Um pequeno acidente de trânsito nas ruas de Nova York, que quase resultou num atropelamento, acaba provocando a aproximação entre o Sr Green, um velho e solitário judeu ortodoxo, e Ross Gardner, um jovem executivo de 29 anos que, graças ao juiz Kruger, foi acusado de negligência na direção e considerado culpado pela ocorrência. A pena consiste em fazer com que Ross Gardner deva prestar serviço comunitário junto à vítima uma vez por semana, pelos próximos seis meses.
A ação da peça se passa no velho apartamento do Sr. Green, tipicamente nova-iorquino, atulhado entre outras coisas de inúmeras edições de listas telefônicas já em desuso, jornais espalhados, pilhas de correspondências e um buquê de flores secas. Tudo parece ter sido adquirido nos anos 50 e mantido intocável desde então.
A circunstância legal que os uniu involuntariamente, envolve os dois em situações inusitadas, com traços de fino humor e de profunda emoção.
Revelando pouco a pouco a personalidade de cada um, suas realizações e suas frustrações acabam por constituir a trama central da peça através da riqueza da narrativa e dos instigantes diálogos de Jeff Baron. Retratam também, magistralmente, os aspectos mais pitorescos da cultura judaica, bem como os encontros e desencontros de dois habitantes de uma metrópole como Nova York.
O resultado final é estimulante e provocador, surpreendendo aos espectadores, pela originalidade das situações e a oportunidade de oferecer ao público um espetáculo de alta qualidade e de comoventes e inesquecíveis atuações.
“Depois de mais de 11 anos atuando no Ministério da Cultura, retorno finalmente ao Teatro. Volto a estar sobre o palco, como sempre estive por mais de 50 cinquenta anos - espaço sagrado onde passei a maior parte de minha vida. Para comemorar este esperado retorno, escolhi o texto do americano Jeff Baron,Visitando o Sr. Green, prestando justa homenagem a um grande mestre e defensor do teatro brasileiro, Paulo Autran, criador desse personagem. Nada mais significativo para mim, agora que retorno à minha carreira”, afirma Mamberti.
A montagem de Visitando o Sr. Green é apresentada pelo Ministério da Cultura e Itaú e tem patrocínio da Porto Seguro.
VISITANDO O SR. GREEN
Teatro Jaraguá (265 lugares)
Novotel Jaraguá
Rua Martins Fontes, 71. Bela Vista
Informações: 3255.4380
Bilheteria: terça a quinta das 16h às 19h, sexta e sábado a partir das 16h, domingo a partir das 15h. Aceita todos os cartões, débito e crédito. Estacionamento no local: R$ 30. Acesso a deficientes
Vendas: www.ingressorapido.com e 4003.1212
Sexta às 21h30 | Sábado às 21h | Domingo às 19h
Ingressos: R$ 50
Duração: 90 minutos
Recomendação: 14 anos
Gênero: comédia dramática
Estreia dia 24 de Abril
Temporada: até 19 de Julho
Ficha técnica:
Autor: Jeff Baron
Tradutora: Rachel Ripani
Direção: Cassio Scapin
Assistente de direção: Ando Camargo
Elenco: Sergio Mamberti e Ricardo Gelli
Cenário: Chris Aizner
Figurino: Fabio Namatame
Luz: Wagner Freire
Trilha sonora: Daniel Maia
Direção de produção: Carlos Mamberti
Patrocínio: Porto Seguro
Sobre Jeff Baron
Premiado autor americano, consegue transferir para o palco com seu texto VISITANDO O SR. GREEN o relacionamento humano, a estupidez dos preconceitos e a importância da compreensão entre as pessoas. A habilidade e o sensível tratamento fazem com que dois homens de temperamentos opostos, transformem-se numa amostra do que a incompreensão e o preconceito podem provocar num relacionamento familiar. Uma comédia hilariante e um drama denso numa história só. Duas visões de mundo exploradas em um texto hábil e sensível. O texto estreou em Miami, no Teatro Coconut Grove, com tal sucesso que a produção foi levada para a Broadway, onde o ator Eli Wallach foi premiado
por sua interpretação. Desde então a peça de Jeff Baron foi montada em mais de 20 países, em 15 línguas e 200 produções diferentes. O espetáculo foi premiado em muitos países, sendo considerada a melhor montagem do ano em Israel, Grécia e Alemanha e indicada para o Prêmio Molière da França de melhor peça nova. Em 1999, Jeff Baron foi convidado para fazer uma leitura de VISITANDO O SR. GREEN na ONU, em Nova York.
Sobre Sergio Mamberti
Ator, diretor, artista plástico e produtor. Natural de Santos/SP, 75 anos. Iniciou sua carreira em 1956 com a peça “Revellation” de Tristarn Bernarn. Formado pela Escola de Arte Dramática em 1961, tem participado ao longo de 45 anos de carreira de alguns dos mais significativos e polêmicos momentos do teatro brasileiro, como a peça “Navalha na Carne” de Plínio Marcos e “O Balcão“ de Jean Genet. Ao todo são quase 70 peças teatrais, 25 longas - metragens e 16 telenovelas, além de inúmeras participações especiais em programas de televisão. Assinou ainda a direção de 5 peças de teatro, além de ter atuado como produtor em outros eventos. Durante este período tem sido reconhecido como um dos mais ostensivos defensores da cultura nacional, colocando-se sempre à frente das mais diversas manifestações dos meios artísticos e intelectuais. No período de 2003 a 2013, esteve atuando no Ministério da Cultura, como Secretario da Identidade e da Diversidade Cultural, Presidente da Fundação Nacional de Artes e Secretário de Políticas Culturais.
Sobre Cassio Scapin
Ator, formado pela EAD-USP, ficou conhecido das crianças como Nino, do Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura. Já trabalhou em mais de vinte espetáculos, no Brasil e na Itália, tendo trabalhado com os diretores Francesco Zigrino/Itália, Ulisses Cruz, Naum Alves de Souza, Yacov Hillel, Mira Haar e Elias Andreatto, Marília Pêra entre outros.
Recebeu os prêmios: Mambembe, Governador do Estado, APCA, sendo que em 1998 foi o escolhido como “Melhor Ator” nos prêmios Apetesp e Shell, por sua interpretação em Memórias Póstumas de Brás Cubas, comédia musical de Machado de Assis, com direção de Regina Galdino.
Participou de novelas no SBT e TV Bandeirantes e Telecurso 2000. Na TV Globo participou das novelas e seriados A Lua me disse, Um só coração, Sítio do Pica Pau Amarelo, entre outros. Em Visitando o Sr. Green, de 2000 a 2005, dividiu o palco com Paulo Autran.
Protagonista dos contos sinfônicos O Carnaval dos Animais e da série O Aprendiz de Maestro em benefício da TUCCA, desde 2000 na Sala São Paulo, com direção de Regina Galdino, regência do Maestro João Maurício Galíndo e orquestra Sinfonieta Fortíssima.
Em 2006 recebeu outra indicação ao Prêmio Shell pelo espetáculo Quando Nietzche Chorou de Ulisses Cohn.
Também atuou na segunda montagem de O Mistério de Irma Vap, ao lado de Marcelo Médici, com direção de Marília Pêra; no musical Lampião e Lancelote, com músicas de Zeca Baleiro e direção de Debora Dubois; e no espetáculo O Libertino com direção de Jô Soares.
Em 2013, com o espetáculo Eu Não Dava Praquilo recebeu o Prêmio APCA de Melhor Ator, que teve também indicações de melhor texto e melhor espetáculo. E foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator.
Na TV fez parte do elenco de Trair e Coçar é Só Começar, no Multishow, e de Os Milagres de Jesus, na TV Record, onde começa a gravar a novela Escrava Mãe, em maio.
Sobre Ricardo Gelli
Formado pelo Teatro Escola Célia Helena. Cursou também Artes Plásticas na Faculdade de Artes Alcântara Machado. No Célia Helena, foi aluno de grandes expoentes do teatro: Alexandre Mate, Gabriel Carmona, Ednaldo Freire, Ruy Cortez, entre outros. Profissionalmente, trabalhou com vários diretores de renome no cenário nacional: Sérgio Ferrara, Mário Bortolotto, Ruy Cortez, Ralph Maizza, Lenerson Polonini, Rui Xavier, Elisa Othake e Kléber Montanheiro.
Entre as mais de 15 peças em que atuou, destacam-se: “Rosa de Vidro”, de João Fábio Cabral, direção de Ruy Cortez; “Heiner Müller em Repertório” e “DrFaustus Liga a Luz”, de Gertrude Stein, direção de Lenerson Polonini; “Caminos Invisibles...La partida”, texto e direção de Carina Casucelli; “Os Inadequados”, de Leandro D’Errico, direção de Ralph Maizza; “Leila Baby”, texto e direção de Mário Bortolotto; “A Dama do Mar”, de Henrik Ibsen, direção de Sérgio Ferrara “Crônicas de Cavaleiros e Dragões – O Tesouro dos Nibelungos”, de Paulo Rogério Lopes, sobre obra de Tatiana Belinki, direção de Kléber Montanheiro; “Genet – O Poeta Ladrão”, de Zen Salles, direção de Sérgio Ferrara; “Arquitetura da Dramaturgia – O Imperador”, de Marcos Gomes, direção de Rafael Bicudo; “Karamázov – Os Irmãos/Os Meninos”, dramaturgia de Luis Alberto de Abreu e Calixto de Inhamus, direção de Ruy Cortêz; “Propriedades Condenadas”, de Tennessee Williams, direção de Marco Antônio Pâmio. Também já assinou cenário, adereços e iluminação de alguns espetáculos. No cinema atuou nos longas: “Pólvora Negra” de Kapel Furman e “A Percepção do Medo” de Armando Fonseca e Kapel Furman, e em mais de 10 curtas, com destaque para: “Landau 66”, direção de Fernando Sanches (Pródigo Films); “O Afinador”, de Matheus Parizi e Fernando Camargo; “Boca Fechada”, de Elder Fraga (Fraga Films). Vencedor dos Prêmios R7 Melhores do Teatro 2014 (melhor ator) por “Genet – O Poeta Ladrão”, e Melhor Ator no Festival Art Decó de Cinema por “Boca Fechada”. Indicado ao Prêmio APCA 2014 por “Propriedades Condenadas”.