Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memoria: Di Cavalcanti

28 de Março de 2014
Di Cavalcanti no seu ateliê no Rio de Janeiro

Nascido Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, na cidade do Rio de Janeiro. em 1897, ele se transformou em um dos mais populares e conhecidos pintores, ilustradores e caricaturistas  brasileiros.

Di Cavalcanti, o nome artístico que assumiu, começou sua vitoriosa carreira com apenas 17 anos, criando ilustrações e caricaturas políticas para a revista “Fon-Fon”. Mas foi a partir de 1916, quando veio para São Paulo e entrou para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que o jovem conheceu Mário e Oswald de Andrade e com eles idealizou e organizou a Semana de Arte Moderna de 1922, um marco na história da cultura deste País.

Ele foi para a Europa em 1923 e lá fez suas primeiras exposições internacionais e se tornou amigo de Pablo Picasso e Matisse. Na volta ao Brasil ingressou no Partido Comunista e criou os painéis de decoração que até hoje estão no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.

Di Cavalcanti participou de inúmeras exposições colectivas e de salões nacionais e internacionais e foi também um dos fundadores do Clube dos Artistas Modernos, em 1932. Ao mesmo tempo em que fazia sucesso com suas pinturas e com seus desenhos e charges políticas, Di Cavalcanti foi preso várias vezes por suas críticas contundentes à política nacional.

Em pouco tempo ele era um artista do mundo e viajava constantemente para a Europa, para outros países da América do Sul e por todo o Brasil. Como ilustrador fez parte de livros importantes de autores nacionais como Jorge Amado e Vinícius de Moraes.

Di Cavalcanti teve reconhecimento internacional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foi casado duas vezes e marcou presença na primeira Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 1951, e foi um dos maiores incentivadores e doadores para o Museu de Arte Moderna de São Paulo, onde estão mais de 500 desenhos que ele criou.

Ele ilustrou livros de autores famosos como Jorge Amado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Di Cavalcanti pintou as estações da via sacra que estão na Capital Metropolitana de Brasília e teve sua pintura “Cinco Moças de Guaratinguetá” transformada em selo e reconhecida internacionalmente. Ele morreu em outubro de 1976 na capital carioca, aos 79 anos, e deixou uma produção artística de valor inestimável.

 

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