Nascida em 1930, na cidade de Araçatuba, no interior de São Paulo, Olga Castenaro se transformou em Marisa Prado quando foi trabalhar como atriz na Companhia Cinematográfica Vera Cruz.
Marisa Prado e a estreia em Tico Tico no Fubá |
Era criança quando sua família se mudou para a cidade de São Bernardo do Campo, onde se estabeleceu a Cia. Vera Cruz, a Hollywood brasileira, em 1949. Seu primeiro emprego lá foi como montadora de filmes, mas logo a sua beleza chamou a atenção do diretor Abílio Pereira de Almeida, que a levou para fazer um teste.
Ganhou o premio de melhor atriz em "Terra é Sempre Terra" |
A estreia como atriz aconteceu no filme “Tico Tico no Fubá”, de 1951, ao lado de Anselmo Duarte e Tonia Carrero, um grande sucesso da Vera Cruz, e em seguida fez “Terra é Sempre Terra”, ao lado do seu descobridor, Abílio Pereira e do galã Mário Sérgio. Por esse filme ela ganhou o prêmio Saci de melhor atriz do ano.
Fez ainda na Vera Cruz, “O Cangaceiro” (1953), ao lado de Alberto Ruschel, Milton Ribeiro e Vanja Orico, com o qual Marisa Prado tornou-se conhecida internacionalmente, e “Candinho”, uma das primeiras comédias de Mazzaropi. Ela se tornaria assim a grande estrela da Companhia, que infelizmente não teria vida muito longa.
Se casou com o diretor e produtor Fernando de Barros e com a crise na Vera Cruz aceitou um convite para filmar na Espanha e depois em Portugal, onde participou de 12 filmes, de 1955 a 1963. No primeiro desses filmes, “Orgulho”, já conquistou o prêmio de melhor atriz.
Com Mazzaropi no sucesso da comédia "Candinho" |
O casamento com Fernando de Barros durou pouco, e em 1958, Marisa Prado fez o filme “Uma Chica de Chicago” e conheceu o embaixador cubano em Paris, com quem se casou, passando a viver na França.
Em "O Cangaceiro" teve reconhecimento internacional |
O segundo casamento também não durou muito e em uma temporada em Monte Carlo, ela se envolveu com um milionário libanês, o conde Charies Gabriel de Chedid, que na metade dos anos 70 se tornou o seu terceiro marido.
Bonita e talentosa, Marisa Prado se desiludiu com a carreira e com os casamentos infelizes e morreu inesperadamente, quando atravessava um período depressivo, com apenas 52 anos de idade, na capital do Egito.