Di Cavalcanti no seu ateliê no Rio de Janeiro |
Nascido Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, na cidade do Rio de Janeiro. em 1897, ele se transformou em um dos mais populares e conhecidos pintores, ilustradores e caricaturistas brasileiros.
Di Cavalcanti, o nome artístico que assumiu, começou sua vitoriosa carreira com apenas 17 anos, criando ilustrações e caricaturas políticas para a revista “Fon-Fon”. Mas foi a partir de 1916, quando veio para São Paulo e entrou para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que o jovem conheceu Mário e Oswald de Andrade e com eles idealizou e organizou a Semana de Arte Moderna de 1922, um marco na história da cultura deste País.
Ele foi para a Europa em 1923 e lá fez suas primeiras exposições internacionais e se tornou amigo de Pablo Picasso e Matisse. Na volta ao Brasil ingressou no Partido Comunista e criou os painéis de decoração que até hoje estão no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.
Di Cavalcanti participou de inúmeras exposições colectivas e de salões nacionais e internacionais e foi também um dos fundadores do Clube dos Artistas Modernos, em 1932. Ao mesmo tempo em que fazia sucesso com suas pinturas e com seus desenhos e charges políticas, Di Cavalcanti foi preso várias vezes por suas críticas contundentes à política nacional.
Em pouco tempo ele era um artista do mundo e viajava constantemente para a Europa, para outros países da América do Sul e por todo o Brasil. Como ilustrador fez parte de livros importantes de autores nacionais como Jorge Amado e Vinícius de Moraes.
Di Cavalcanti teve reconhecimento internacional |
Foi casado duas vezes e marcou presença na primeira Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 1951, e foi um dos maiores incentivadores e doadores para o Museu de Arte Moderna de São Paulo, onde estão mais de 500 desenhos que ele criou.
Ele ilustrou livros de autores famosos como Jorge Amado |
Di Cavalcanti pintou as estações da via sacra que estão na Capital Metropolitana de Brasília e teve sua pintura “Cinco Moças de Guaratinguetá” transformada em selo e reconhecida internacionalmente. Ele morreu em outubro de 1976 na capital carioca, aos 79 anos, e deixou uma produção artística de valor inestimável.