Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memoria: Paulo Emílio Salles Gomes

30 de Junho de 2014
Paulo Emílio Salles teve expressiva atuação política

 

Paulo Emílio Salles Gomes foi historiadorcrítico de cinema e militante político muito atuante. Desde jovem participou ativamente da vida cultural da cidade de São Paulo e se envolveu com a crítica cinematográfica.

Militante de esquerda, foi preso pela polícia repressora de Getúlio Vargas, logo após a Intentona Comunista de 1935. Mas ele escapou por um túnel e foi para a Europa, exatamente para a França, onde passou dois anos.

Quando voltou para o Brasil, Paulo Emílio se formou em Filosofia e fundou o primeiro clube de cinema, que foi fechado algum tempo depois pelo Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP.

 Ele deixou seu nome na história do cinema nacional

 

Paulo Emílio Salles Gomes nos deixou um legado cultural muito grande. Foi ele quem organizou e dirigiu a filmoteca do Museu de Arte Moderna da capital paulista, que alguns anos depois se transformaria na Cinemateca Brasileira.

Na década de 60, ele organizou mostras de filmes na capital federal, que deram o primeiro passo para a criação do Festival de Brasília de Cinema Brasileiro. Foi ele também que criou o primeiro curso superior de cinema na Universidade de Brasília.

Paulo Emílio Salles é considerado por muitos como o mais internacional e, ao mesmo tempo, o mais nacional cineasta do Brasil. Fundou a revista “Clima” e escreveu o romance “Três Mulheres de Três Pés”.

Paulo Emílio com a mulher, Lygia Fagundes Telles

 

Era casado com a escritora Lygia Fagundes Telles e pai do cineasta Goffredo Telles Neto e junto com a esposa foi responsável pelo roteiro para o cinema do filme “Capitu”, baseado no romance “Dom Casmurro” de Machado de Assis, sucesso do cinema brasileiro em 1968.

 

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