Colunistas - Rodolfo Bonventti

Era Uma Vez: Corte Real e Jô Soares investem em piadas curtas e mudam o humor global

27 de Maio de 2014

Renato Corte Real e Jô Soares inovaram com Faça Humor Não Faça Guerra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O humor na televisão brasileira, e em especial na TV Globo, começou imitando o rádio e adaptando para a telinha, fórmulas que haviam dado certo na programação diária radiofônica, como, por exemplo o “Balança Mas Não Cai”.

Chico Anysio com o seu “Chico Anísio Show” já deu na programação humorística global o primeiro passo, no início de 1970,  para mudar esse quadro. Mas foram os humoristas paulistas Renato Côrte Real, que vinha de vários sucessos na TV Record como o “Côrte Rayol Show” e Jô Soares, o mordomo hilário de “Família Trapo”, também da Record, quem ditaram uma nova “moda” para o humor global.

Os dois humoristas interpretavam e criavam os personagens do programa 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com textos escritos pelos dois mais a companhia de Max Nunes, Haroldo Barbosa, Geraldo Alves e Leon Eliachar, e com a supervisão de Augusto César Vanucci e direção de João Loredo, estreava em 30 de junho de 1970, no horário nobre das 21h, naquela época a novela do horário nobre passava às 20h, o programa “Faça Humor, Não Faça a Guerra”, um dos maiores sucessos de audiência na década de 1970 na Globo. 

E o sucesso do programa estava no talento ímpar de Jô e Corte Real como humoristas e redatores, que criaram uma nova forma de fazer humor, apresentando quadros curtos, piadas rápidas e um dinamismo que encantava, divertia e prendia a atenção do telespectador, que não podia perder nenhum lance ou então podia não entender a piada.

Corte Real e Jô Soares vieram da TV Record para a TV Globo  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No início do programa quase não haviam personagens fixos, o que dava um ritmo e uma expectativa ainda maior para esperar o que podia vir. O elenco do programa também foi escolhido a dedo, dando oportunidade para que além de Jô e Côrte Real, brilhassem também os talentos de Paulo Silvino, Miéle, Berta Loran, Geraldo Alves, Milton Carneiro, Sandra Bréa e Carlos Leite, entre outros.

O programa, que começou a ser exibido às sextas-feiras, poucos meses depois passou para as segundas-feiras, ficando no ar por quase três anos e liderando o horário por todo o tempo que esteve no ar, tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo.

 Renato Corte Real foi um dos grandes humoristas da década de 70 na TV

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vários diretores passaram pelo programa, sendo o último deles Maurício Sherman, o atual diretor do fraquíssimo “Zorra Total”. E o programa “Faça Humor Não Faça a Guerra” entrou definitivamente para a história da nossa televisão como um exemplo de renovação de bom gosto no humor brasileiro.

 Berta Loran e Carlos Leite também faziam parte do elenco do humorístico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na próxima semana: E Sérgio Cardoso nos deixava sem terminar a novela!

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