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MANDELA: LONGA CAMINHADA ATÉ A LIBERDADE

16 de Julho de 2015

“Coloco, portanto, os anos restantes da minha vida em vossas mãos”

 
 

 

E foi isso que disse e fez o inesquecível líder africano Nelson Mandela. A editora Nossa Cultura tem o prazer de poder proporcionar aos leitores brasileiros, a oportunidade de conhecer a incrível história de vida da pessoa tão iluminada que foi este ícone mundial.

Dono de uma trajetória digna de um herói de ficção, Madiba sempre será lembrado como um dos maiores nomes de todos os tempos. Na autobiografia Longa caminhada até a Liberdade, ele conta com detalhes os momentos que viveu desde o nascimento até o marcante dia de posse como presidente da África do Sul:

“Aquele dia havia chegado através dos sacrifícios inimagináveis de milhares de pessoas do meu povo, pessoas cujo sofrimento e coragem não poderão se contados ou reembolsados. Senti naquele dia, como tenho sentido em tantos outros dias, que eu era apenas a soma de todos aqueles patriotas africanos que vieram antes de mim” pag. 760

Símbolo na luta contra o aparthaid, Mandela mostra no livro ser dono de uma humildade sem tamanho. Considerado um “deus” para o povo africano, ele fala como se sentia:

“Eu queria primeiramente dizer para as pessoas que eu não era um messias, mas um homem comum que havia se tornado um líder por causa de circunstâncias extraordinárias.”

O leitor vai conhecer os momentos mais importantes da vida de Madiba. Principalmente o que ele passou durante os quase 27 anos em que ficou encarcerado na Ilha de Robben:

“Eu estava preparado para a pena de morte. Para se estar verdadeiramente preparado para algo, tem-se de fato esperar que esse algo aconteça. Não se pode estar preparado para algo enquanto secretamente se acredita que esse algo não vai acontecer. Nós todos estávamos preparados, não porque éramos corajosos, mas porque éramos realistas.” Pag. 459

Em Longa caminhada até a liberdade, o ícone Mandela dá lugar ao ser humano: com suas falhas e aprendizados, amizades e amores. Vê-se o desenvolvimento da consciência política, o papel na formação da Liga da Juventude do CNA e os difíceis anos em que o africano passou escondido:

“Depois de atravessar a fronteira, respirei profundamente. O ar de nosso lar sempre tem um aroma doce depois que passamos algum tempo longe.”

O livro de memórias começou a ser escrito de forma clandestina em 1974, durante o período em que o ex-presidente da África do Sul ficou preso. Nesse período, ele recebeu ajuda de diversos colegas de prisão para desenvolvê-lo. Entretanto, o manuscrito foi descoberto e confiscado pelos guardas. Madiba só conseguiu voltar a escrevê-lo ao ser libertado, em 1990.

Composto por mais de 750 páginas que relatam uma das trajetórias de vida mais extraordinárias que já se viua obra também tem fotos que retratam diversos momentos do ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993. Além disso, conta com o prefácio do ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso:

“Sua figura humana me marcou profundamente. Mandela é um desses homens raríssimos que têm uma “aura” própria, um magnetismo que não se sabe bem de onde vem, mas que contagia a todos. Quando entrava numa sala, era como se o ar se carregasse de eletricidade.”

Longa caminhada até a liberdade é uma oportunidade única de saber realmente o que pensava e tudo o que viveu o eterno Nelson Mandela.

“Eu sempre soube que no fundo de cada coração humano há compaixão e generosidade. Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor da sua pele, ou de sua origem, ou de sua religião. As pessoas têm que aprender a odiar, e se elas podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar, pois o amor ocorre com mais naturalidade no coração humano do que o seu oposto

 

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