Desde 2020, Gustavo atua na Guiana, país que se tornou uma das novas fronteiras mais promissoras da indústria energética
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| Desde jovem, Gustavo assumiu desafios que extrapolavam a engenharia tradicional e exigiam visão de negócio | Foto: Divulgação |
Ao longo de mais de três décadas em uma multinacional de renome, Gustavo Costa construiu uma carreira rara no setor de óleo e gás.
Engenheiro elétrico formado pela Universidade Santa Úrsula, ele iniciou sua trajetória como estagiário e rapidamente se destacou pela capacidade de navegar entre áreas técnicas, comerciais e estratégicas, característica que moldaria sua carreira internacional.
Ainda jovem, assumiu desafios que extrapolavam a engenharia tradicional e exigiam visão de negócio. "Fui responsável por liderar projetos pioneiros de marketing e desenvolvimento de produtos, incluindo o lançamento das primeiras linhas de gasolina e diesel aditivados do Brasil, em meados dos anos 1990, uma inovação que modernizou o mercado e impulsionou a competitividade da rede de postos de serviços da companhia", relembra ele.
Gustavo também esteve à frente da estruturação de um dos primeiros cartões corporativos de combustível do país, produto com operação integrada entre Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile. Gustavo conduziu desde a criação do sistema e infraestrutura tecnológica até a expansão comercial e estratégias de fidelização para grandes frotas, consolidando o modelo no mercado latino-americano.
Esse histórico de entregas o levou a posições cada vez mais complexas. Nos anos 2000, tornou-se um dos líderes responsáveis pela expansão de um dos centros globais de serviços da companhia em Curitiba (que passou de algumas dezenas para dois mil funcionários em meia década de existência). Ele também liderou toda a infraestrutura de crescimento, o que envolveu a implantação de escritórios, logística, real estate e facilities, contribuindo para posicionar a cidade como hub estratégico da companhia no hemisfério sul.
Gustavo conta que, a partir de 2006, sua carreira assume caráter verdadeiramente global. "Foi quando passei a liderar grandes operações internacionais em países-chave do setor energético", diz ele.
Entre as passagens por outros países citadas por ele, estão Angola (2006–2010), onde ele comandou real estate, facilities e logística de operações local durante o auge da exploração do Bloco 15, e América Latina (2011–2013), quando, de volta ao Brasil, ele assumiu a gestão regional de Commercial Asset Management englobando o portfólio de ativos e propriedades da empresa para toda a América Latina (do México à Patagônia).
"Neste local, liderei processos críticos de reestruturação, fechamento e venda de ativos em mercados maduros, sem possibilidade de crescimento ou em declínio, negociando com parceiros comerciais, compradores e stakeholders. Fui ainda responsável por conduzir desmobilizações sensíveis, garantindo integridade operacional e transição responsável para comunidades e colaboradores", diz o especialista.
Na África, Gustavo atuou na Nigéria (2013–2019) como executivo de projetos, coordenando um dos ciclos mais robustos de investimentos da empresa no país. "Sob minha gestão, foram modernizados prédios comerciais e residenciais, laboratórios, armazéns e aeroportos que suportavam operações da empresa na Nigéria". Com um orçamento superior a meio bilhão de dólares, liderou transformações que ampliaram a capacidade, segurança e eficiência das operações. "Foi um dos períodos mais significativos de geração de valor da minha carreira", revela.
Já em Moçambique (2019–2020), o profissional foi responsável por estabelecer a infraestrutura inicial de um dos maiores projetos globais de gás natural, em uma das maiores reservas do mundo.
Desde 2020, Gustavo atua na Guiana, país que se tornou uma das novas fronteiras mais promissoras da indústria energética. Como gerente de projetos especiais onshore da companhia, ele participa diretamente da implementação e desenvolvimento de infraestrutura crítica para apoiar a expansão da produção de petróleo, setor que deve reposicionar economicamente o país nas próximas décadas.
"Sinto-me um privilegiado pelas oportunidades de atuar em ambientes de alta complexidade, gerir riscos e colaborar para gerar valor agregado para sociedades e simultaneamente gerar retorno para acionistas e stakeholders", finaliza ele.