Entre os dias 22 e 31 de Maio, acontece a IX Mostra de Teatro de São Miguel Paulista na Praça do Casarão (ao lado da Estação Vila Mara, da CPTM), no Jardim Helena, Zona Leste de São Paulo. A programação – gratuita e diversificada – dá um panorama atual do teatro de rua brasileiro.
O evento reúne grupos, artistas e coletivos que são referência nesta arte, oriundos de regiões como Porto Alegre (RS), Campo Grande (MS), Goiana (GO), Itapipoca (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP) e São Paulo (interior e capital). O cortejo de Abertura acontece no dia 22/5, às 15h, no bairro da Vila Mara, com a Cia. Antropofágica. A programação traz ainda Oficina de Intervenção Urbana (30/5, às 10h) com Dyonisio Bombinha (Grupo Teatro Que Roda, de Goiana) e lançamento do Livro Artes da Enganação do cearense Orlângelo Leal, integrante da Banda da Dona Zefinha.
Os espetáculos apresentados são: Tekoha – Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno (Teatro Imaginário Maracangalha),Um Show de Variedades Palhacística (Teatro de Rocokóz), O Concerto da Lona Preta (Trupe Lona Preta), Canção, Malazarte e Trupezupe (Quem Tem Boca é Pra Gritar), A Cobra Vai Fumar - Uma Estória da FEB (Teatro Popular União e Olho Vivo), Guerras desconhecidas na Barraca de Cena (Estudo de Cena), Metapólis (Cia. Trova 8), Pinta de Palhaço(Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo), Futebol Mossa Paixão: Pra Falar de Política, Futebol e Religião (Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA...), Era Uma Vez Um Rei! (Pombas Urbanas), Pagina 469 (Grupo Engasga Gato),Pato e Laranjinha Pintando o 7 (Ass. Cultural Teatral Trupe do Pato) e O Casamento de Tabarim (Dona Zefinha).
Idealizada e realizada pelo Buraco d’Oráculo, a Mostra chega à nona edição, contemplada pelo ProAC Festivais e Mostras, da Secretaria de Estado da Cultura. O evento, atualmente, é referência nacional no âmbito do teatro de rua. Desde sua quarta edição, essa modalidade teatral se tornou a sua principal atração.
Neste ano, buscando fortalecer e reconhecimento de sua história, a mostra reafirma laços com os artistas locais e faz uma homenagem ao Movimento Popular de Artes - MPA, que surgiu no final de 1970, a partir da pesquisa de Antonio Arantes e Tadeu Giglio, antropólogos da Unicamp, para a revitalização de sítios históricos de bairros paulistanos.
Com o movimento surgiu a necessidade de espaços para abrigar a produção artística local e ter um centro aglutinador e irradiador da cultura produzida na região. Mais de 30 anos depois, o MPA continua sendo referência para pesquisadores de diversas linguagens e instituições. “Homenagear este importante movimento cultural é reconhecer que suas ações foram significativas e que ainda reverberam no bairro de São Miguel Paulista, um dos mais antigos da cidade”, explica Edson Paulo Souza, diretor do Buraco D’Oráculo. Outro ponto importante é que neste ano a Mostra reforçará as ações do grupo na Praça do Casarão, visto que, juntamente com outros coletivos, ocupa o espaço do antigo casarão, localizado na praça.
PROGRAMAÇÃO / SERVIÇO
Mostra de Teatro de São Miguel Paulista
Local: Praça do Casarão
Vila Mara (ao lado da estação Vila Mara da CPTM). Jardim Helena/SP
De 22 a 31 de maio - sexta a domingo - 15h, 16h, 17h, 18h e 19h
Grátis (espetáculos ao ar livre). Recomendação: Livre
Informações: (11) 98152-4482
Mestres de Cerimônias - Antes de cada apresentação e também nos intervalos entre uma e outra, os mestres de cerimônia fazem breves intervenções.
22 de Maio - sexta-feira
Mestres de cerimônia: J.E. Tico (São Paulo – SP)
Com Cia. Antropofágica (São Paulo, SP) - Duração: 2h.
Sinopse - Tomando as ruas com Cortejo cênico-musical conduzido por nossa Karroça, inicialmente inspirada nos tropeiros, homens livres do Brasil escravocrata responsáveis pela circulação de mercadorias. As intervenções de rua estão sempre ligadas aos estudos realizados pela companhia. É a mais antiga máquina do catálogo de máquinas de intervenção urbana, já tendo percorrido a cidade de São Paulo do extremo Leste ao extremo Oeste e realizado marchas com diversos outros coletivos da cidade. É uma máquina altamente adaptável às variações de conteúdo, podendo abarcar diversas paradas temáticas numa única jornada.
Ficha técnica - Dramaturgia: Companhia Antropofágica. Direção e encenação: Thiago Reis Vasconcelos. Direção Musical: Lucas Vasconcelos. Elenco: AdonisRossato, Alessandra Queiroz, Amanda Freire, Andrews Sanches, Danilo Santos, Débora Xavier, Deborah Hathner, Fabi Ribeiro, Flávia Ulhôa, Jaques Cardeal, José Abrão, Karina Pêra, Martha Guijarro, Maristela Rodrigues, Rafael Frederico, Rafael Gracioli, Renata Adrianna, Renê Costanny, Ruth Melchior e Suelen Moreira. Músicos: Bruno Miotto, Bruno Mota e Lucas Vasconcelos. Iluminação: Renata Adrianna e Rafael Frederico. Produção: Maria Tereza Urias.
Com Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande - MS) - Duração: 50 min.
Sinopse - O espetáculo, narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha, faz da rua a representação tão sagrada aos guaranis.
Ficha técnica - Diretor: Fernando Cruz. Dramaturgia: Fernando Cruz em processo colaborativo com o grupo. Elenco: Alê Moura, Camila Brito, Fernando Cruz, Fran Corona e Moreno Mourão. Figurino: Ramona Rodrigues. Cenografia: Zé Eduardo Calegari Paulino. Adereços: Lício Cstro. Sonoplastia: o Grupo
23 de Maio - sábado
Mestres de cerimônia: J.E. Tico (São Paulo, SP)
Com Teatro de Rocokóz (São Paulo, SP) - Duração: 50 min.
Sinopse - Uma família de palhaços chega com sua Carroça e abre a roda para apresentar ao público Um Show de Variedades Palhacísticas, um caldeirão de números divertidos, no qual, na maior parte do tempo, o protagonista é o próprio espectador. Eles anunciam: “senhoras e senhores, damas, cavalheiros, crianças: com vocês... A Besta Fera! O Mago do Eterno Silêncio! O Acrobata Anônimo! O Homem-Bala! A Malabarista do Nilo! E o mais incrível e inacreditável número de Altíssimo Risco!”.
Ficha técnica- Texto: Teatro de Rocokóz. Direção e canções: Carlos Biaggioli. Elenco: Carlos e Ciléia Biaggioli. Participação: Júlia, Laura e Davi S. Biaggioli. Produção geral: Ciléia S. Biaggioli.
Com Trupe Lona Preta (São Paulo, SP) - Duração: 50 min.
Sinopse - O Concerto da Lona Preta é um espetáculo inspirado na tradição circense e em músicas que fazem parte do imaginário popular. Cinco músicos, ou melhor, cinco palhaços tentam de forma divertida executar um concerto musical com um amplo e variado repertório, que abrange arranjos musicais concernentes às manifestações populares, eruditas e popularescas.
Ficha técnica- Direção: Sergio Carozzi. Elenco: Alexandre Matos, Elias Costa, Joel Carozzi, Sergio Carozzi e Wellington Bernado. Figurinos: O Grupo. Produção: Henrique Alonso.
Com Quem tem Boca é Pra Gritar (João Pessoa, PB) - Duração: 60 min.
Sinopse - O espetáculo Canção, Malazarte e Trupizupe busca, por meio dos trambiques de três espertalhões, mostrar uma faceta do povo nordestino que, para sobreviver, precisa desenvolver uma enorme sagacidade, uma perspicácia e um extraordinário senso de humor. Esta faceta proporciona a esses anti-heróis brasileiros a possibilidade de existirem, não anonimamente, mas como sobreviventes de um país onde os abastados e poderosos usufruem da totalidade. O pano de fundo da trama é uma história simples que transita por um mosteiro, terminando numa pensão onde a aparente fragilidade dos conflitos esconde personagens que, apesar de serem aqueles que não têm poder, utilizam de uma esperteza ímpar para continuarem vivos e de certa forma, levando no “bico” os poderosos e tiranos.
Ficha Técnica: Direção: Humberto Lopes. Texto/concepção: Bráulio Tavares. Atores / músicos: Ademilton Barros, Cleiton Teixeira, João Paulo, Joelson Topete, Maycon Nascimento e Mirtia Guimarães. Música original: Beto Brito. Direção musical: Cleiton Teixeira. Preparação de canto: Eleonora Montenegro. Figurino: Adriano Bezerra. Cenografia: Grupo de Teatro Quem Tem Boca é Pra Gritar. Operação de som: Arthur Lopes. Produção executiva: Mirtia Guimarães.
24 de Maio - domingo
Mestres de cerimônia: J.E. Tico (São Paulo, SP)
Com Teatro Popular União e Olho Vivo (São Paulo, SP) - Duração: 90 min.
Sinopse - A partir de relatos de ex-pracinhas da Força Expedicionária Brasileira, que combateram na Itália na Segunda-Guerra Mundial (1944-1945), o Olho Vivo conta fragmentos, um passado-presente, como se a memória teimasse em esquecer e lembrar.
Ficha técnica - Texto e direção: César Vieira (Idibal Pivetta). Direção de arte: Graciela Rodriguez. Músicas: Jose Maria Giroldo. Assistente de direção: Oswaldo Ribeiro. Coordenação musical: Ana Lucia Silva. Coordenação de percussão: Cesinha Pivetta. Violão: Thiago Nogueira. Produção: Teatro Popular União e Olho Vivo. Coordenação produção: Cícero Almeida eIsaias Cardoso. Confecção de figurinos: Euda Alves Souza. Elenco: Ana Lucia Silva, Césinha Pivetta, Cícero Almeida, Camila Morelli, Edir Evaristo da Silva, Isaias Cardoso, Luiza Maia, Michelle Gabriolli, Neriney Moreira, Osmar Azevedo, Pedro Inovador, Rafinha Werblowsky, Talita Ferreira e Thiago Nogueira.
Com Estudo de Cena (São Paulo, SP) - Duração: 120 min.
Sinopse - Guerras Desconhecidas na Barraca de Cena tem característica de um espetáculo de variedades que acontece na Barraca de Cena, um pequeno teatro mambembe. No espetáculo são apresentadas três Peças curtas de conflitos sociais brasileiros: Cortejo de Quintino Gatilheiro, Guerra do Pau-de-Colher e Guerra de São Bonifácio, junto com as Peças curtas são apresentados uma série de números de variedades que se remetem ao universo da memória e da resistência popular.
Ficha técnica - Concepção e produção: Companhia Estudo de Cena. Direção e dramaturgia: Diogo Noventa. Atores criadores: Anderson Oliveira, Cau Peracio, Juliana Liegel, Marilza Batista, Nei Gomes e Roberto Kroupa. Núcleo de direção musical: Iraci Tomiato, Juh Vieira, Lucas Vasconcellos, Vinícius Hoffman e Roberto Kroupa. Preparação vocal: Rani Guerra. Direção de Arte: Valter Mendes. Assistente de arte: Danielly Abreu. Apoio: Engenho Teatral. Produção executiva: Juliana Liegel e Nei Gomes.
29 de Maio - sexta-feira
Mestre de cerimônia: Pato e Laranjinha (Macapá, AP)
Com Cia. Trova 8 (São Paulo, SP). Duração: 45 min.
Sinopse - Retomando a forma tradicional do espetáculo de rua, desenvolvida nos jograis e por menestréis desde a Idade Média, a Cia Trova 8, apresenta Metápolis. Num tempo muito distante, vem à tona a relação de uma comunidade com o nascimento e o desenvolvimento de seu líder. A trajetória de alguns dos habitantes de Metápolis se funde às vontades e injúrias supremas, o que provoca uma reflexão acerca do papel do homem no mundo e da obediência. Em plena arena de cena, o público é convidado para uma suspensão de seu cotidiano – o que não carrega o intuito de transportá-los à nenhuma outra dimensão, mas sim aos seus anseios e desejos mais profundos – condição na qual, se sente a verdadeira liderança... ou a sua ausência.
Ficha técnica - Direção: Jonas Mendes. Dramaturgia: Vana Medeiros. Iluminação e figurino: Natália Peixoto e Patricia Savoy. Sonoplastia: Alexandre Assis e Hélio Romano. Elenco: Fernando Vasques, Gabriel Augusto, Jô Freitas e Marcus Mazieri. Artistas convidados: Filipe P., Natália Peixoto e Maurício Shirakawa.
Com Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo (São Paulo, SP) - Duração: 60 min.
Sinopse: É a história de uma trupe que enfrenta dificuldades financeiras para manutenção do circo e decide despedir um artista para cortar gastos. Com isso, ficará no circo aquele que tiver mais pinta de palhaço. Quem será? Baseado em reprises clássicas, reporta o público de qualquer idade aos circos antigos onde o palhaço era personagem de destaque. É uma homenagem aos palhaços de todos os tempos, a tradição e valorização do circo. O riso ingênuo que o palhaço provoca, proporciona uma imediata identificação com as crianças e leva os adultos aos seus tempos de infância.
Ficha técnica - Texto: Reprises Clássicas de Palhaço adaptadas por Marcos Pavanelli e Simone Brites Pavanelli. Elenco: Beatriz Barros, Marcos Pavanelli, Mizael Alves, Lucas Branco e Simone Brites Pavanelli. Direção musical: Charles Raszl. Produção: Cristiane Accica e Simone Brites Pavanelli.
30 de Maio - sábado
Mestre de cerimônia: Pato e Laranjinha (Macapá, AP)
Local: Ocupação Casarão Vila Mara. Praça do Casarão, SN. Estação Vila Mara da CPTM
Inscrições: no local, 1h antes. Vagas: 20. Idade recomendada: 16 anos
Sinopse: Em uma adaptação do texto Corinthians, Meu Amor, de César Vieira, o Levanta FavelA... encena passagens da vida de personagens populares, moradores de uma favela, apaixonados por futebol e que têm suas vidas mudadas a partir Copa do Mundo de Futebol em 2014, no Brasil, tanto pela expectativa de ver os jogos de perto, quanto pelas mudanças no país e na cidade. Esses favelados, representando o povo brasileiro, fazem de tudo para ver a grande final da Copa, mas acabam se deparando com as agruras das injustiças sociais, devido ao meio em que estão inseridos.
Ficha técnica: Direção e concepção: Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA...Figurinos: Eloísa Cônsul. Texto: César Vieira. Adaptação do texto: Coletiva da Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA... Painel da favela: Muralha Rubro Negra. Elenco: Ana Eberhardt, Elisa Carbonell, Felipe Fleischer, Kacau Soares, Márcio Prestes, PachaCarbo, Robson Reinoso, Rodrigo Reis e Roger Ribeiro. Equipe técnica: Rafael Mautone. Máscaras, maquiagem, elementos e músicas:Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA...
Com Grupo Pombas Urbanas (São Paulo, SP) - Duração: 60 min.
Sinopse: Em cena a vida de três mendigos, catadores de papelão, ferro e garrafas que se revezam para empurrar o seu carrinho. Aos poucos, o trabalho se transforma em uma brincadeira na qual, a cada semana, um deles se torna rei, depois presidente e, em seguida, ditador. O jogo humano e imaginativo torna-se intenso e esses mendigos saem completamente da realidade em que vivem para entrar em um espaço lúdico e de fantasia sobre o poder e a riqueza. Ao mesmo tempo inocente e malicioso, a despolitização deles coloca-os na posição de subjugar o seu próximo. Eles acabam abrindo mão dos escrúpulos para dominar um ao outro e se manter no poder, ou melhor, em cima do carrinho.
Ficha técnica: Texto: Oscar Castro. Direção: Juliana Flory. Trilha Sonora, figurino, cenotécnica, sonoplastia e produção executiva: Pombas Urbanas. Elenco: Adriano Mauriz (Papelão), Marcelo Palmares (Barulheira), Paulo Carvalho Jr. (Sucata), Cinthia Arruda (Coro de Rua), Juliana Flory (Coro de Rua), Marcos Kaju (Coro de Rua), Natali Santos (Coro de Rua), Ricardo Big (Coro de Rua).
31 de Maio - domingo
Mestre de cerimônia: Pato e Laranjinha (Macapá, AP)
Com Grupo Engasga Gato (Ribeirão Preto, SP) - Duração: 50 min.
Sinopse – A peça conta a história de um homem que tem a obsessão de obter o mais bonito paletó do mundo. Controlado por esse incontrolável desejo, Getúlio destrói suas relações familiares e termina como um solitário morador de rua. Uma equipe - assistente social, médico, pastor evangélico, todos cegos - trata de recuperar esse homem e o levam a um abrigo para sua salvação. A sua mulher, que o perdeu para a loucura da busca pelo paletó dos seus sonhos, aparece e o reconhece. Ele não tem mais memória sobre sua vida anterior. A partir das tensões entre o morador de rua, os assistentes sociais e a esposa desesperada, são criados acontecimentos, nos quais se envolvem os espectadores em um jogo de esperanças e tristezas.
Ficha técnica- Criação e concepção: Grupo Engasga Gato e André Carreira. Direção: André Carreira. Elenco: Douglas Pires, Fausto Ribeiro, Fernanda Soto, Gabriel Galhardo, Monalisa Machado e Poliana Savegnago. Ator convidado: Álvaro Cherubini. Dramaturgia: André Felipe. Cenografia: Grupo Engasga Gato e André Carreira. Técnico de som: Álvaro Cherubini. Figurinos: Grupo Engasga Gato e Zezé Cherubini. Coordenação geral: Grupo Engasga Gato.
Com Associação Cultural Teatral Trupe do Pato (Macapá, AP) - Duração: 50 min.
Sinopse - Pato e Laranjinha é uma dupla de palhaços de rua que, vez ou outra, se debate diante da necessidade de provar algo alguém. Tal condição os coloca em constantes competições, ora por beleza, ora por esperteza, ora por astúcia. E assim, ambos vão levando a vida. No entanto, percebemos no decorrer da performance que um não consegue viver sem o outro. Assim, diante da necessidade incessante pela competição, o público é presenteado com momentos únicos de magia e graça.
Ficha técnica: Texto: Erivaldo Vieira Virginio. Direção: Erivaldo Vieira Virginio. Sonoplastia: Jimewesley Maciel Virginio. Produção: Erivaldo Vieira Virginio.
Com Dona Zefinha (Itapipoca, CE) - Duração: 60 min.
Sinopse -Tabarim deseja encontrar uma noiva para se casar e vive inventando trapaças para ganhar dinheiro do modo mais fácil. Górgibus, o velho avarento, é seduzido pelas facetas do malandro e troca sua valiosa aliança, por um saco de feijões mágicos. A trapaça é descoberta e o velho, na ânsia de tornar-se rico, vende a alma de sua filha Angélica para Méfisto, um diabo que vagueia pelo mundo em busca de novas almas. O destino cruel faz Tabarim se apaixonar por Angélica e, para escapar das garras do velho e conseguir a mão da moça em casamento, aceita enfrentar Méfisto.
Ficha técnica: Texto e direção: Orlângelo Leal. Figurino: Joélia Braga. Produção: Grupo Dona Zefinha. Elenco: Paulo Orlando, Orlângelo Leal, Ângelo Márcio e Joélia Braga.
Sobre o BURACO D’ORÁCULO
O Buraco d’Oráculo nasceu em 1998, como resultado do Núcleo de Teatro de Rua da Oficina Cultural Amácio Mazzaropi que hoje se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo é calcado em três pontos fundamentais para a expressão de sua arte: a rua, como local fundamental para promover o encontro direto com o público, a cultura popular, como fonte inspiradora, e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o chamado “realismo grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e também como alvo de crítica e reflexão. O trabalho levou o grupo até um público diferente daquele que frequenta as salas de espetáculos, quando começaram a desenvolver os projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer teatral. Por isso, desde 2002, atua na Zona Leste de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel Paulista, sendo a Praça do Casarão o seu principal ponto de atuação desde 2004. O Buraco d’Oráculo, já produziu nove espetáculos que são protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa forma, busca discutir o homem urbano e seus problemas.