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O retorno da simbologia oriental na cultura pop brasileira

21 de Junho de 2025

Uma estética antiga com nova roupagem

Ao longo das últimas décadas, o Brasil flertou diversas vezes com elementos da cultura oriental — dos animes que dominaram as manhãs da televisão aberta nos anos 1990 à culinária japonesa, hoje plenamente incorporada ao cardápio nacional. Porém, mais recentemente, observa-se um novo movimento: a revalorização da simbologia tradicional oriental em produtos culturais contemporâneos, moda, design gráfico e até no vocabulário visual das redes sociais.

Foto: Freepik
 

Diferente de apropriações superficiais do passado, a tendência atual busca dialogar com valores simbólicos, mitológicos e estéticos do Oriente, especialmente da China e do Japão, mas com uma roupagem pop, acessível e esteticamente sedutora.

Símbolos que atravessam fronteiras

O uso de ideogramas, animais do zodíaco chinês, elementos da medicina tradicional e referências ao taoismo ou ao budismo aparecem cada vez mais em campanhas publicitárias, coleções de moda e produções audiovisuais. A estética dos templos, os trajes cerimoniais e as cores vibrantes — como o vermelho, símbolo de sorte e proteção na China — foram reinterpretados em clipes, editoriais de revistas e coleções cápsula de grandes marcas.

No Brasil, essa linguagem visual também ressurge em novos contextos, como o design de embalagens, filtros de redes sociais e até mesmo em plataformas de entretenimento digital. Um exemplo é a ambientação gráfica do jogo Fortune Mouse, inspirado na figura do rato como símbolo de prosperidade no horóscopo chinês. O jogo, disponível em https://www.vbet.bet.br/pb/casino/game-view/3001046/fortune-mouse, combina elementos de sorte, cor e movimento com uma estética que remete à iconografia tradicional do Leste Asiático, mostrando como até o universo digital se apropria dessas referências para atrair e envolver o público.

A conexão espiritual e estética com o oriente

Essa retomada da simbologia oriental vai além da beleza exótica ou da decoração temática. Muitos brasileiros, em busca de experiências mais conectadas ao simbolismo e à introspecção, têm se aproximado das filosofias orientais por meio da meditação, da alimentação natural, das artes marciais e das narrativas mitológicas que oferecem outros modos de ver o mundo.

É notável como o zodíaco chinês, por exemplo, vem sendo reinterpretado em tatuagens, roupas e acessórios — não apenas como adorno, mas como símbolo de identificação pessoal e espiritual. Os signos do dragão, do tigre, da serpente ou do coelho ganham versões minimalistas, modernas e híbridas, que fundem o antigo com o contemporâneo.

Além disso, festivais culturais com temática asiática têm ganhado força em cidades brasileiras como São Paulo, Curitiba e Recife, reunindo danças tradicionais, gastronomia e workshops sobre espiritualidade oriental. A busca não é apenas por entretenimento, mas por experiências imersivas, conectadas a uma sabedoria milenar que parece dialogar bem com o cansaço da modernidade.

Uma estética que comunica energia

A simbologia oriental também se destaca por uma característica singular: sua capacidade de transmitir energia visual. Diferente das estéticas europeias pautadas na contenção e no equilíbrio simétrico, os códigos gráficos orientais costumam ser dinâmicos, coloridos e ricos em movimento. Isso os torna especialmente eficazes em ambientes visuais de impacto, como capas de álbuns, vitrines, plataformas digitais e cenografias.

É por isso que, em tempos de disputa visual nas redes sociais, esses elementos têm reaparecido com força. Eles oferecem um tipo de estética que comunica energia, transformação, boa sorte e proteção — elementos cada vez mais desejados em contextos de instabilidade e mudança.

Do exótico ao familiar: a fusão como tendência

O que antes era visto como “exótico” começa a se tornar parte do vocabulário visual cotidiano. Essa transição, no entanto, exige cuidado: há uma linha tênue entre a apropriação vazia e o diálogo respeitoso com tradições culturais profundas. No caso brasileiro, a ponte com o Oriente é construída em parte por descendentes de imigrantes japoneses e chineses, que revalorizam seus próprios símbolos através da arte contemporânea.

Além disso, artistas visuais, designers e comunicadores vêm reinterpretando essas referências com originalidade, criando uma estética híbrida que respeita a origem, mas fala com o tempo presente.

Conclusão

A simbologia oriental, longe de ser apenas tendência estética, revela-se um campo fértil de diálogo entre culturas, espiritualidade e inovação visual. No Brasil, esse movimento vem ganhando força ao combinar tradição e modernidade de forma criativa, oferecendo novos caminhos para quem busca sentido, beleza e conexão através da imagem.

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