Com direção de Maria Maya, Adorável Garoto (Beautiful Child), texto do celebrado dramaturgo norte americano Nicky Silver (também autor de Pterodátilos, Os Altruístas, Homens Gordos de Saia, Criados em Cativeiro, todas encenadas no Brasil), estreia no dia 27 de fevereiro no Teatro Nair Bello.
Nascido na Filadélfia em 1960, Nicky Silver é considerado atualmente um dos mais produtivos e talentosos escritores de Nova York, e eventualmente comparado aos dramaturgos Eugène Ionesco (1909-1994) e Edward Albee (1928) por seu “realismo absurdo”. Suas obras navegam com a mesma desenvoltura pelo drama, pela comédia e pela farsa para tratar de temas universais – famílias disfuncionais, a sexualidade em suas variadas inclinações, desagregação, solidão. Desde o início dos anos 1980, os seus textos vem dominando os teatros novaiorquinos com grande impacto e sucesso.
“Não sei se o humor é uma forma, uma arma ou um instrumento que nos leva a resolver as coisas, mas acho que é a única ferramenta que nós, como seres humanos, temos para sobreviver. Eu não sei se o humor torna as coisas melhores, mas acho que as torna mais toleráveis, suportáveis. E essa é apenas a minha natureza de ver as coisas. É uma das ferramentas que temos para levar a vida adiante.”, afirmou o autor numa entrevista concedida ao jornal O Globo em 2011.
Encenada pela primeira vez em 2004 no circuito off-Broadway, Adorável Garoto é um texto profundo e perturbador, e ao mesmo tempo repleto de situações cômicas e inusitadas. No início da ação, está mais presente o humor ferino peculiar de Silver, que extrai dos diálogos cotidianos o ridículo que habita em cada personagem. A trama mergulha em águas mais densas, expondo cada vez mais as fragilidades e o desespero dos personagens, que culminam num desfecho surpreendente. Como num quebra-cabeça, aos poucos Silver conduz o espectador a testemunhar a autópsia dos sentimentos e relações que envolvem os personagens.
Sinopse
Vivendo sozinho desde os tempos da faculdade, Isaac (Michel Blois), já adulto, volta à casa dos pais, Harry (Leonardo Franco) e Nan (Isabel Cavalcanti), em busca de abrigo. O rapaz encontra um lar esfacelado pela incomunicabilidade entre seus pais, e tudo se agrava quando ele expõe os motivos de sua volta, que desnorteiam os pais já em crise. O drama do filho, por vias inesperadas, acaba unindo Harry e Nan em torno de um objetivo comum: salvar e proteger o próprio filho, apesar dele ter quebrado um código moral absolutamente inquestionável. Amor, culpa, memórias e julgamento se entrelaçam nesta trama que reúne humor e drama.
ADORÁVEL GAROTO
Teatro Nair Bello (200 lugares)
Shopping Frei Caneca - Rua Frei Caneca, 569 - 3° andar.
Telefone: 3472-2414.
Bilheteria: de terça a sexta, das 14h às 21h30; sábados das 14 às 21h e domingos, das 14 às 18h. Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque.
Estacionamento R$ 7 até duas horas.
Vendas: www.ingresso.com e tel.: 4003-2330.
Sexta às 21h30 | Sábado às 21h | Domingo às 18h
Ingressos: R$ 40
Duração: 80 minutos
Recomendação: 16 anos
Gênero: Tragicomédia
Ficha Técnica:
Autor: Nicky Silver
Adaptação: Gustavo Klien
Tradução: Roberto Bürguel
Direção: Maria Maya
Elenco / Personagem:
Isabel Cavalcanti / Nan
Leonardo Franco / Harry
Michel Blois / Isaac
Mabel Cezar / Dra. Elizabeth Hilton
Raquel Rocha / Delia
Direção de Arte, Cenários e Figurinos: Ronald Teixeira
Direção de Movimento: Vietia Zangrandi
Iluminação: Adriana Ortiz
Designer: Letícia Andrade
Gerente de Marketing: Fabia Gomes
Assistente de Direção: Álvaro Chaer
Preparação Vocal: Veronica Machado
Visagismo: Mayco Soares
Fotos: Daniel Chiacos
Produção Executiva: Letícia Napole
Direção de Produção: Giba Ka & Maria Maya
NICKY SILVER – AUTOR
Nicky Silver se formou no Experimental Theatre Wing (Anexo de Teatro Experimental) da Universidade de Nova York, cidade onde reside atualmente. Entre seus textos, estão Pterodátilos (Prêmio Oppenheimer, Prêmio Kesselring, indicação para o Drama Desk, indicação para o Outer Critic’s Circle); Raised in Captivity (indicação para o Drama Desk, indicação para o Outer Critic’s Circle, Prêmio Drama-Logue); The Food Chain (indicação para o Outer Critic’s Circle); The Maiden’s Prayer (A Prece da Donzela); Eros Trilogy; Homens Gordos de Saia; Fit to be Tied; e Free Will and Wanton Lust. Teve seu trabalho reconhecido pelo jornal “The New York Times”, que o consagrou pela “absurdidade clássica”.
MARIA MAYA - DIRETORA
Nascida em uma família com várias gerações de artistas consagrados (Lupe Gigliotti, Cininha de Paula, Wolf Maia, Chico Anísio, Zelito Vianna, entre outros), Maria, além de diretora, é uma atriz experiente e com sólida carreira no teatro e na TV. Atriz com formação em Artes Cênicas pela UNIRIO, atuou em A Menina e o Vento de Maria Clara Machado, direção de Cininha de Paula; Tudo no escuro de Peter Shaffer, direção de Marcus Alvisi; Modelos para a(r)mar, direção de Jefferson Miranda, no Festival riocenacontemporanea de Teatro; Yolanda, direção de Ernesto Piccolo; e A Loba de Ray-ban, direção de José Possi Neto.
Como atriz e produtora teatral, realizou os seguintes espetáculos: Do outro lado da Tarde de Caio Fernando Abreu e direção de Gilberto Gawronski; Não Existem níveis seguros pra o consumo destas substâncias, de Daniela Pereira de Carvalho, vencedora do Prêmio Eletrobrás 2006 de Melhor Texto; Play - sobre Sexo, Mentiras e Videotape, texto de Rodrigo Nogueira e direção de Ivan Sugahara (indicado ao Prêmio Shell e APTR de melhor autor e eleito pelo O Globo como uma das dez melhores peças de 2009, foi apresentada em 33 cidades do país); Obituário Ideal, com texto e direção de Rodrigo Nogueira; e Pop Corn, com texto e direção de Jô Bilac.
Na TV, entre novelas, séries e outros programas na TV Globo, atuou em Cara e Coroa, Salsa e Merengue, Hilda Furacão, Você Decide, A Muralha, Brava Gente, O Quinto dos Infernos, Chocolate com Pimenta, Senhora do Destino, Sítio do Pica-Pau Amarelo, Levando a Vida, Cobras & Lagartos, Casos e Acasos, Toma Lá Dá Cá, Caminho das Índias, Aquele Beijo, e mais recentemente, a vilã boliviana Alejandra, de Amor à Vida.