Ela nasceu Márcia Couto Barreto e de uma família tradicional da cidade mineira de Ouro Preto. Desde adolescente sempre mostrou ter classe e elegância.
Márcia de Windsor e Henrique Martins em "O Sheik de Agadir" em 1966 |
Aos 17 anos, rompeu com todas as tradições da família mineira e se casou com um fazendeiro baiano que era 25 anos mais velho. O casamento só durou cinco anos, mas Márcia teve dois filhos: Gilberto e Arlindo Barreto, que também virou ator.
No final da década de 50, já atuando como maquiadora, resolveu seguir a carreira artística e começou na TV Rio apresentando o programa “Acumulada Musical”, ao lado do comediante Renato Corte Real, de quem falamos na última coluna. Foi nessa época que ganhou o sobrenome Windsor, uma brincadeira de Sérgio Porto que disse que ela era a nossa Duquesa de Windsor.
Nos anos 60 participou como atriz de cinco filmes nacionais: “As Sete Evas”; “Sangue na Madrugada”; “Crônica da Cidade Amada”; “O Mundo Alegre de Helô” e “A Um Pulo da Morte”. Nessa época se casou pela segunda vez, agora com o ator Jardel Filho, mas a união durou pouco tempo.
Estreou na televisão como atriz em 1965, na TV Globo, no seriado “22-2000 Cidade Aberta”, mas ficou realmente conhecida do grande público quando atuou na novela “O Sheik de Agadir” ao lado de Amilton Fernandes, Henrique Martins e Yoná Magalhães.
Ela foi casada com o também ator Jardel Filho na década de 60 |
Veio para São Paulo e para TV Excelsior onde participou de três novelas: “Os Fantoches”; “A Menina do Veleiro Azul” e “Os Estranhos”. Já um nome conhecido e respeitado pelo grande público, Márcia de Windsor foi para a TV Tupi onde esteve em grandes sucessos como “Bel Ami”; “Na Idade do Lobo” e “O Profeta”.
Como jurada no "Programa Flávio Cavalcanti" com Sérgio Bittencourt e Walter Forster |
Márcia ficou amiga do apresentador Flávio Cavalcanti e, graças a ele, se tornou uma celebridade nos anos 70 ao participar do corpo de jurados dos programas do apresentador na TV Tupi e na TV Bandeirantes. Também foi jurada por algum tempo do “Programa Silvio Santos”, e por sem sempre muito simpática e educada com todos os calouros, ficou conhecida como a “jurada nota dez” da nossa telinha.
Márcia foi uma das mulheres mais bonitas da nossa TV |
Nos anos 80 ela foi para a TV Bandeirantes onde brilhou nas novelas “Cara a Cara”; “Cavalo Amarelo”; “Os Adolescentes” e “Ninho da Serpente”. Ela estava gravando os últimos capítulos da novela “Ninho da Serpente”, onde interpretava a personagem Jerusa, quando faleceu repentinamente, em um quarto do Hotel San Raphael, em São Paulo, onde se hospedava, após sofrer um enfarte fulminante.
Um dia antes de falecer, aos 48 anos de idade, Márcia de Windsor participou, ao vivo, do programa “Boa Noite Brasil", apresentado por Flávio Cavalcanti e no qual tinha um quadro semanal intitulado "Meu netinho é uma graça".
Em "O Profeta", sucesso na TV Tupi e um das suas últimas novelas |