 
            Por Mayne Galassi
Se tem uma coisa que todo empreendedor sabe é que a vida de quem corre atrás de um sonho não é só sobre planilhas, reuniões e metas. É também sobre noites mal dormidas, preocupações que não saem da cabeça e aquela pressão constante de fazer dar certo. Neste Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, o Brasil inteiro parou para refletir sobre algo que está na boca do povo: cuidar da mente não é luxo, é necessidade. E para quem empreende – seja no agito de São Paulo, nas fazendas do interior de Minas ou nas startups do Sul – essa conversa nunca foi tão urgente.
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| Foto: Freepik | 
Você já parou para pensar no peso que carrega? O empreendedor brasileiro é um malabarista: equilibra o orçamento, lidera equipes, inova em mercados que mudam a cada segundo. Mas, no meio disso tudo, muitas vezes esquece de olhar para si mesmo. A ansiedade e o estresse têm virado companheiros constantes, e não é à toa. A correria do dia a dia, a incerteza do mercado e até as redes sociais, que cobram uma imagem de sucesso 24/7, podem sugar a energia de qualquer um. Falar sobre saúde mental, então, é como abrir a janela para deixar o ar fresco entrar.
O que está mudando – e isso é uma boa notícia – é que o Brasil está começando a levar esse papo a sério. Empresas, de grandes corporações a pequenos negócios, estão percebendo que cuidar da cabeça dos colaboradores é tão importante quanto fechar um bom contrato. Algumas já oferecem momentos de pausa, conversas com psicólogos ou até atividades como meditação no meio do expediente. No interior, cooperativas estão começando a incluir rodas de conversa sobre bem-estar, algo que parecia distante para quem vive do campo. E o melhor: o estigma de falar sobre saúde mental está ficando para trás. Hoje, admitir que precisa de um tempo ou de ajuda é sinal de força, não de fraqueza.
Para nós, que vivemos o empreendedorismo com paixão, essa é a hora de transformar o cuidado com a mente em um superpoder. Que tal reservar 10 minutos do dia para respirar fundo, longe do celular? Ou criar uma rotina com a equipe que inclua momentos de leveza, como um café descontraído para trocar ideias? Pequenas atitudes podem fazer uma diferença enorme. Como já dizia uma campanha recente no Rio Grande do Sul, “cuidar da mente também é um ato de amor”. E amor, no fim das contas, é o que nos mantém firmes para construir negócios que não só lucram, mas inspiram.