Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Flávio Tambellini

7 de Abril de 2014
 Flávio Tambellini em foto da década de 1970

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O diretor e roteirista de cinema Flávio Tambellini nasceu no interior de São Paulo, exatamente na cidade de Batatais, em 1925. Inicialmente trabalhou como crítico de cinema nos jornais “Diário de São Paulo” e “Diário da Noite”, isso em meados da década de 1950.

O amor pelo cinema o levou a estrear na produção, por trás das câmeras, em 1958, com o filme “Ravina”, ainda uma produção da Vera Cruz. Inquieto, Flávio logo se envolveu por completo com o mundo do cinema, tendo criado o Grupo Executivo da Indústria Cinematográfica (Geicine) e participado ativamente da Comissão Municipal de Cinema e da Comissão Estadual de Cinema de São Paulo.

Cartaz do filme "O Beijo", primeiro longa de Tambellini

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

estréia como diretor foi muito promissora com a adaptação para o cinema da peça “Beijo no Asfalto” de Nelson Rodrigues, que havia provocado muita discussão e polêmica desde a sua estréia. Com o título simplesmente de “O Beijo”, Tambellini reuniu um grande elenco encabeçado por Reginaldo Faria, Fregolente e Jorge Dória e conquistou a crítica.

Atuando ao mesmo tempo como diretor, roteirista e produtor, Flávio Tambellini escreveu seu nome na história do cinema brasileiro, também com outros filmes marcantes como “Até que o Casamento nos Separe”  de 1968; “Um Uísque Antes...Um Cigarro Depois”, já na fase áurea das comédias eróticas, baseado na obra de Autran Dourado e o filme que marcou a estréia de Sandra Bréa no cinema.

Cartaz do ultimo filme dirigido por Tambellini, "A Extorsão"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 "Um Uísque Antes..." marcou a estréia de Sandra Bréa no cinema

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O primeiro grande prêmio veio em 1974, quando ele ganhou o Coruja de Ouro, na época o mais reconhecido premio do cinema nacional, como melhor roteiro com o drama “Relatório de um Homem Casado”, estrelado por Françoise Fourton e Otávio Augusto, outro sucesso de crítica.

Reginaldo Faria e Fregolente em cena de "O Beijo"

 

 

 

 

 

 

 

 

Vitimado por um câncer, Flávio morreu em 1976, com apenas 50 anos de idade, e semanas após ver seu último trabalho como diretor lançado nos cinemas: “A Extorsão”, um inquietante suspense estrelado por Paulo César Pereio e Kate Lyra. Além de uma expressiva obra cinematográfica, Flávio também deixou um filho que hoje é um respeitado diretor e produtor de cinema, Flávio Ramos Tambellini, que entre outros, dirigiu o sucesso “Bufo & Spallanzani”  com José Mayer, Gracindo Junior e Maitê Proença.

 

 

 

 

 

 

 

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