Paulo Pontes nasceu na Paraíba e viveu no Rio |
Ele nasceu Vicente de Paula Holanda Pontes, em Campina Grande, na Paraíba em 1940 e começou a carreira como produtor de programas de rádio, passando depois a colaborador fixo do jornal “A União”, na sua cidade natal.
Do jornalismo diário ele foi para o teatro e estreou como autor no Teatro de Estudantes da Paraíba, onde assumiu o nome artístico de Paulo Pontes. No início dos anos 60 vem para o Rio de Janeiro e arruma emprego como redator de um programa de rádio comandado por Haroldo Barbosa.
Pontes foi uma revelação como dramaturgo na década de 70 |
Mas o grande passo para o reconhecimento como um dos maiores autores teatrais que o Brasil conheceu se deu em 1964, quando Paulo Pontes funda o Grupo Opinião e escreve em conjunto com Armando Costa e Oduvaldo Vianna Filho o texto do aclamado espetáculo “Opinião”.
No final dos anos 60 vai trabalhar na TV Tupi e se casa com a atriz Bibi Ferreira, 17 anos mais velha do que ele, com quem viveu até a sua precoce morte em 1976.
Ele escreveu Brasileiro, Profissão Esperança para Clara Nunes e Gracindo |
Depois de “Opinião”, Paulo Pontes conquista a crítica e o público com o roteiro do espetáculo “Brasileiro: Profissão Esperança”, estrelado por Paulo Gracindo e a cantora Clara Nunes, que se transformou em um dos maiores sucessos do teatro brasileiro na década de 1970.
Em 1972, Paulo Pontes escreve a comédia “Um Edifício Chamado 200”, outro grande sucesso que ficou dois anos em cartaz entre Rio de Janeiro e São Paulo, com Milton Moraes interpretando o principal papel masculino da peça no Rio e Juca de Oliveira em São Paulo.
Um Edifício Chamado 200 com Milton Moraes foi outro sucesso |
Foi para a TV Globo e fez parte da equipe que escreveu e produziu o primeiro ano do seriado “A Grande Família”, ao mesmo tempo em que encenava mais um espetáculo de sua autoria, “Check-Up”, que foi dirigido por Cecil Thiré.
Mas Paulo Pontes escreveu seu nome definitivamente na dramaturgia brasileira em 1975, quando estreou o seu espetáculo mais premiado, “Gota D’Água”, em parceria com o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda e com ele ganhou o prêmio Moliére de melhor autor teatral do ano.
Com Chico Buarque em 1975 quando escreveu Gota D' Água |
Para surpresa de todos, Paulo Pontes nos deixou com apenas 36 anos, em dezembro de 1976, vitimado por um câncer no estomago, mas até hoje é apontado como um dos nossos maiores teatrólogos e, um homem muito culto e grande defensor dos aspectos populares na dramaturgia brasileira.