Rafael de Carvalho foi ator, produtor, repentista e dramaturgo. Nascido no interior da Paraíba, ele saiu de casa para tentar a vida nas cidades grandes e fugir da fome e da pobreza, já que os pais eram simples lavradores.
Rafael e Milton Moraes em cena da novela "Saramandaia" |
Foi prestando o exército que seu talento apareceu ao se apresentar cantando um samba, durante um plantão. Incentivado pelo maestro da banda do exército pernambucano ele foi estudar canto. Na segunda metade da década de 40 estreou como calouro em um programa humorístico.
Veio para o Rio de Janeiro e estreou profissionalmente em 1947 no rádio. Foi para a televisão e para o cinema nos anos 50 tendo se destacado na TV Excelsior, participando do quadro de humor “Coral dos Bigodudos” e depois na TV Rio no programa “Noites Cariocas”.
No cinema, nessa época, fez “Aguenta o Rojão”; “Titio não é Sopa”; “Por Um Céu de Liberdade”; “Um Candango na Belacap” e “Vagabundos no Society”.
Já nos anos 60, Rafael de Carvalho, sempre preocupado com a cultura popular, resolveu criar um Centro de Estudos Folclóricos no Rio de Janeiro. Nessa época também participou de vários festivais de poesia e folclore, sendo vencedor em algumas edições. Escreveu o livro “Quadra Quadrilha” que fala dos repentistas e do folclore nordestino.
Ele viveu alguns coronéis em seus papéis em novelas |
Ainda no cinema ele participou de filmes importantes das décadas de 60 e 70 como “O Homem Um”; “Macunaíma”; “Um Homem Sem Importância”; “O Doce Esporte do Sexo”; “As Aventuras Amorosas de um Padeiro” e “Crueldade Mortal”.
Nas telenovelas ele só veio a estrear em 1973, na primeira novela colorida da TV, “O Bem Amado” de Dias Gomes, onde interpretou Emiliano Medrado. Depois se destacou em “Gabriela” como o Coronel Coriolano, aquele que mantinha a moça da janela; “Saramandaia”, onde fez Cazuza; “Cavalo Amarelo” na Bandeirantes ao lado de Dercy Gonçalves como Viriato e depois “Rosa Baiana”, na mesma emissora, onde foi Lua.
Rafael de Carvalho em Saramandaia |
Antes de falecer repentinamente, vitimado por um enfarte, na cidade de Salvador, aos 63 anos de idade, Rafael ainda deixaria a sua marca de grande intérprete em filmes como “O Homem que virou Suco”; “Eles Não Usam Black Tie”; “Dora Doralina” e “O Baiano Fantasma”, seu último trabalho, que ele terminou semanas antes de morrer.
Rafael também participou de muitos filmes nacionais |
O último trabalho em novelas foi em "Rosa Baiana" |