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Quando experiência encontra filosofia: Dr. Zéma propõe teoria que decifra o crime pelo humano

25 de Novembro de 2025

Em Moral, Vergonha e Medo, o jurista José Maria da Silva Filho une prática forense e pensamento clássico para explicar a raiz da delinquência no Brasil.

Foto: Divulgação

Há livros que nascem de estudos. Outros, de inquietações. Moral, Vergonha e Medo nasce dos dois e de algo ainda mais raro: a vida vivida no extremo, no limite onde o destino de uma pessoa pode ser decidido por uma palavra, um gesto, um erro ou um acerto. É desse território, ao mesmo tempo humano e abissal, que o advogado criminalista Dr. José Maria da Silva Filho, popularmente conhecido como Dr. Zéma, constrói sua obra.

Depois de décadas convivendo com histórias de seus clientes que a maioria preferiria esquecer, quedas, desvios, impulsos, remorsos Dr. Zéma fez um movimento incomum entre profissionais de sua área: voltou-se não para o crime em si, mas para o ser humano que existe antes dele. E foi ali, nesse espaço anterior ao ato, que encontrou os três pilares que sustentam sua teoria inédita na criminologia sobre o comportamento criminoso: moral, vergonha e medo.

O livro, elegante em forma e profundo em conteúdo, articula filosofia clássica, psicologia moral e observações da prática forense para demonstrar que ninguém se torna delinquente por um único motivo. A delinquência, para Dr. Zéma, é o colapso de um tripé que deveria nos sustentar: os valores que recebemos da família, seja qual for sua configuração, a consciência de que pertencemos a um grupo e a previsibilidade das consequências de nossos atos.

A moral, primeira barreira, é construída nos afetos, nas referências, nos exemplos e, sobretudo, na educação ética que as famílias transmitem e que, segundo o autor, são responsáveis por iniciar a formação do caráter, independentemente de seus modelos ou estruturas.

Foto: Divulgação

A vergonha, segunda barreira, é um espelho social. É a compreensão de que nossas ações reverberam no outro. É o olhar da comunidade, da vizinhança, da escola, das pessoas com quem dividimos a vida agora ampliado pela presença constante das redes sociais.

E o medo, terceira barreira, é a dimensão racional que reconhece a força da lei. Não como instrumento de vingança, mas como pacto civilizatório que só funciona quando a punição é certa, proporcional e coerente.

Segundo o autor, a delinquência só atravessa essas três camadas quando todas falham simultaneamente. Por isso, a segurança pública não pode ser pensada apenas como aparato policial ou estatística judicial. Ela é, antes de tudo, um projeto de sociedade e um projeto que começa dentro das casas, passa pelas ruas e termina nas instituições.

Dr. Zéma escreve com a serenidade de quem observa, a precisão de quem estuda e a sensibilidade de quem compreende o drama humano sem romantizá-lo. Ele não absolve, não condena; ele explica. E, ao explicar, convida o leitor a enxergar o crime não como um enigma insolúvel, mas como um fenômeno que pode e deve ser prevenido com políticas que resgatem os vínculos éticos e sociais.

Em uma das passagens mais marcantes, o autor sintetiza sua visão:
Se quisermos mudar a segurança pública do Brasil, precisamos mudar o que carregamos dentro a moral que recebemos, a vergonha que sentimos e o medo que nos guia. O crime nasce no indivíduo, mas a solução nasce na sociedade.

Com sua obra, Dr. Zéma oferece não apenas uma tese, mas um convite à reflexão. Um convite para olhar para o país com honestidade, para nossas famílias com cuidado, e para o futuro com responsabilidade. (Moral, Vergonha e Medo) não é só um livro sobre crime. É um tratado sobre humanidade.

O autor aprofunda suas discussões e análises em suas redes sociais, no Instagram @dr.zemaoficial, e oferece conteúdos complementares, estudos e materiais de apoio em seu portal oficial moralvergonhaemedo.com.br, onde a obra se desdobra em debates, artigos e reflexões que ampliam o universo da Teoria Tríplice da Delinquência.

Foto: Divulgação
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