Cultura - Teatro

Teatro Infantil - estreia - A Lenda do Cigano e o Gigante - Sesc Pinheiros

17 de Julho de 2015

De país em país há mais de dez séculos, os ciganos colorem o planeta com suas caravanas, músicas, danças, e tradições. Entretanto, muito do que é divulgado sobre eles é resultado de pesquisas científicas realizadas por outras pessoas. Ou seja, pouco é comentado sobre o ponto de vista do próprio povo, da riqueza do conto transmitido de geração em geração, do valor da sabedoria dos mais velhos e da graça da história ao pé do ouvido - algo fundamental em uma etnia de tradição tipicamente oral.

 
 

Hoje, calcula-se que existam de 2 a 5 milhões de ciganos espalhados pelo mundo, principalmente na Europa Central. E, por onde passaram, os ciganos misturavam suas lendas às histórias locais com narrativas em versões diversas.   

No conto de tradição oral O Cigano e o Gigante, por exemplo, o cigano enfrenta inimigos diferentes, prováveis e improváveis, de vários cantos do mundo. Em um local, encara um dragão; no outro, diabos. Na dramaturgia de Paulo Rogério Lopes, o adversário é um gigante muito forte que jamais havia encontrado um cigano pelo caminho. É da aventura promovida nesse encontro que surge e história do espetáculo, com prodígios e assombramentos sobrenaturais que saltam aos olhos a cultura vibrante. 

Sinopse

Um jovem cigano é escolhido para sair em busca de comida para a sua caravana. No caminho, ele encontra uma pastora e lhe dá todas as suas joias em troca de queijos, leite e outros mantimentos – mas o que ele não sabia era que toda aquela comida estava no lombo de uma cabrita, capturada anteriormente por um gigante perigoso. Ao tentar libertar a cabrita, o cigano e a pastora também acabam caindo nas garras do gigante e terão que unir inteligência, esperteza e criatividade para não virarem o jantar do grandalhão. 

O Autor - Paulo Rogerio Lopes

Paulo Rogério Lopes é natural de Novo Horizonte/SP e, desde 1994, vem atuando na cena teatral paulista como Diretor e Dramaturgo ligado a diversos grupos e linguagens.

Como dramaturgo destacam-se os premiados “À La Carte” e “Piratas do Tietê - o Filme” (co-autoria com Laerte) - ambos com a Cia. La Mínima, e os recentes “Crônicas de Cavaleiros e Dragões” (SESI/Paulista), “Rita Lee Mora ao Lado” (direção Débora Dubois e Márcio Macena), e, "Procurando Luiz" (direção de Gustavo Kurlat) e “Classificados" (direção de Domingos Montagner). Escreveu para companhias como Nau de Ícaros, Linhas Aéreas, Barracão Teatro e Cia. da Revista. Teve textos de sua autoria dirigidos por: Ivaldo Bertazzo ("Mãe Gentil"), Renata Mello ("O Animal na Sala"), Carla Candioto ("Galinhas Aéreas”) e Tiche Viana ("A Lenda do Amor Entristecido"). Participou do núcleo dramatúrgico da Cia do Latão e como dramaturgo da EAD/USP.

Como Diretor destacam-se: “Athletis” (Cia La Mínima); “O Conto do Reino Distante” e "As Três Penas do Rabo do Grifo" (Cia Faz e Conta). É Dramaturgo e Diretor dos espetáculos musicais da Série "Aprendiz de Maestro” (TUCCA - Sala São Paulo). Atualmente encontram-se em andamento os projetos: “Reconstrução” e  “O Navio Fantasma” (ambos com direção de Kleber Montanheiro) e “Banho&Tosa” (Boa Cia -  direção de Francisco Medeiros).

Em 1997 recebeu o Prêmio “Mambembe” de Melhor Autor por  “O Pallácio Não Acorda”. Em 2001, o espetáculo com seu Texto “À La Carte” – recebeu os prêmios: EmCena Brasil / Min. da Cultura – Funarte para Montagem e Circulação; Panamco e Prêmio APCA de Melhor Espetáculo Juvenil. Em 2003 o espetáculo de coautoria com Laerte: “Piratas do Tietê - O Filme” recebeu os prêmios: Coca-Cola / Femsa e APCA de Melhor Espetáculo Jovem. Em 2011 o espetáculo de sua autoria: “O Tribunal de Salomão” recebeu o prêmio Coca-Cola / Femsa de Melhor Produção. Em 2014, o espetáculo “As Três Penas do Rabo do Grifo” - texto coescrito com Ana Luísa Lacombe e direção sua - recebeu o APCA de melhor Espetáculo Infantil de Contação de História. 

O Diretor - Kleber Montanheiro

Ator, autor, diretor cênico, cenógrafo, figurinista e iluminador têm em sua formação experiência profissional com importantes nomes da cena artística nacional: Gianni Ratto, Patrício Bisso, Wagner Freire, Roberto Lage, José Possi Neto, entre outros. Formado pelo Teatro-escola Célia Helena, dirigiu entre outras peças: O Mambembe, de Arthur Azevedo; O Rouxinol, de Cássio Pires, baseado no conto homônimo de Hans Christian Andersen; Marias do Brasil, de Marília Toledo e Rodrigo Castilho. Atuou em Uma Rapsódia de Personagens Extravagantes, direção de Cristiane Paoli-Quito; A Cor de Rosa, de Flavio de Souza, direção de William Pereira; Buster – O Enigma do Minotauro, com o grupo XPTO, recebendo indicação ao prê- mio Apetesp de melhor ator.

Ganhou os prêmios APCA 2008 por Sonho de Uma Noite de Verão e Femsa 2009 por A Odisseia de Arlequino, ambos de melhor diretor. Foi indicado ao prêmio CPT 2012 pela direção de Cabeça de Papelão e vencedor dos prêmios APCA e Femsa 2012 pelos cenários e figurinos de A História do Incrível Peixe Orelha.

Dirigiu em 2013, no Teatro Popular do SESI: Crônicas de Cavaleiros e Dragões, de Paulo Rogério Lopes, inspirado no livro A Saga de Siegfried, de Tatiana Belinky, pelo qual recebeu o Prêmio Femsa 2014 de melhor Iluminação.

Sua última direção para o teatro foi para a obra de Chico Buarque de Hollanda, Ópera do Malandro, que estreou no CCBB – SP em agosto de 2014 e ainda cumpre temporada no novo Espaço Cia. da Revista, na Santa Cecília, SP. Dirige artisticamente a Cia da Revista com repertório de quatro espetáculos: Cada Qual no Seu Barril, Carnavalha, Kabarett e Cabeça de Papelão. Foi integrante do projeto de humanização hospitalar Doutores da Alegria, de 1993 a 2003.

Criou cenário, figurino e luz do espetáculo Misery, com Marisa Orth e Luis Gustavo; Cada um com seus ‘pobrema’, de Marcelo Médici; cenário e iluminação de Madame de Sade, direção de Roberto Lage, Macbeth, direção de Regina Galdino, entre muitos outros. Escreveu e dirigiu o espetá- culo Tem Francesa no Morro, com a Cia As Graças, que cumpriu temporada no Centro Cultural São Paulo e no projeto Circular-Teatro.

Concebeu com Marília Toledo o projeto Clássicos para Menores, uma trilogia de espetáculos cômicos clássicos, onde dirigiu O Doente Imaginário, de Molière; Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare; e A Odisseia de Arlequino, uma commedia dell’arte inspirada nos canovaccios italianos.

Recebeu indicações ao prêmio Femsa por Chapeuzinho Vermelho (figurinos-2001); O Rouxinol (iluminação e figurinos-2002); Marias do Brasil (figurinos-2003); Amazônica (cenário e iluminação-2005); O Doente Imaginário (cenário-2007) e Sonho de uma Noite de Verão (figurinos e direção-2008). 

 

Ficha técnica

Ideia e pesquisa: Deborah Corrêa e Elder Fraga.

Texto: Paulo Rogerio Lopes.

Direção: Kleber Montanheiro.

Elenco: Nicolas Trevijano, Niveo Diegues, Erika Altimeyer e Joaz Campos.

 

Serviço

Duração: 55 minutos
Local: Sesc Pinheiros. Auditório (3º andar). 
Recomendação etária: acima de 5 anos
Ingressos: R$ 17,00 (inteira). R$ 8,50 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). R$ 5,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). Para crianças até 12 anos: grátis.
Datas: 19/07 a 30/08. Domingos, às 15h e às 17h

SESC PINHEIROS - Endereço: Rua Paes Leme, 195.

Bilheteria: Terça a sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10h às 18h.

Tel.: 11 3095.9400.

Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 22h; Sábado, domingo, feriado, das 10h às 19h. Taxas / veículos e motos: Matriculados no Sesc: R$ 6,00 nas três primeiras horas e R$ 1,00 a cada hora adicional. Não matriculados no Sesc: R$ 8,00 nas três primeiras horas e R$2,00 a cada hora adicional. Para atividades no Teatro Paulo Autran, preço único: R$ 6,00.

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