Alemanha, século XIX. Johannes Brahms é chamado às pressas por Clara Schumann, após uma tentativa de suicídio do marido Robert Schumann, que se atirara às águas geladas do Rio Reno, durante um acesso de loucura. Ela precisa ouvir a opinião do jovem músico (apaixonado por ela): se deve internar o marido num hospício ou tentar curá-lo em casa. Num cenário bucólico, entre composições carregadas de sentimentos e em um clima tenso e romântico, um triângulo amoroso, nada convencional para a época, se insinua entre estes mestres da música clássica.
Este é o tema da peça Querido Brahms, de José Eduardo Vendramini, dirigida por Tadeu Aguiar, e que traz no elenco Carolina Kasting (como Clara Schumann), Werner Schünemann (como Robert Schumann) e Olavo Cavalheiro (como Johannes Brahms). A obra tem como trilha sonora as principais composições dos personagens da peça, com direção musical do Maestro Miguel Briamonte (diretor musical e regente de musicais como “Cats”, “A Bela e a Fera”, “Chicago”, “O Fantasma da Ópera”, “Castelo Rá-Tim-Bum”, entre outros). Querido Brahms mistura ficção e fatos reais, com base em pesquisas históricas e está em cartaz de 30/01/2015 a 29/03/2015 no Teatro J. Safra, em São Paulo.
SOBRE OS MÚSICOS
Johannes Brahms
Compositor e pianista, o alemão Joanes Brahms foi um dos maiores nomes do romantismo musical Europeu do século XIX. Nasceu em 1833 em Hamburgo, na Alemanha, e dedicou-se a quase todos os gêneros musicais da época - exceto ópera e balé. Filho de músico, possuía, desde pequeno, habilidades especiais para a arte. Com apenas dez anos de idade realizou o primeiro concerto público com composições de Mozart e Beethoven. Mas o mérito de grande compositor chegou, em 1868, com a estreia de Réquiem alemão. Em 1876, mesmo já consagrado como importante compositor, recebeu o título de "sucessor de Beethoven" com a sua Primeira Sinfonia.
Robert Schumann
Robert Schumann nasceu em 1810, no leste da Alemanha. Além de músico e compositor, era poeta, o que levou parte dos críticos da época a defini-lo como escritor que, por engano, dedicou-se à música. Sua obra musical trazia um estilo soturno e melancólico, influenciado por Lord Byron e E.T.A. Hoffmann, de quem Schumann era profundo admirador.
Logo cedo, apaixonou-se por Clara (filha de seu professor de música, Friedrich Wieck), com quem chegou a casar mesmo sob a desaprovação do pai da noiva, que o acusava de alcoólatra e demente. Aos 22 anos, Schumann começa a sentir os efeitos de uma doença degenerativa que iria lhe dificultar o movimento dos dedos e, em pouco tempo, impossibilitá-lo de continuar tocando piano.
Em 1835, produziu uma de suas principais obras-primas: Carnaval. Nesta época, a fama da mulher como “exímia instrumentista” crescia mais depressa do que a sua. Tratado como "o marido da pianista", sofreu com crises de depressão e, posteriormente, começou a sentir alucinações e surtos psicóticos. A partir daí, travou inúmeras batalhas contra a loucura que levou a qualidade de suas obras a cair. Deprimido, em 1856, tentou suicídio atirando-se as águas do rio Reno.
Clara Schumann
Clara Schumann (1819) foi pianista e compositora romântica alemã. Desde jovem, aprendeu técnicas do piano, mediante disciplina rígida, com seu pai, Friedrich Wieck. A partir dos 13 anos, desenvolveu uma brilhante carreira pianista apresentando-se em vários palcos pela Europa. Casou-se com Robert Schumann aos 21 anos de idade iniciando uma grande parceria: ele compondo e ela interpretando e divulgando suas composições. Apesar de Schumann incentivar a esposa em sua criação musical, Clara, muitas vezes, renunciou sua carreira como compositora para promover a do marido. Foi também obrigada a interromper sua carreira por diversos períodos devido suas oito gestações. Mas a pior crise de sua vida aconteceu quando Schumann entrou em depressão crônica, culminando na sua tentativa de suicídio.
FICHA TÉCNICA
Autor: José Eduardo Vendramini
Direção: Tadeu Aguiar
Elenco: Carolina Kasting, Werner Schünemann e Olavo Cavalheiro
Gênero: Romance de época
Direção Musical: Maestro Miguel Briamonte
Direção Técnica: Rafael Altro
Diretora de Produção: Rosana Penna
Luz e Co-Produção: Cizo de Souza
Visagismo: Hugo Daniel
Cenário: J.C.Serroni
Figurinos: Ney Madeira e Dani Vidal
Coordenador Geral: Lucas Olles
SERVIÇO
Local: Teatro J.Safra – Rua Josef Kryss, 318 – Barra Funda - São Paulo.
Temporada: de 30/01 a 29/03 (sexta às 21h30, sábado às 21h00 e domingo às 20h00)
Duração: 70 minutos
Bilheteria: Quartas e quintas, das 14h às 21h. Sextas, Sábados e Domingos a partir das 14h.
Ingressos: R$ 60,00 (sábados) e R$ 50,00 (sexta e domingo)
Capacidade: 633 pessoas
Vendas: www.compreingressos.com.br ou (11)2626-0243
Classificação etária: 14 anos
Estacionamento: no local