Cultura - Música

Wolf Alice lança o single "The sofa", mais uma faixa do aguardado disco "The Clearing"

12 de Julho de 2025

Consagrado após uma performance incendiária no festival de Glastonbury, quarteto londrino lança balada temperada com melancolia

Confira: https://wolfalice.lnk.to/the-sofaAY

Assista: https://youtu.be/UXOgzXmd5Zo?si=GvyYK9kYpMCsdkdd

Pre-save “The Clearing”: https://wolfalice.lnk.to/the-clearingAY

Está chegando a hora! Seis semanas antes do lançamento de seu novo disco, “The Clearing”, o quarteto londrino Wolf Alice apresenta mais um aperitivo da coleção, “The Sofa”, single que se segue à trepidante  “Bloom Baby Bloom”, lançada em maio. A música surge após os shows arrebatadores do quarteto em festivais pela Europa, incluindo o de Glastonbury, em seu país natal, que rendeu críticas e comentários consagradores da imprensa especializada e do público. Mostrada ao público antes de seu lançamento, “The Sofa” já contou com um coro de centenas de vozes.  

A canção é uma espécie de retrato psicológico do disco, mostrando questões como o simples fato de se apaixonar pela sua própria vida por ela ser exatamente o que é e finalmente se libertar de sonhos não realizados sem qualquer constrangimento, culpa ou frustração, na medida em que se amadurece.

Baseada no som do piano, “The Sofa” é uma balada abrilhantada pela poesia da cantora da banda, Ellie Roswell, em grande forma. “Não cheguei à Califórnia/ Onde pensei que poderia recomeçar do zero/ Parece um pouco que estou presa em Seven Sisters, Norte de Londres/ E talvez esteja tudo bem”, canta ela, com sinceridade, na letra, em uma referência à região onde a banda se formou.

Ultrapassada a autocobrança dos 20 anos, o Wolf Alice chega a uma merecida serenidade, conquistada a duras penas.

– A ideia é não se esforçar tanto para decifrar tudo, pensar em ficar mais velha e tentar não sofrer pelas coisas que aconteceram ou não aconteceram na sua vida – diz Ellie. – A música também trata dos altos e baixos da vida quando se está em uma banda. Você fez uma turnê enorme, aí chega em casa e janta sentado no sofá. É assim que eu trato a TV. Eu nunca via nada duas vezes porque pensava que tinha muito a descobrir! Agora já penso que tudo bem se eu quiser ver “Peep Show” (programa cômico inglês) pela décima terceira vez.

Filmado nas ruas do Norte de Londres, em referência à letra, o clipe de “The Sofa” retrata o clima de um sonho que se sonha acordado, em cenas coloridas em câmera lenta. Ellie é transportada por uma fantasia surreal pela baderna das ruas no verão britânico sem que deixe o sofá. Inspiradas na clássica fotografia de rua, as cenas capturam interações de pessoas das mais diferentes origens, festejando a alegria que dividimos com estranhos em um dia de sol. O clipe foi dirigido por Fiona Jane Burgess (Christina Aguilera, girl in red, Gucci) e traz diversos easter eggs ligados ao disco vindouro. Atenção, fãs!

O single se segue ao vitorioso retorno do Wolf Alice ao festival britânico de Glastonbury, que comprovou o absoluto estado de graça da banda, reunindo sucessos mais antigos como “Bros” and “Don’t Delete The Kisses” com as novas “Bloom Baby Bloom” e “The Sofa”. Uma volta de consagração.

O quarteto Wolf Alice passou por muito desde que surgiu, no norte de Londres, em 2013, como uma jovem banda que olhava a chegada de sua própria geração em um espelho. Em seu quarto álbum, “The Clearing”, os quatro atingem o auge de seus poderes, já elevados ao status de banda-símbolo de sua geração.

Enquanto a euforia de seu álbum de estreia, “My Love Is Cool” – em que se destacava “Moaning Lisa Smile”, indicada ao Grammy –, compôs a trilha sonora perfeita da experiência da juventude em seus primeiros passos na música, o álbum seguinte, “Visions Of A Life” (2018), consolidou sua ascensão com um Mercury Music Prize, antes da dor prazerosa de “Blue Weekend”, de 2022, e seu Brit Award de Melhor Grupo. No processo, a vocalista Ellie Rowsell se consagrou nas canções como cronista, tecendo pérolas sobre as dores e delícias de se ter vinte e poucos anos. O Wolf Alice também esteve nos palcos de todo o mundo, em turnês com ingressos esgotados por festivais diversos e como atração de abertura para artistas como o astro pop Harry Styles.

No próximo verão europeu, a banda já tem compromisso no festival Big Weekend da rádio BBC, além de se apresentar no lendário Glastonbury, na mesma noite que Rod Stewart, The Prodigy e Olivia Rodrigo.

Lúdico e sério, irônico e direto, “The Clearing” é parte de uma mudança progressiva em uma banda cuja exploração do amor, da perda e da conexão humana já traduziu a experiência do amadurecimento para uma geração inteira. É um álbum clássico de pop-rock, que remete aos anos 1970 sem deixar de ter raízes sólidas no presente. Se o Fleetwood Mac compusesse um disco hoje, no norte de Londres, o ouvinte chegaria perto desta série de faixas grandiosas, mas que soam naturais, sem esforço, cada uma tão marcante quanto a anterior. Sonoramente, não há desperdício nem histeria; apenas as melodias mais impositivas que a banda já criou. É um novo começo, e cada integrante (além de Ellie, Joff Odie na guitarra, Theo Ellis no baixo e Joel Amey na bateria) sente isso tão intensamente quanto os ouvintes.

No centro do álbum está a narrativa poética em constante evolução de Ellie, ao lado do desejo natural de que os quatro se divirtam, seguros de sua ambição e capacidade. “The Clearing” encapsula aquela sensação libertadora de encontrar um momento de paz e clareza, tendo sobrevivido à frivolidade desenfreada dos 20 anos e emergindo para o futuro. Bem-vindos a um retrato do Wolf Alice à beira de uma nova década, tanto na vida quanto na arte. Podem admirar.

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