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Números alarmantes de obesidade, hipertensão e diabetes entre mulheres no Brasil, revela h.ai

7 de Março de 2025
Foto: Divulgação

Entre as mulheres atendidas pela startup de telemedicina ampliada, h.ai, nos últimos três anos em todo o país, 55,57% apresentaram um Índice de Massa Corporal (IMC) elevado, acima de 25, o que indica sobrepeso ou obesidade. Além disso, 13,95% das mulheres diagnosticadas com hipertensão e 40,47% com glicemia elevada, um indicativo de diabetes, reforçam a urgência de uma abordagem mais eficaz para a saúde integral da mulher.

A h.ai é uma healthtech que visa democratizar o acesso à saúde no Brasil, a partir de telemedicina ampliada, com cabines, totens e maletas, que funcionam como Unidades Digitais de Saúde (UDS). A empresa atingiu a marca de mais de 15 mil mulheres atendidas entre 2022 e 2025. Os dados coletados neste período apontam para um cenário preocupante em relação à saúde feminina, especialmente no que se refere a doenças cardiovasculares e obesidade. 

O que mais chama a atenção é o número elevado de mulheres com IMC alto, um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, bem como para o diabetes tipo 2. O aumento do IMC em mulheres jovens tem sido uma preocupação crescente, uma vez que as doenças cardiovasculares já são a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil. Segundo o Atlas, em 2030 46,2% das mulheres conviverão com a obesidade (vs. 33,4% de homens) , caso não sejam adotadas medidas efetivas para barrar a progressão da doença.

Já de acordo com o Ministério da Saúde, o infarto mata oito vezes mais brasileiras do que o câncer de mama, um dos tipos de câncer de maior incidência entre as mulheres. O Instituto Nacional de Cardiologia (INC) apontou um aumento de 157% no número de mortes por doenças cardiovasculares entre 2008 e 2022, sendo uma grande parte dessas mortes em mulheres jovens.

Fatores como o estresse, alimentação inadequada e sedentarismo contribuem diretamente para o aumento do IMC e o desenvolvimento de problemas cardiovasculares e diabetes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo, totalizando cerca de 8,5 milhões de óbitos por ano – mais de 23 mil por dia. As mulheres também têm 50% mais chances de sofrer um infarto em comparação aos homens, o que torna a prevenção ainda mais urgente.

A h.ai destaca a importância de um cuidado integral com a saúde da mulher, que vai além do monitoramento de doenças como o câncer de mama. “Olhar para a saúde das mulheres de forma mais holística precisa ser uma prioridade. Não basta realizar só exames ginecológicos anualmente, esses são muito importantes, mas há necessidade de uma gestão longitudinal da saúde da mulher. Entender as jornadas duplas, as mudanças pelas quais as mulheres passam (como a menopausa), incentivar hábitos saudáveis, olhar para o emocional, acompanhar problemas crônicos, Quanto mais precoce o diagnóstico de qualquer doença, melhor o tratamento e principalmente a qualidade de vida dessas mulheres.”, afirma Loraine Burgard, fundadora da h.ai.

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