Prêmio UBC 2024 celebrou Rita Lee e Roberto de Carvalho em cerimônia com grandes nomes
Cerimônia teve roteiro de Nelson Motta e shows de artistas como Pitty, Fernanda Abreu, Léo Jaime, Zé Ibarra e Paula Lima
Rita Lee e Roberto de Carvalho | Foto: Divulgação |
Pela primeira vez, premiação teve edição especial realizada em São Paulo e e contemplou dois compositores, sendo um deles com homenagem póstuma.
“Me cansei de lero-lero / Dá licença, mas eu vou sair do sério”. Ícones da música brasileira, Rita Lee e Roberto de Carvalho são os vencedores da oitava edição do Prêmio UBC, criado pela União Brasileira de Compositores. Com uma carreira de mais de quatro décadas, a dupla – parceira na música e na vida – acumula 146 composições registradas. Em uma edição especial, pela primeira vez, o Prêmio foi concedido a dois artistas, sendo uma delas ‘in memoriam’ (Rita Lee 1947–2023). Este ano, o evento aconteceu também em local inédito, o Teatro B32, em São Paulo.
A União Brasileira de Compositores, maior sociedade de gestão coletiva de direitos autorais do país, criou o Prêmio UBC em 2017.
Na estreia, o homenageado foi Gilberto Gil. Nos anos seguintes, Erasmo Carlos, Milton Nascimento, Herbert Vianna, Djavan, Alceu Valença e Caetano Veloso. Agora, a honraria segue em boas mãos.
“A edição especial do Prêmio UBC, em seu oitavo ano, saiu da Casa UBC pela primeira vez em São Paulo e reconheceu a gigantesca transcendência da obra de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Uma dupla rara de compositores cujo trabalho conjunto faz parte da vida de todos os brasileiros e influencia o rock e a MPB de maneira definitiva e particular.
Rita Lee e Roberto de Carvalho trouxeram para a música os sentimentos e a intimidade do casal, que viveu junto por 47 anos, criando um vasto repertório de hits, incluindo "Mania de Você", “Flagra”, “Papai Me Empresta o Carro”, “Lança Perfume”, “Chega Mais”, “Cor de Rosa Choque” e “Desculpe o Auê”. A dupla fez sucesso no Brasil e mundo afora. O segundo disco de Rita Lee e Roberto de Carvalho (1980) bateu recordes internacionais com a música “Lança Perfume”, que conquistou 7º lugar na parada Billboard. Rita e Roberto formaram uma das mais longas parcerias musicais da música brasileira. Ao todo, os dois lançaram juntos cinco álbuns: “Rita Lee e Roberto de Carvalho” (1982), “Bombom” (1983), “Rita e Roberto” (1985), “Flerte Fatal” (1987) e “Rita Lee & Roberto de Carvalho - Perto do Fogo"(1990).
-
Edson Cordeiro lança “Ouve a Minha Voz [Cordeiro canta Baleiro]”, seu décimo quarto álbum, nesta sexta-feira, 29 de novembro
Edson Cordeiro mergulha na obra de Zeca Baleiro, em álbum gravado no Brasil com a participação especial de Almério e Tetê Espíndola. Repertório inclui canções consagradas, raridades e inéditas compostas especialmente para sua interpretação
Edson Cordeiro | Foto: Necka Ayala |
Quando surgiu na cena musical, no início dos anos 90, Edson Cordeiro arrebatou o público com sua exuberância vocal de contratenor, repertório eclético e performance superteatral no palco. Radicado na Alemanha desde 2007, de onde parte para suas turnês e shows pelo mundo, agora Cordeiro volta ao Brasil para gravar e lançar “Ouve a Minha Voz [Cordeiro canta Baleiro]”, um mergulho na obra de Zeca Baleiro, que inclui inéditas feitas especialmente para o cantor, raridades e sucessos.
Com produção do próprio Baleiro e de Alexandre Fontanetti, o décimo quarto álbum do artista tem a participação especial de Almério e Tetê Espíndola e chega nas plataformas digitais nesta sexta-feira, 29 de novembro, pela Saravá Discos com distribuição digital da ONErpm. A capa é uma obra do grande artista plástico Fabrini Crisci, que tem uma proposta estética bem particular, em que flerta com o surrealismo e a pop art, e estará também em edição especial em vinil, que se prepara para breve.
Tudo começou quando Baleiro convidou Cordeiro para gravar em dueto “Mambo Só”, canção que dá nome ao seu álbum autoral de 2023. “Fazia tempo que Edson não gravava um feat com um artista brasileiro, e isso o fez mergulhar no meu trabalho”, relembra Baleiro. “Eu sempre me encantei com as canções de Zeca, tanto pela grandeza poética como pelas possibilidades teatrais do repertório. Depois de seu convite para o dueto, que gravamos à distância, comigo na Alemanha e ele no Brasil, nasceu a ideia de fazer um trabalho exclusivamente com suas canções”, revela Cordeiro.
“Ouve a minha voz / E vem então cantar comigo…” conclama Cordeiro nos primeiros versos de “O Canto em Nós”, parceria de Baleiro com Zé Renato que abre o disco em bela interpretação, ancorada por arranjo para Octeto de cordas de Pedro Cunha, que toca piano e synths. Os loops são de Alexandre Fontanetti.
O álbum segue com “Eu te Admirava Mais”, pescada do disco de parcerias de Zeca com Vinícius Cantuária, em brejeiro registro de Cordeiro, que é acompanhado pelos violões 7 cordas de João Camarero e Swami Jr, por Douglas Alonso na percussão e coro de Karina Salles, Raquel Tobias, Roberta Oliveira e Tami Uchoa.
“Heavy Metal do Senhor”, hit que não pode faltar nos shows de Baleiro desde o lançamento de seu primeiro disco, abre espaço para Cordeiro mostrar as várias facetas de seu canto. Acompanhado dos violões de Alexandre Fontanetti, de Lee Marcucci no baixo e Jota Erre na bateria, ele promove o seu próprio “Heavy Metal do Senhor", com a citação de “Messiah”, de Händel.
Feita especialmente para o intérprete por Baleiro em parceria com sua irmã e poeta Lúcia Santos, “Sangro” foi gravada em potente dueto com Tetê Espíndola. Chama a atenção o afinado jogo de vozes destes dois grandes intérpretes da música brasileira, que brilham escoltados pelos toques precisos de Adriano Magoo (piano), Swami Jr (violões) e Silvio Mazzuca (baixo acústico).
A voz expressiva de Cordeiro amplifica os sentidos de “Sete Vidas”, raridade do repertório de Baleiro, que toca guitarra na gravação, que tem ainda Adriano Magoo ao piano e rhodes. Composta em inglês há cerca de 30 anos, “Lullaby” foi resgatada do baú de Zeca para registro bluesy de Cordeiro, que é acompanhado ao piano por Adriano Magoo e por Tuco Marcondes (dobro).
Consagrada na voz de Baleiro, que compôs a canção em parceria com a poeta Alice Ruiz, “Quase Nada” tem a participação de Almério. O dueto, lançado como single que antecipa o álbum, ressalta as belas vozes dos cantores de duas gerações distintas, que se destacaram e foram revelados pela força de suas interpretações. O registro tem os toques de Alexandre Fontanetti (guitarra), Marcelo Jeneci (teclados e acordeon), Serginho Carvalho (baixo) e Jota Erre (bateria).
“Camisa de Listra” é um samba de breque recuperado dos guardados de Zeca e atualizado pros nossos tempos para abrir espaço para interpretação espirituosa e teatral de Cordeiro, que é acompanhado pelos violões 7 cordas de João Camarero e Swami Jr. Em clima de cabaré, o álbum segue com “Der Vogel Saudade”, canção feita sob encomenda para Cordeiro, com letra de seu marido, o escritor alemão Oliver Bieber, e música de Baleiro, inspirada nas Óperas e Musicais de Kurt Weill. A faceta camerística de Cordeiro se destaca, na companhia do pianista Paulo Braga.
O álbum encerra com “Tango do Cordeiro”, single que anunciou o lançamento e tem produção de Baleiro e Pedro Cunha, que toca piano, teclados e baixo synth na gravação, que ainda tem Kuki Stolarski na bateria e loop. Inspirada em texto de Rita Lee sobre Cordeiro e composta especialmente para ele por Baleiro, “Tango do Cordeiro” tem uma aura biográfica. “Zeca captou a essência da minha história. Foi como assistir a uma biografia, ver um retrato de todos os anos que percorri até aqui”, comenta Cordeiro, que na gravação mostra todo o seu poder de intérprete e virtuosismo, dando um salto de duas oitavas no final da música. O notável registro levou Edson a ser indicado ao PMB - Prêmio da Música Brasileira de 2024, na categoria “melhor intérprete de canção popular”.
Depois de um hiato de seis anos do lançamento de seu último álbum (“Bem na Foto” /2018) e de 17 anos morando na Alemanha, Edson Cordeiro volta ao Brasil para gravar um disco e brindar seu público com “Ouve a Minha Voz [Cordeiro canta Baleiro]”, que em breve também poderá ser assistido no show com que pretende viajar pelo país e matar a saudade de seus fãs.
-
Alceu Valença apresenta “Alceu Dispor “em São Paulo, no Tokio Marine Hall, dia 07 de dezembro
Alceu Valença | Foto: Divulgação |
ALCEU DISPOR, show de ALCEU VALENÇA, retorna ao Tokio Marine Hall, dia 07 de dezembro. O título do espetáculo descende de um meme que viralizou nas redes sociais, virou figurinha de aplicativo de mensagens, ilustração em camiseta de grife jovem, representativo do atual momento em que o cantor angaria cada vez mais fãs de diferentes gerações.
Em cena, ALCEU coloca ao dispor do público uma avalanche de sucessos, consagrados em todos os cantos do país, com números de acesso maiúsculos nas plataformas de streaming. São músicas como Anunciação, Tropicana, Coração Bobo, Taxi Lunar, Pelas Ruas que Andei, Girassol, Cavalo-de-Pau, Como Dois Animais (que fez parte da trilha da novela Pantanal), Belle de Jour, cujo vídeo ultrapassou a marca das 220 milhões de visualizações no YouTube.
ALCEU DISPOR inclui ainda composições que permeiam seus 50 anos de carreira, entre criações como Papagaio do Futuro e Anjo de Fogo, lançadas na década de 70; Bobo da Corte, Estação da Luz, Tesoura do Desejo, Maria Sente, diretamente dos anos 80 e 90; ou hits do século XXI, como Flor de Tangerina e Embolada do Tempo.
-
Felipe Dylon lança 'O Verão aqui no Rio'
Em cima da chegada do verão, Felipe Dylon está lançando seu novo trabalho
Felipe Dylon | Foto: Guga Melgar |
Uma canção alegre que fala de amor, de namoro, de viagem, de curtição, com certeza ajudará a dar mais empolgação a nova estação.
Com uma carreira de sucesso, diversos prêmios, músicas que marcaram uma geração, "feat" com artistas renomados como Lulu Santos, Buchecha e Michael Sembello, Felipe volta agora em um novo momento, com músicas de sua autoria e boas parcerias.
Produzido por Dudu Chermont, autor da canção, no estúdio Urca Music, Claudio Infante na bateria, André Vasconcellos no baixo, Dadá Yute nos vocais, Felipe na voz principal, nos vocais, nas violas e guitarras e Dudu nos teclados e percussão, unindo assim um bom elenco. Aproveitando a boa onda do verão.
O artista regressa empenhado em fazer o que mais gosta, boas músicas e alegrar seu público. Trazer a boa memória afetiva das suas baladas e a sua simpatia, que sempre foi a sua assinatura.
Agradecendo sempre a família e seus valores, aos amigos que sempre o incentivaram, a todos os fãs, por quem tem um super carinho (o acompanham desde seus 14 anos).
"Olha para mim foi uma chance incrível gravar a música "O Verão aqui no Rio." Me identifiquei bastante com as sonoridades, coloquei também as guitarras, além das gravações terem sido um super astral. Espero que vocês gostem!" Felipe Dylon.
Aliás, Felipe é a cara do verão.
Assista:
-
Rainha Diambi Kabatusuila,visita o Brasil e é aclamada pelos brasileiros
Rainha Diambi Kabatusuila | Foto: Divulgação |
Sua Alteza Real, a Rainha Diambi Kabatusuila, se destaca como uma luminar da realeza moderna na África, misturando habilmente as veneráveis tradições de seus ancestrais com o ritmo vibrante da vida contemporânea.Reverenciada como "A Mulher Rei" entre seu povo, ela simboliza a fusão do poder matriarcal histórico com a liderança moderna, expandindo os limites do que é tradicionalmente esperado da monarquia na era atual.Nascida em uma linhagem de figuras influentes, a Rainha Diambi herda um legado orgulhoso impregnado de resiliência e tradição. Essa herança alimenta seu compromisso inabalável de promover a prosperidade econômica e social dos cidadãos de seu reino. Seus esforços demonstram sua dedicação em elevar os segmentos mais vulneráveis da sociedade.
Além disso, o papel da Rainha Diambi como embaixadora global do povo Bantu e seus títulos honorários do Brasil destacam sua influência e compromisso em promover a unidade e a cooperação entre os continentes. esteve no Brasil neste mês de novembro em visita a alguns estados no Brasil. Assim, iniciou sua turnê diplomática ao Brasil na cidade do Rio de Janeiro com Herança Bantu Madureira, Monção na cidade de Niteroi. iDA ÃO qUILOMBO sc AMORIM. Visitou o Cais do Valongo honrando, assim, a sua ancestralidade; degustou um almoço típico na Pequena África.
Também esteve na Aldeia Maracanã com os povos indígenas e finalizando o dia na Casa Carnaval. Aproveitando o momento, finalizei as gravações do documentário vou biole.
Na capital mineira de Belo Horizonte foi recebida com muita festa no Palácio da Liberdade pelo secretário de cultura, Lêonidas Oliveira, o superintendente de Relacionamentos Nacionais e Internacionais, Igor Temeirão, Isabel Casimira, conhecida como Belinha, rainha Conga de Minas Gerais, assim como vários outros representantes de terreiros de candomblé e blocos de carnaval também estiveram presentes. E, com a ajuda de sua assessora e tradutora Uiara Zagolin, falou sobre a África como “berço da ancestralidade humana”. “Tenho que lembrar às pessoas que, a menos que você venha de outro planeta, somos todos africanos”, declarou.
Na capital de Goiás foi recebida pelo Dr. Rildo Lasmar que além de dentista de grandes celebridades, como o ex Presidente Jair Bolsonaro, é um grande empresário e comprometido com a educação e o combate à desigualdade entre os povos, aliou-se ao projeto da Rainha Diambi na ajuda às minorias. Assim, Sua Alteza Real foi recebida pelo governador, Ronaldo Caiado durante a abertura do evento Goiás Social que a rainha Diambi Kabatusuila, reconheceu a importância da iniciativa e destacou a preocupação de Ronaldo Caiado com os goianos. “Ouvi falar muito bem sobre o Estado de Goiás e sempre com ótimas notícias. Estando aqui consigo ver o trabalho maravilhoso que tem sido feito por Caiado. Um grande líder é aquele que realmente ama seu povo e ver esse amor pelo governador”, ressaltou.
Em Salvador foi recebida pelo Sacerdote Nadinho e os seus em Patamares e, em seguida, um encontro com alunos para trocas culturais junto a Universidade da Bahia, Colégio Edvaldo Brandão Correia, UNIFACS, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia e UNILAB. Reuniu-se com agências de turismo, representantes de instituições culturais, afro-brasileiras de afoxés e blocos de carnaval durante a Rota Afro Congo Bahia. Por fim, entrevista com o líder religioso Lázaro Barbosa.
Na linda Aracajú participou do IV Encontro Internacional da Abe-África na Universidade Federal de Sergipe. Depois, na conhecida cidade do cinema no estado de São Paulo, PAULÍNIA, foi recebida pelo ex-prefeito e sua esposa além de várias festividades e uma feijoada beneficente para ajudar a fundação Elikia Hope Foundation.
Em Poços de Caldas, a rainha participou das comemorações do Dia da Consciência Negra, sendo recepcionada na cidade pela Associação Afro Ancestral, participando de solenidades na Prefeitura e na Câmara Municipal e visita ao Museu Histórico e Geográfico.
Por fim, na cidade de São Paulo, foi feito uma coletivas de imprensa e um coquetel de boas-vindas às Rainha, proporcionado pela chef Gil Gondim, assim como o prefeito e sua esposa receberam a Rainha com honras de estado, participando da IV Expo Internacional do Dia da Consciência Negra.
-
Pamela Magalhães: Um Olhar Para Dentro - Dia 19 de janeiro em São Paulo
Pamela Magalhães | Foto: Divulgação |
No dia 19 de janeiro, às 10 horas da manhã, a renomada psicóloga clínica e terapeuta de casal e família Dra. Pamela Magalhães traz para São Paulo a palestra “Um Olhar para Dentro”, no Tokio Marine Hall. O evento promete proporcionar uma experiência transformadora, voltada ao autoconhecimento e ao desenvolvimento emocional dos participantes.
Com uma trajetória consolidada na área da psicologia e autora do best-seller Se Amar, Amar e Ser Amado, Pamela Magalhães se destaca por suas abordagens profundas e interativas. Em “Um Olhar para Dentro”, ela convida o público a uma reflexão intensa sobre as dinâmicas emocionais que influenciam a vida cotidiana, destacando a importância do amor-próprio, da autoestima e da autopercepção como pilares para uma vida mais equilibrada e plena.
A palestra é uma oportunidade única para quem busca expandir suas perspectivas e encontrar ferramentas para fortalecer o bem-estar emocional e as relações interpessoais.
Os ingressos já estão disponíveis para compra online e nos pontos de venda autorizados.
-
Taste e Sebrae celebram as Indicações Geográficas (IGs) do Brasil
Foto: Divulgação |
Em uma parceria entre Taste e Sebrae, foram celebradas ontem (27/11), com um jantar no icônico Balaio IMS, as Indicações Geográficas (IGs) brasileiras, que são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Um menu em cinco tempos, inédito e exclusivo, utilizando 49 dos mais de 100 ingredientes nacionais que já possuem o registro que atesta sua origem e qualidade, foi apresentado a um grupo de mais de 100 pessoas, entre chefs, restaurateurs, varejistas, jornalistas e influenciadores de gastronomia, para evidenciar a riqueza cultural, territorial e a biodiversidade do nosso país. Na cozinha, revezaram-se os chefs Rodrigo Oliveira, representando o Sudeste, Onildo Rocha (Nordeste), Carla Pernambuco (Sul), Thiago Castanho (Norte) e Ariani Malouf (Centro-Oeste). Na ação em conjunto, o Taste Festival São Paulo, o maior Taste Festival do Mundo – evento internacional que celebra a gastronomia das cidades onde acontece, reunindo os melhores chefs e restaurantes da cidade – serve como plataforma de divulgação destas indicações geográficas mapeadas pelo Sebrae, o principal ator no apoio a quem produz.
“Ter chefs como estes dando a roupagem que esses produtos e produtores merecem é muito gratificante para a gente, que vem trabalhando há anos nessas IGs”, diz Hulda Giesbrecht, Coordenadora de Tecnologias Portadoras de Futuro do Sebrae. “Quando falamos de indicação estamos falando de história que passa de geração para geração, de saber fazer, da ampliação da participação das mulheres nas comunidades. A gente quer transformar a vida das pessoas que estão em cada um desses lugares, valorizando as nossas origens.”
Concedidas pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) a uma região, as IGs ajudam na preservação da biodiversidade, do conhecimento e dos recursos naturais, levando contribuições positivas para as economias locais e o dinamismo regional. Elas são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios e têm como funções principais agregar valor ao produto e proteger a região produtora. Dessa maneira, promovem esses produtos e sua herança histórico-cultural, que é intransferível. Os registros são divididos por categorias: agroalimentar, café, fruticultura, outros produtores, vinhos e espumantes, queijos e carnes e pescados. No Brasil, são cerca de 150 mil pequenos negócios com potencial de uso das IGs, sendo 123 já determinadas – a última delas foi o abacaxi, de Porto Grande, do Amapá. Outros exemplos são os vinhos do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, o café do Cerrado Mineiro, os queijos da Canastra, o cacau de Linhares, as cachaças de Salinas e o Pirarucu de Mamirauá.
No jantar de apresentação para convidados realizado no Balaio IMS, cada uma das cinco regiões brasileiras foi representada por ingredientes únicos. Entre as receitas, o anfitrião Rodrigo Oliveira utilizou o tambaqui da região do Jamari, em Rondônia, em um salpicão com crocante de mandioca, além de reunir no prato pré- sobremesa, queijos da Canastra, em Minas Gerais, Serrano, dos Campos de Cima, no Rio Grande do Sul, Creme do Marajó (búfala), do Pará, Colonial, do Sudoeste do Paraná, geleia de jabuticaba de Sabará, em Minas Gerais, mel de Bracatinga, do Planalto Sul Brasileiro, em Santa Catarina, e Uva Niágara rosada, de Jundiaí, em São Paulo. Ariani Malouf fez o curioso papillote de pintado com rosti de mandioca com queijo da Canastra, em Minas Gerais, compota de manga, do Vale do Submedio São Francisco, de Pernambuco e da Bahia, e mel do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, e farofa de quiabo, com farinha de Uarini, do Amazonas. Onildo Rocha apostou na cajuína, do Piauí, para preparar uma glacê que acompanhou o caju confitado e a musseline de castanha. Thiago Castanho preparou uma rabada com farinha d’água, de Bragança, no Pará, fruto da pupunha e glacê de açaí. Carla Pernambuco elaborou um sagu branco na maçã Fuji de São Joaquim, em Santa Catarina, espumante de Altos de Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul, com morangos do Norte Pioneiro, no Paraná, caramelizados e nozes-pecã.
Saiba mais: www.sebrae.com.br/origens