Por Fabíola Lajusticia
A presença da colônia judaica no sul da Flórida é notável. Em Miami e região, são cerca de 150 mil judeus, que constituem 7% da população local. O número fica atrás apenas de Nova York, que ostenta a maior comunidade israelita da América do Norte. Diante disso, não podemos desprezar um acontecimento bastante especial no judaísmo que é comemorado esta semana: o Ano Novo, também conhecido como Rosh Hashaná, que na tradução simples, significa cabeça do ano.
Por esses dias, muitos de nós, tivemos a timeline do Facebook e Instagram repletas de saudações como Shaná Tová ou Shana Tová Umetuká, que manifestam o desejo de um ano bom e doce, exatamente como anseia quem segue o calendário gregoriano, nas proximidades do final do ano velho e entrada do novo.
Na contagem dos judeus, que acompanham o anuário hebraico, o nosso 2015 equivale 5776, pois baseiam-se no calendário lunar, de apenas 360 dias. O início de cada período não tem uma data fixa. Neste ano, ele ocorreu em 14 de setembro, ou melhor, começou no pôr-do-sol de domingo, 13 e findou ao anoitecer de terça, 15, uma vez que um ciclo leva aproximadamente 49 horas.
O Rosh Hashaná marca o sexto dia da criação do mundo, quando Deus criou o homem. É o prelúdio de um tempo de orações, em que tradicionalmente vão à mesquita rezar, e, em seguida, reúnem-se com as respectivas famílias para um jantar rico em simbologias onde cada alimento tem sua importância e sentido. A maçã mergulhada no mel, assim como outras frutas e alimentos doces, representam o pedido por um ano igualmente bom e doce! Em preces, eles também refletem sobre o que aconteceu e a nova fase que se inicia.
Com esta pequena homenagem às tradições judaicas, envio o meu Shaná Tová Umetuká a todos, independentemente da crença de cada um, com o desejo de paz, amor e união entre os povos!