Com olhar estratégico sobre startups e impacto rural, Robson Magnani desponta como uma das lideranças do Agtech nacional.
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Robson Luís Magnani, engenheiro agrônomo | Foto: Divulgação |
O avanço das startups Agtech vem redesenhando o agronegócio brasileiro. Em meio à pressão global por produtividade e sustentabilidade, soluções criadas no campo estão ganhando tração — e exigindo um novo tipo de liderança técnica. Entre os profissionais que vêm guiando esse movimento com visão estratégica e conhecimento profundo do setor está o engenheiro agrônomo Robson Luís Magnani, referência na análise e aceleração de inovações voltadas ao agro.
Formado em Engenharia Agronômica pela ESAPP e especializado em Proteção de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa, Robson construiu uma trajetória que ultrapassa os limites da produção rural. Com MBA em Marketing pela FGV, Executive MBA pela University of Pittsburgh, formação em Inteligência Artificial aplicada à Governança e certificações do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), ele consolidou um perfil raro no país: o de um profissional capaz de unir conhecimento técnico, governança e sensibilidade para inovação de base. Atua hoje como advisor técnico no portfólio Agtech da Bossa Nova Investimentos, além de integrar conselhos de empresas do setor, com foco em escalabilidade e impacto sustentável.
Sua atuação tem ganhado visibilidade pela maneira como conecta a realidade do campo com os critérios exigidos pelo capital — e não apenas o financeiro. “Minha atuação hoje está em entender quais startups têm, de fato, capacidade de transformar o agro — e como isso pode ser validado de forma sistêmica, sustentável e replicável”, afirma. A metodologia desenvolvida por Robson leva em conta não só a tecnologia ou o modelo de negócios, mas a integridade do time fundador, a aderência ao problema real do campo e a adaptabilidade da solução às diferentes realidades produtivas do Brasil.
Dois exemplos desse trabalho são as startups Tarvos e Maneje Bem. A primeira desenvolveu armadilhas inteligentes com sensores e inteligência artificial embarcada para monitoramento automatizado de pragas. Focada em grandes grupos agrícolas, opera em modelo SaaS e vem crescendo com forte retenção e plano estruturado de internacionalização. “A Tarvos resolve um gargalo operacional sério. Sua tecnologia é madura, e o plano de expansão internacional é sólido”, avalia Robson. Já a Maneje Bem aposta em um modelo de impacto social escalável, conectando agricultores familiares a técnicos por meio de uma plataforma digital de assinatura. Comandada por três fundadoras doutoras, a startup promove capacitação técnica, rastreabilidade e uso inteligente de dados. “A Maneje Bem mostra como é possível escalar impacto com modelo recorrente e governança ajustada”, complementa.
A forma como Robson avalia essas startups passa longe de uma análise tradicional baseada apenas em projeções. Seu método considera variáveis como maturidade tecnológica, clareza de propósito, viabilidade de operação em regiões com baixa infraestrutura, e alinhamento com métricas ESG. “Investir em Agtechs exige sensibilidade contextual. É preciso entender o setor de dentro, mas com ferramentas do futuro”, resume. Esse olhar tem levado investidores e empreendedores a enxergarem nele uma ponte entre o que o campo precisa e o que a inovação pode oferecer.
Tanto a Tarvos quanto a Maneje Bem estão em fase de consolidação, com modelos de negócio bem estruturados, base de clientes validada e planos reais de expansão internacional. Para Robson, esse é o tipo de inovação que não apenas interessa ao mercado, mas também atrai atenção de políticas públicas, investidores globais e organizações ligadas à segurança alimentar. São soluções que nascem no Brasil, mas que têm potencial de adaptação a contextos semelhantes em países da América Latina, África e sul dos Estados Unidos.
Se o agronegócio brasileiro sempre teve protagonismo produtivo, começa agora a desenhar um novo papel: o da inteligência estratégica aplicada à inovação. E Robson Magnani está entre os profissionais que melhor representam essa virada. Entre armadilhas conectadas, algoritmos de recomendação agronômica, modelos de receita recorrente e conselhos de governança lean, ele atua onde o futuro do agro está sendo plantado. Um futuro onde impacto, tecnologia e propósito crescem juntos — como cultura perene.