Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Paulo Sérgio

6 de Novembro de 2014
 Paulo Sérgio estourou em 1968 com A Última Canção

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nascido Paulo Sérgio de Macedo na pequena cidade de Alegre, no interior do Espírito Santo, em 1944, o cantor e compositor Paulo Sérgio se tornou um fenômeno da música romântica no Brasil no final dos anos 1960.

Filho de um alfaiate, com sete anos de idade, na sua cidade natal, ele já participava de concursos de calouros mirins realizados por caravanas de artistas de emissoras de rádio do Rio de Janeiro. Ganhou duas vezes e isso fez com que ele, ao se mudar com a família para o Rio de Janeiro, em meados da década de 1950, fosse trabalhar, aos 16 anos de idade, em uma loja de discos e eletrodomésticos, chamada “Casas Rei da Voz”.

Ele foi o grande concorrente de Roberto Carlos em vendagens de disco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O batismo como cantor veio no programa “Hoje é Dia de Rock”, comandado por Jair de Taumaturgo, mas ele ainda passaria pelo “Clube do Rock” de Rossini Pinto e seria calouro da “Buzina do Chacrinha”.

A grande oportunidade veio em 1967 quando realizou testes na gravadora Caravelle e foi imediatamente contratado. Paulo Sérgio começou então a participar do “Programa Haroldo de Andrade”, na TV Excelsior e conseguiu transformar em sucesso a canção “Benzinho”, antes mesmo que ela saísse no mercado em compacto simples.

 Ele gravou 13 discos que venderam 8 milhões de cópias

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O “estouro” que o consagraria como um fenômeno de vendas da música romântica no Brasil aconteceu em 1968, com seu primeiro LP, que puxado pela música “Última Canção”, vendeu mais de 300 mil cópias, um sucesso absoluto para a época.

Imediatamente o cantor se transformou no grande competidor do rei Roberto Carlos em termos de vendagem de discos e quantidade de shows programados. Em 1972 veio o contrato com uma grande gravadora, a Copacabana, um dos mais altos contratos firmados naquela década no Brasil.

No auge do sucesso ele se casou com Raquel Teles Eugênio de Macedo, em uma cerimonia secreta no interior de São Paulo, para não provocar tumulto das fãs e da imprensa, e dessa união nasceu em maio de 1974, Rodrigo, que tentaria a carreira artística, anos depois, como Paulo Sérgio Jr., mas sem sucesso.

Com a mulher Raquel e o filho nascido em 1974

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paulo Sérgio teve uma carreira curta, mas muito expressiva em termos numéricos, já que lançou 13 discos que alcançaram o patamar de 8 milhões de cópias vendidas.

Aos 36 anos e com um filho de apenas seis anos de idade, Paulo Sérgio fez uma apresentação no “Programa do Bolinha”, na TV Bandeirantes, no domingo, 27 de julho de 1980, e na saída do teatro da emissora, que ficava na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, na capital paulista, foi cercado por fãs, entre elas uma que acabou discutindo muito com ele e deixando o cantor bastante nervoso. Ao sair do local ele acabou se envolvendo em um acidente de carro, mas não deu muita importancia para a batida e acabou indo comer com assessores e amigos. Lá ele sentiu fortes dores de cabeça e não conseguiu se alimentar.

Ainda naquele domingo, o cantor fez uma apresentação no Grajaú, onde reclamou muito de uma forte dor de cabeça e de lá se dirigiu para Itapecerica da Serra, onde só conseguiu cantar quatro músicas, passou mal, ficou com a visão turva e chegou ao camarim cambaleando. De lá ele foi transportado para o Hospital Piratininga e, posteriormente, para o Hospital São Paulo, onde já chegou em coma vitimado por um derrame cerebral.

O cantor faleceria 48 horas depois e tanto o velório no Cemitério de Vila Mariana, em São Paulo, bem como o sepultamento, a pedido dos pais, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, reuniram inúmeros fãs e alguns artistas, perplexos com a morte repentina do grande ídolo da música romântica dos anos 70.

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