A cantora Virgínia Rodrigues apresenta no dia 12 de julho, domingo, às 18h, seu mais recente trabalho, “Mama Kalunga”, no Teatro Paulo Autran. O show conta com a participação da cantora e compositora Mariene de Castro e tem, no repertório, músicas que celebram o samba e os rituais afro-brasileiros, numa leitura própria, contemporânea e direta de um legado complexo e multifacetado. Apresenta um repertório com composições de criadores negros de distintas gerações e lugares. A cantora passa por composições de nomes como Geraldo Filme, Moacir Santos, Nei Lopes, Paulinho da Viola, Roberto Mendes, Nizaldo Costa, Ederaldo Gentil, chegando até os contemporâneos Gilson Nascimento e Tiganá Santana.
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SOBRE MAMA KALUNGA
Nas suas 13 faixas, “Mama Kalunga” é um álbum vivo e forte, tal como Virgínia Rodrigues com seus 18 anos de carreira. O nome do projeto – que também é título de uma das canções do álbum – viaja por significações diversas dessa força (Kalunga), tão cara a determinadas civilizações “bantu” do continente africano. Kalunga é a mais autônoma energia vital que deriva de si mesma, é o mundo da ancestralidade, vestido neste trabalho com um corpo feminino – aquele que gera, cria, pensa, concebe.
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SOBRE VIRGÍNIA RODRIGUES
Natural da Bahia, Virgínia nasceu em Salvador em 1964. Aos 12 anos de idade largou os estudos para ajudar no sustento da família, trabalhando de manicure, diarista, lavadeira e manteve, ao mesmo tempo, as participações no coro da igreja. Ela admite ter ido ao coro pela paixão a música, pois foi onde aprendeu a ler partituras e teve noções de piano e teoria musical. Diferentemente de suas amigas, que gostavam de cultura pop internacional, a cantora desenvolveu um interesse marcante por músicas brasileiras e por algumas cantoras negras americanas, como Billie Holiday, Aretha Franklin e Marian Anderson. A sua encenação no palco chamou atenção de Márcio Meirelles, diretor do espetáculo Bye Bye Pelô, do Bando de Teatro Olodum, em que a canção melancólica de Maurício Reis, Verônica, ouvida no final da peça, rendeu-lhe um passaporte para o sucesso. Após esse dia, foi apresentada a Caetano Veloso que, encantado, apadrinhou Virgínia Rodrigues, dirigindo três trabalhos da cantora: Sol Negro, Nós e Mares Profundos. Dois anos depois, logo após o lançamento de seu primeiro trabalho, Sol Negro, Virgínia foi convidada a se apresentar no Palácio da Alvorada, no Distrito Federal, em um show privado durante o encontro dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton. Ao final da primeira canção, quebrando todos os protocolos, Bill Clinton, visivelmente emocionado com o que acabara de ouvir, subiu ao palco para cumprimentá-la. Desde então, Clinton tornou-se um de seus maiores fãs, e lhe dedicou uma passagem no seu livro de memórias Minha Vida. Daí em diante sua evolução foi vertiginosa. Participações especiais de Djavan, Gilberto Gil e Milton Nascimento aconteceram logo no seu primeiro trabalho. Conquistado o público brasileiro, Virgínia foi se arriscar no exterior norte americano e europeu. Por conta disso, já teve seu nome em diversas fachadas das mais importantes casas de concerto do mundo, como Carnegie Hall, Hollywood Bowl (L.A.), Barbican Theatre (Plymouth) e Royal Albert Hall de Londres, cantando ao lado de Phillip Glass, Caetano Veloso, Elza Soares. Quatro anos CD ois, lançou o cd Recomeço, que fala sobre o amor dual; presente e muito discutido na sua composição, tem o significado de desilusão, amor incondicional, desconsolo, saudades.
SOBRE MARIENE DE CASTRO
Aos cinco anos, Mariene de Castro já se apresentava em espetáculos de dança no Teatro Castro Alves, em Salvador, sua cidade natal. Na adolescência, soltava a voz como integrante do grupo Timbalada, de Carlinhos Brown e, em 1996, teve a oportunidade de realizar seu primeiro show solo, no Pelourinho. No mesmo dia, na plateia, estavam produtores franceses que se encantaram pela jovem cantora e a convidaram para uma turnê por 20 cidades da França. Na ocasião, chegou a ser comparada pela crítica local à mítica cantora Edith Piaf, pela força de sua interpretação e a singularidade de seu timbre vocal. Em 2004, ganhou o Prêmio Brasken de Música e gravou o seu primeiro CD, Abre Caminho, escolhido no ano seguinte como o Melhor Disco Regional no Prêmio TIM. O segundo álbum, Santo de Casa - Ao Vivo, foi lançado em 2010. Dois anos mais tarde, Mariene lançou o álbum Taboroinha, e, desde então, vem conquistando o reconhecimento de nomes de peso no mundo do samba, como Beth Carvalho, que a convidou para participar de seu CD e DVD Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia. Com o DVD Ser de Luz tem a participação especial no coro de três integrantes da Velha Guarda da Portela: Tia Surica, Áurea Maria e Neide Sant’Anna. Diogo Nogueira – filho do sambista e compadre de Clara, João Nogueira – participa do tributo dividindo com Mariene a música Juízo Final, de Nelson Cavaquinho, e seu filho, Diogo, participa do tributo dividindo com Mariene a música Juízo Final, de Nelson Cavaquinho. No cinema, interpreta Elas Contam na trilha sonora do longa Mujeres Del Mundo, e defende Ilha da Maré na trilha de Ó Paí, Ó. Como atriz, participou de Jardim das Folhas Sagradas, de Póla Ribeiro, e protagonizou Quase Samba, de Ricardo Targino. Foi também uma das entrevistadas do documentário Damas do Samba, de Suzanna Lira, que trata da importância da presença feminina no samba. Já em 2014 lançou o CD Colheita, com a participação de Maria Bethânia, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho. Recentemente, Mariene gravou, no litoral da Bahia, o clipe da sua nova música de trabalho, Eu quero ir com você!, composta por Flávia Wenceslau. A produção tem participação especial dos quatro filhos (João Francisco, Pedro Antônio, Bento Miguel e Maria Mariá), conta com a direção do baiano Thiago Castro e evidencia o amor materno e o romantismo expressivo da cantora. Este ano, comemorando quinze anos de carreira, Mariene grava o DVD de Colheita no Parque da Cidade, em Salvador, com a participação de grandes nomes da cena da música Brasileira.
O REPERTÓRIO
Ao senhor do fogo azul - (Gilson Nascimento)
Mama kalunga - (Tiganá Santana)
Babalaô / Amor de escravo - (Abigail Moura)
Mukongo - (Tiganá Santana)
Teus olhos em mim - (Roberto Mendes / Nizaldo Costa)
Yá yá massemba - (Roberto Mendes e Capinam)
Mon’ami - (Tiganá Santana)
Melodia sentimental/Bachiana nº 5 - (Heitor Villa Lobos)
Yaya zumba - (Tiganá Santana)
Nos horizontes do mundo - (Paulinho da Viola)
Vá cuidar de sua vida - (Geraldo Filme)
Sou eu - (Moacir Santos / Nei Lopes)
Luandê - (Ederaldo Gentil)
Dembwa (10 de agosto) - (Tiganá Santana)
FICHA TÉCNICA
Direção Artística: Tiganá Santana
Músicos: Léo Mendes (violão), Bernardo Bosisio (violão), Marco Lobo (percussão), Sebastian Notini (percussão).
SERVIÇO
MAMA KALUNGA – VIRGÍNIA RODRIGUES CONVIDA MARIENE CASTRO
Local: Teatro Paulo Autran
Data: 12 de julho (domingo)
Horário: às 18h
Duração: 90 minutos
Classificação: acima de 10 anos
Ingressos: R$ 40,00 (inteira). R$ 20,00 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). R$ 12,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). Ingressos à venda pelo Portal www.sescsp.org.br e nas bilheterias do SescSP. Venda limitada a quatro ingressos por pessoa. Não é permitida a entrada após o início do espetáculo.
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Estacionamento com manobrista: Veículos, motos e bicicletas. Terça a sexta, das 7h às 22h; Sábado, domingo, feriado, das 10h às 19h. Taxas (veículos e motos): para atividades no Teatro Paulo Autran, preço único: R$ 6,00.
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