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Transformando reciclagem em empreendedorismo: Gisele Lasserre inspira mulheres a alcançarem o êxito

30 de Setembro de 2022

Com uma ação direta de impacto socioambiental, a Tech Girls capacita mulheres em situação de vulnerabilidade social para o mercado de trabalho

A responsabilidade de transformação social, para que melhores condições de vida e de oportunidades sejam efetivas, é sempre um dos pontos que mais determinam ações na sociedade, principalmente quando o assunto se direciona aos públicos femininos e vulneráveis.

Transformando reciclagem em empreendedorismo: Gisele Lasserre inspira mulheres a alcançarem o êxito | Foto: Divulgação 

Ações capazes de atuarem na motivação, sensibilização e engajamento social se tornam uma via de interesse aos que buscam melhores condições de vida. Com uma atuação ligada à educação de tecnologia da informação e ao tratamento do lixo eletrônico, a Tech Girls – uma dessas ações – surge com o foco na redução do déficit de profissionais mulheres na área da TI.

Apresentando significativos índices de inclusão desde 2017, ano de sua fundação, a Tech Girls se apresenta como um negócio de grande impacto socioambiental, onde tem atraído e capacitado comunidades femininas em vulnerabilidade social para ocuparem um lugar no aquecido mercado de trabalho do setor.

Com um impacto direto na vida de mais de 580 mulheres, o negócio já é uma realidade para grandes cenários sociais, sendo desenvolvida por meio de uma  educação afetiva através de associações de bairro e centro comunitários, além de contar com escolas próprias em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.

Responsável pela fundação e crescimento social da Tech Girls, Gisele Lasserre uniu as habilidades como desenvolvedora de software às aplicações da TI e hoje inspira mulheres ao êxito profissional.

O grande objetivo da Tech Girls sempre foi inspirar outras mulheres que estão passando por transição de carreira, vítimas de violência doméstica, desempregadas a encontrarem novos caminhos profissionais na carreira de tecnologia”, afirmou.

Transformando reciclagem em empreendedorismo: Gisele Lasserre inspira mulheres a alcançarem o êxito | Foto: Divulgação 

Diante de um ensino pouco atrativo ao público feminino em uma graduação em TI marcada por crises pessoais e profissionais, Gisele Lasserre conta que encontrou na própria ausência de oportunidades uma motivação a mais para ajudar um público esquecido.

Tudo o que senti falta na faculdade de tecnologia fiz ser possível para outras mulheres, passei a levar conteúdo sobre tecnologia às associações de bairros e centros comunitários de forma humanizada, atrativa e com muita conversa, foi quando onde surgiu a Metodologia Afetiva de Ensino em Tecnologia”, explicou.

Para que seja possível haver um funcionamento capaz de gerar conhecimentos e negócios, é necessário contemplar a estrutura por trás das ações. Contanto com uma equipe multiprofissional, a Tech Girls é composta por Desenvolvedoras de Software, Mestrandas em Ciências de Computação e Engenheira Ambiental, responsável por atender legislações ambientais de logística reversa.

Em relação ao módulo de aprendizagem, a trilha de conhecimento é oferecida de forma presencial e gratuita às alunas, tendo como posicionamento “entreter primeiro e, então, educar”. Toda essa visão é distribuída em uma jornada de três meses de estudo intenso direcionado à cinco módulos de cursos: arte lixo-eletrônico, empreendedorismo digital, manutenção de notebook, lógica de programação e desenvolvimento de software.

Para que haja uma ligação entre o projeto e a vida social real, também se faz necessário o patrocínio de empresas que tenham interesse na pauta Mulheres e Tecnologia. Esse elo de interesses sociais favorece a boa imagem e reputação, bem como abraçando outras pautas de interesse público e social.

Como aprender na prática?

Há uma necessidade de conexão emocional a partir de cada aluna e suas experiências é a chave para a geração de um interesse. Falar de bijuteria aproxima e funciona como um imã de atração para este público. “Quem nunca ligou com computador antes e passa a despertar interesse pela tecnologia, é através dessa conquista de confiança que é possível transformá-las em desenvolvedoras de software”.

É possível recuperar notebooks desusados através de oficina de manutenção de computadores e, na condição de um estudo mais aprofundado em suas residências, é provável que a possibilidade de já prestarem serviço surja. Computadores sem reuso, viram matéria prima, para que sejam confeccionados acessórios femininos e artigos de decoração.

Quem pode participar? Como é o processo seletivo das alunas?

A participação não possui exigências rígidas, uma vez que a intenção estar na inclusão social e na garantia de conhecimento aplicado, podendo participar mulheres – a exemplo de transgêneros que se identifiquem como mulheres – a partir de 16 anos, que possuam renda familiar de até 1 salário mínimo na família. As inscrições podem ser realizadas pelo site www.techgirls.com.br

Alunas já inscritas realizam o curso de imersão digital de forma gratuita, contando com o material utilizado nas aulas, a exemplo do computador recuperado que a aluna leva para a casa ao concluir os estudos e iniciar a prática.

Saiba mais: www.techgirls.com.br

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