Cultura - Teatro

Premiado em festival mineiro, Marat/Sade reestreia com ajuda de financiamento coletivo

16 de Setembro de 2014

No hospício Charenton, a perseguição e assassinato de Jean-Paul Marat, mártir da Revolução Francesa, ganha uma versão teatral criada pelos internos, tudo comandado pelo perverso e sinistro Marquês de Sade. O espetáculo Marat/Sade, encenado pela Cia. Chicote de Teatro, ganha curta temporada gratuita, de19 de setembro a 18 de outubro, no Teatro Experimental Anhembi Morumbi. A montagem é uma adaptação da obra de Peter Weiss, dirigida por Simoni Boer. Para os gastos com a reestreia, o grupo contou com apoio de financiamento coletivo por meio do site Catarse.

Marat/Sade estreou em junho de 2013 e foi desenvolvido pelos alunos de Teatro da Universidade Anhembi Morumbi como trabalho para conclusão de curso. Assim como em sua primeira temporada, as novas apresentações serão gratuitas e os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria do local. As apresentações acontecem às sextas, às 21h e sábados, às 20h.

A encenação da Cia. Chicote de Teatro busca a explosão da linguagem teatral para discutir a cena contemporânea, ao mesmo tempo em que se debruça sobre os novos conceitos de liberdade, o sentimento de insegurança que ele inspira e o conflito de sentir só diante de uma multidão (estimulados por tal sentimento) que leva o indivíduo a querer se juntar com outros indivíduos e reivindicar. Resta saber o que se reivindica e em favor de quem.

SINOPSE:

O perverso e sinistro Marquês de Sade, internado no hospício de Charenton, encena o assassinato de Jean-Paul Marat, mártir da Revolução Francesa, pelas mãos da girondina Charlote Corday. As cenas de atrocidades são acompanhadas pelos gritos do povo que, nas ruas de Paris, mantinha as mãos encharcadas de sangue, para alimentar a crença de que o mundo se transformaria sob o peso da lâmina que não se detinha em cortar mais e mais cabeças.

Num encontro entre autor e personagem, Marat defende o ideal revolucionário, enquanto o aristocrata Sade, prima pelo prazer individual e as práticas sadomasoquistas. Ambientada numa instituição psiquiátrica que vê na atividade teatral uma possibilidade terapêutica no tratamento de doenças mentais, o texto de Weiss permite a fragmentação da ação linear e a convivência de épocas diversas de representação, como o encontro (impossível) entre Marat e Sade, diluindo limites.

 

FICHA TÉCNICA:

DIREÇÃO: Simoni Boer. ILUMINAÇÃO: Simoni Boer. ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Rafaela Perticarrari. DIREÇÃO MUSICAL e MÚSICA ORIGINAL: Victor Cappa. DIREÇÃO DE ARTE: Tânia Marcondes. CENÁRIO: Alana Schambakler, Gabriela Calazans, Didio Gonçalves, Lucas Ferraz, Maria Vitória e Victor Cantagesso. FIGURINO: Joice Bernadino Feitosa e Silvaní Moreno. FOTOGRAFIA: Osmar Lucas. VISAGISMO: Armando Filho. REGISTRO EM VÍDEO: Carol Colesanti. DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Mariana Machado e Victor Cantagesso. ELENCO: Alana Schambakler, Bruno Soares, Daniel Pereira, Didio Gonçalves, Flavia Narciso, Gabriela Calazans, Gilberto Costa, Heitor Assali, Jéssika Oliva, Joice Bernadino Feitosa, Juliana Ostini, Léo Dias, Lucas Ferraz, Maira Rocha Amorim, Malu Paixão, Maria Vitória, Mariana Machado, Rafaela Paparelli Sena, Regina Borovac, Ronald Fenezol, Silvaní Moreno, Victor Cantagesso e Victor Cappa. ASSESSORIA DE IMPRENSA: Chiara Comunicação.

 

PARA ROTEIRO:

MARAT/SADE - ADAPTAÇÃO DA OBRA DE PETER WEISS. Reestreia dia 19 de setembro, sexta-feira, às 21h, no Teatro Experimental Anhembi Morumbi (R. Dr. Almeida Lima, 993 – Mooca - Metrô Bresser Mooca). Telefone: 4004-1192 ou 0800-0159020.  ENTRADA FRANCA. Classificação: 16 anos. Capacidade: 120 lugares. Temporada: sexta, às 21h, sábado às 20h – até 18 de outubro. Duração: 90 minutos.

 

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