Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Adriana Pietro

7 de Março de 2014
 Adriana Prieto no início da sua carreira no cinema nacional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O nome de Adriana Prieto pode não significar muito para o público brasileiro hoje, mas essa linda argentina, nascida em Buenos Aires em 1950, e que chegou ao Brasil com apenas quatro anos de idade, foi um dos rostos mais fotografados e filmados no país no início da  década de 1970.

Filha de um diplomata chileno e de uma professora brasileira, Adriana Prieto chamava a atenção pelos cabelos louros, o olhar marcante e suave e por ser muito reservada. Começou no cinema quando ainda estava no colégio e com apenas 17 anos de idade, no filme “El Justicero” de Nelson Pereira dos Santos.

Sua atuação no filme chamou a atenção de cineastas e de críticos da época e a partir dos 18 anos, Adriana fez um filme atrás do outro, se transformando em um rosto marcante do cinema brasileiro do final dos anos 60 e início dos anos 70.

Adriana em cena de "Ainda Agarro Essa Vizinha" de 1974

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acumulava também prêmios importantes como o Air France de melhor atriz, conquistado em 1971 pelo conjunto da obra naquele ano, que incluía suas interpretações nos filmes “Um Anjo Mau”; “Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa” e “Soninha Toda Pura” .

Foi uma das musas de Wálter Hugo Khoury com quem filmou “O Palácio dos Anjos” em 1970, ao lado de Norma Benguell e Rossana Ghessa e estourou as bilheterias em 1972 em  “A Viúva Virgem”, uma comédia de Pedro Carlos Rovai que se tornou uma das maiores bilheterias do cinema nacional na década de 70, e onde ela contracenava com Carlos Imperial e Jardel Filho.

Adriana e Paulo Porto no cartaz do seu último filme: "O Casamento"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com a morte de Leila Diniz em um acidente aéreo em 1972, Adriana Prieto tinha tudo para se tornar a nova diva do cinema brasileiro, e foi conquistando um sucesso atrás do outro como filmes como “Ainda Agarro Essa Vizinha” com Cecil Thiré e “O Casamento” de Arnaldo Jabor, baseado na obra de Nelson Rodrigues.

Ela foi capa de muitas revistas no início da década de 1970

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas foi justamente semanas após encerrar as filmagens de “O Casamento”, que Adriana Prieto faleceu repentinamente e forma também trágica, como Leila Diniz, aos 24 anos de idade, ao bater o seu automóvel com um carro de polícia, no Rio de Janeiro, na véspera do Natal de 1974.

 

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