Otelo Zeloni fazia Dom Camilo depois do sucesso na Família Trapo |
Otelo Zeloni já era um nome respeitado na televisão e no humor brasileiro, principalmente pelo seu trabalho de comandante da bem sucedida “Família Trapo”, na TV Record, quando em 1971, a TV Tupi o chamou para viver um padre ítalo-brasileiro simplório, mas muito inquieto e briguento.
Nascia assim “Dom Camilo e os Cabeludos”, um seriado cômico escrito por Benjamin Cattan e baseado em um filme e um livro do italiano Giovanni Guareschi, que ia ao ar todas as segundas-feiras, às 21h, na telinha da TV Tupi.
Enquanto Zeloni vivia o padre Dom Camilo, o ator Elias Gleizer era o seu maior desafeto na história, um prefeito comunista que se chamava Peppone. E eram justamente as brigas e desavenças de Dom Camilo com Peppone e com uma gangue de motoqueiros cabeludos, liderada pelo ator Nuno Leal Maia, que vivia Miguel Veneno, o foco principal de todas as histórias.
Anúncio do seriado "Dom Camilo e os Cabeludos" na Tupi |
Zeloni, Renato Consorte e Tereza Sodré no seriado cômico |
Em um determinado momento da série aparecia também um padre jovem e meio hippie, Dom Francesco (personagem vivido por Fernando Reski), que só andava de moto e não gostava de usar a batina, mais um problema para o inquieto Dom Camilo, brilhantemente vivido por Zeloni.
No elenco, veteranos como Zeloni, Elias Gleizer, Clenira Michel, Eudósia Acuña, Maria Aparecida Baxter, Xisto Guzzi, Alceu Nunes e Aída Mar contracenavam com novatos como Nuno Leal Maia, Tereza Sodré, Fernando Reski, Régis Monteiro, Ney Latorraca, Ricardo Petraglia e José Parisi Junior.
O seriado cômico fez sucesso na TV Tupi e ficou por quase um ano no ar. Zeloni voltaria depois a brilhar novamente na telinha da emissora paulista, um ano depois do término de “Dom Camilo e os Cabeludos”, vivendo o “Conde Zebra”, sobre o qual falaremos mais adiante.
Na próxima semana: Os homens e sua idade do lobo na tela da TV Tupi.