito garantido a todos. Basta que uma pessoa passe mal na rua para que uma ambulância seja acionada ao local, sem qualquer custo ao paciente. Entretanto, nos Estados Unidos, essa prática é bastante diferente e pode representar um fardo financeiro significativo. Em muitos casos, o custo exorbitante e a possibilidade de dívida podem fazer com que as pessoas evitem chamar uma ambulância, mesmo em situações críticas.
Além disso, muitos americanos e imigrantes, especialmente aqueles que não possuem transporte próprio, optam por alternativas como táxis ou serviços de motoristas por aplicativo, como Uber e Lyft, ao enfrentar emergências médicas. Embora essa solução possa parecer prática, a especialista alerta que essas alternativas nem sempre são as mais seguras. “Os táxis e serviços de carona não possuem os equipamentos necessários para atender a emergências e, em muitas situações, podem não ser a melhor escolha para o transporte de pacientes em necessidade de cuidados imediatos”, comenta Santuza Macedo.
Essa realidade traz à tona uma preocupação crescente. Sem um serviço móvel gratuito e acessível, muitos cidadãos enfrentam um dilema: priorizar a saúde e arcar com os altos custos associados aos serviços de emergência ou arriscar a vida ao buscar alternativas que possam não ser adequadas. Para aqueles que visitam os Estados Unidos, a situação se complica ainda mais, já que muitos não estão cientes desse aspecto do sistema de saúde e podem se encontrar despreparados em situações de emergência.
Diante desse cenário, Santuza destaca a importância de turistas e imigrantes considerarem a contratação de um seguro adequado antes de viajar. Um seguro de viagem que cubra despesas médicas pode não apenas proporcionar paz de espírito, mas também garantir que os viajantes tenham acesso a cuidados médicos sem a preocupação de enfrentar custos inesperados.
Para Santuza, conhecer a diferença entre os sistemas de saúde no Brasil e nos Estados Unidos é um lembrete da importância de estar preparado para viajar. “Estar ciente dos riscos e opções disponíveis pode ser a diferença entre uma experiência de viagem tranquila e uma emergência financeira e de saúde”, reforça.
No Brasil há inúmeras opções de seguros disponíveis para contratação, Santuza ressalta que é importante estar atento a algumas coberturas antes de contratar o seguro. Segundo ela dentre as principais cláusulas o seguro contratado deve cobrir:
“Um seguro de viagem adequado não é apenas uma segurança financeira, mas uma proteção essencial. Ele garante que o viajante tenha acesso a cuidados médicos, medicamentos e, se necessário, hospitalização, sem se preocupar com os altos custos que podem ocorrer nos EUA”, ressalta Santuza.
Portanto, antes de embarcar, é importante que os turistas brasileiros verifiquem as coberturas de seus seguros de viagem e considerem os que oferecem assistência em caso de problemas de saúde. Uma escolha informada pode fazer toda a diferença na experiência de viagem, garantindo que o foco esteja na diversão e na descoberta, e não nas preocupações com a saúde.
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