Queridinho de grandes atores como Marco Nanini e Marieta Severo, o diretor Felipe Hirsch é o convidado de Antônio Abujamra no Provocações, que vai ao ar nesta terça-feira (20/8), às 23h, na TV Cultura.
Aos 13 anos, Felipe Hirsch assinou sua primeira direção teatral, Esperando Godot, de Samuel Beckett. Devido ao seu trabalho, conquistou diversos prêmios e desenvolveu uma linguagem multimídia que aplica no teatro, cinema, TV, música e artes visuais.
Nome preferido de grandes atores, Felipe discorda da classificação de diretor de ator. “Cada ator precisa de uma coisa. Cada ator é incompleto como ser humano e como artista em algum lugar. Às vezes você não pode dar aquilo que um ator precisa, mas em outros momentos sim.”
Seu mais recente trabalho foi a minissérie A Menina Sem Qualidades, primeira produção de dramaturgia da MTV. “Foi uma das experiências mais valiosas da minha vida. Me fizeram uma proposta de fazer algo para televisão e eu fiz uma contraproposta pra MTV falando: ‘vocês topam fazer a TV que eu imagino que possa ser possível de se fazer?’ E eles disseram que sim, corajosamente!”
O diretor também dá seu ponto de vista sobre a Rede Globo: ”A TV Globo tem que entender que ela tem e pode produzir com qualidade. Tem que ter coragem. E não vai mudar nada lá dentro porque o publico é fiel. É possível se renovar. Ela não vai perder nada”.
Sobre a vida politica brasileira, ressalta a crise atual. “Meu país está numa situação de ilusão. Acho que serão três anos difíceis. É como você fazer uma festa de aniversário num momento de crise familiar”.
Felipe termina suas provocações dizendo o que acha da manipulação de alguns artistas sobre verbas oficiais direcionadas para a cultura e o que mais lhe incomoda nas produções teatrais de hoje.
No programa, Abujamra ainda lê textos do escritor francês Ferdinand Cêline.
|