Cultura - Teatro

Claudia Ohana e Cássio Reis em CALLAS

1 de Setembro de 2014

Como em um documentário vivo, a peça que estreou no Rio em janeiro de 2014, e passou por 22 cidades brasileiras em cinco meses de turnê, narra os comoventes relatos de Maria Callas, a mulher que traduzia fielmente o feminino no que diz respeito à força e fragilidade.

Por amor ela renunciou sua consagrada carreira, silenciando sua voz. 

Nesta obra teatral, são compartilhados as dúvidas e medos de “La Divina Callas”, a imperatriz do Bel Canto, que nos deixou como herança sua voz imortal.

Callas: a diva das divas. Única. Uma força da natureza. A indomável Callas, geniosa, intempestiva, era regida pelos sentimentos.

Marília Pêra, que interpretou a diva em Master Class, de 1996, volta a se debruçar sobre a vida da cantora dezoito anos depois, neste texto inédito de Fernando Duarte, que também assinou as peças À beira do abismo me cresceram asas e Orgulhosa demais frágil demais.

Em 16 de setembro de 1977, o mundo perdeu Maria Callas aos 53 anos, vitima de um ataque cardíaco. Sua história de vida foi tão dramática quanto às personagens que interpretou nas óperas. A maior soprano da história e um dos maiores mitos do século XX, que teve sua vida marcada por glórias e tragédias, completaria 90 anos no dia 02 de dezembro de 2013.

Ela revolucionou a história da ópera e ainda hoje é considerada a maior cantora lírica de todos os tempos. Callas foi vítima do estrelato excessivo e sua trajetória mostra como os sonhos se constroem e se desfazem ao longo da vida.

O espetáculo

Paris, 15 de setembro de 1977, um dia antes do falecimento, Maria Callas vai ao encontro do jornalista e amigo John Adams para ajudar na organização da abertura de uma exposição sobre sua vida e carreira. Entre figurinos, joias, quadros, discos e imagens, a cantora lembra a sua trajetória gloriosa no mundo lírico e aos poucos vai se desarmando, tira a máscara e mostra o abismo que sempre existiu entre a diva do palco e a mulher do dia a dia. Fala da carreira de sucesso, do fim do casamento, do conturbado relacionamento com Aristóteles Onassis, da morte do filho, entre outros assuntos que surgem no decorrer do encontro.

Claudia Ohana empresta suas autoridade e beleza para interpretar Maria Callas e Cassio Reis dá vida ao jornalista, amigo e admirador John Adams.  Os figurinos são de Sonia Soares, a trilha de Paulo Arguelles, projeções de Paola Soares, luz de Paulo Cesar Medeiros e cenário de Rafael Guedes.

 

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