Cirurgiã vascular revela ainda quais são os cuidados que o paciente deve ter antes e depois das aplicações.
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Foto: Divulgação |
O laser transdérmico é um procedimento minimamente invasivo que tem como objetivo principal tratar as varizes e os vasinhos (também denominados telangiectasias). A técnica é realizada via emissão de luz laser sobre a pele, o que vai aquecer tais vasos sanguíneos, fechando-os de maneira com que não haja a necessidade das incisões, antes comuns em clínicas.
Dados de 2023 do Ministério da Saúde levantados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) apontam que quase 46 mil mulheres foram internadas no SUS (Sistema Único de Saúde) com problemas de varizes.
O laser transdérmico é totalmente indicado para telangiectasias, que tem menos de 1mm e veias reticulares, que são as nutridoras desses vasinhos, de até 4mm. “Aplicado sobre a pele no trajeto da variz a ser tratada, ele vai agir dentro do vaso provocando uma lesão na parede interna e a cauterização desse vaso”, explica a cirurgiã vascular Dra. Letícia Costa, membro da SBACV.
Outras tecnologias estão associadas ao procedimento, como o resfriador de pele, que é um jato de ar gelado a menos 40 graus. O objetivo principal dessa técnica é minimizar o desconforto, além de diminuir o calor no local do tratamento a laser. O resfriador, ao ser anexado ao procedimento principal, reduz essa sensação dolorosa, assim como o óxido nitroso, que é um analgésico inalatório, que também vai diminuir tal sensação durante o procedimento. “Sendo assim, não há necessidade de anestesia. E tudo é feito no consultório”, acrescenta a médica, que com 8 anos de formação, já realizou cerca de 200 cirurgias de varizes e mais de 150 procedimentos estéticos com escleroterapia.
Sobre o número de sessões para definir a totalidade do tratamento, a Dra. Letícia informa: “Eu não defino o tratamento das pacientes com base em sessões. Na consulta, quando eu já indico o tratamento com laser transdérmico, eu aponto um plano de tratamento para tratar as duas pernas de um modo geral. E aí, em cada visita que a paciente faz ao meu consultório, eu vou fazer tratamento de cerca de uma hora, pegando uma área bem maior, às vezes já tratando as duas pernas de uma vez”.
Vale lembrar que a quantidade de visitas ao consultório para tratamento vai depender do número de varizes que a paciente tem. Geralmente, de três a quatro visitas, o profissional já consegue resultados excelentes.
Após as aplicações do laser, tornam-se necessários alguns cuidados com a pele. A hidratação é fundamental. E antes mesmo do procedimento, é preciso evitar a exposição ao sol. Pacientes com peles bronzeadas devem evitar a realização do laser transdérmico. “Depois do tratamento, eu indico ficar sem tomar sol durante um período variável de 15 a 20 dias, já que algum hematoma pode contraindicar a exposição solar. Contudo, é um tratamento que não exige repouso. Ou seja, dá para manter os hábitos do dia a dia normalmente, inclusive exercícios físicos”, revela a cirurgiã vascular.
15% das telangiectasias não têm uma veia nutridora irrigando esse vasinho. A escleroterapia, aquela em que há aplicações com injeção, torna-se um tratamento com ótimos resultados. O laser transdérmico também pode ser utilizado nesses casos e com resultados semelhantes. “Acontece que em 85% dos casos, existe uma veia nutridora, e aí a gente precisa do laser transdérmico nessas microvarizes. O que mais tenho feito é a associação de técnicas. Quando o profissional associa o laser à escleroterapia, alcança-se no mesmo vaso a ação química do esclerosante e térmica do laser, conseguindo resultados mais rápidos e mais duradouros”, finaliza a Dra. Letícia Costa, atuante em Flebologia Estética, área dedicada ao tratamento de doenças venosas, varizes e vasinhos. Com precisão técnica e olhar estético, a profissional transforma a saúde e autoestima de seus pacientes.
Contatos: @dra.leticiacosta