Entre coragem, mudança e presença, cantora paulistana condensa sua travessia em dez faixas guiadas por MPB, samba e forró
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| Créditos: Bruna Laja |
Ouça aqui: https://youtu.be/24L4Oueo4p
A cantora e compositora paulistana Samira Chamma lança seu primeiro álbum, “Estou Viva”, já disponível nas plataformas digitais. O trabalho reúne dez canções autorais que percorrem diferentes paisagens da música brasileira - da MPB ao samba, do xote à bossa - revelando uma artista em processo de transformação e afirmação.
O álbum nasce de uma travessia pessoal e artística iniciada na pandemia, quando Samira migrou da arquitetura para a música. Com canções compostas entre 2020 e 2023, ela organiza em narrativa o movimento de olhar para dentro, enfrentar medos e afirmar a presença no agora.
As faixas se encadeiam como capítulos dessa jornada. “Coragem” abre o disco com voz e violões de nylon, convite à pausa e à escuta. “Digo Sim” traz a guinada solar, com groove que mistura MPB, rock e blues. “Estou Viva”, faixa-título de clima acústico e ares flamencos, ocupa o centro do álbum como um manifesto de presença - “Dá teu jeito, faz tuas voltas, que a poesia precisa existir, que a poesia insiste em ficar.” “Sinto Muito (Vivo)” leva o xote para a pista com a sanfona à frente, enquanto “Dançando na Impermanência” encerra o disco celebrando o viver em movimento: “Quero estar atenta pras coincidências, abraçando as reticências, pra viver lado a lado com o acaso”.
Produzido por Gabriel de Goes Gabriel - que também assina o baixo e integra a formação ao lado de Samira desde o início - o álbum foi gravado por Cauê Dok no Dok Estúdio. A banda que acompanha a artista desde 2023 conta ainda com Marcelo Lemos (guitarras e violões) e Bruno Iasi (bateria), com a chegada de Julia Toledo (teclados) nesta nova fase criativa. Entre as participações, o disco reúne Nanda Guedes (sanfona), Luca Frazão (violão de 7 cordas), Camila Silva (cavaquinho), Everton Reis (percussão) e Yuri Chix (efeitos eletrônicos). A masterização é de Leo Shina.
O projeto visual amplia o conceito em três atmosferas - introspectiva, solar e expansiva. A capa do disco, porém, concentra-se exclusivamente na paleta vermelha, simbolizando a pulsação e a presença. As fotos e visualizers foram concebidos por Samira em parceria com a fotógrafa Bruna Laja, responsável pela direção de fotografia, luz e edição. A arte de capa é de Liyeh Myoung, com o figurino principal criado pelo Ateliê Sal e beleza de Thais Conrado, compondo um diálogo entre corpo, luz e narrativa.
Viabilizado com o apoio de mais de 100 colaboradores em campanha de financiamento coletivo, “Estou Viva” desdobra o show homônimo apresentado em 2024 e consolida uma nova fase da artista - uma voz que costura palavra e melodia para cantar os afetos do viver.