Adriana Prieto no início da sua carreira no cinema nacional |
O nome de Adriana Prieto pode não significar muito para o público brasileiro hoje, mas essa linda argentina, nascida em Buenos Aires em 1950, e que chegou ao Brasil com apenas quatro anos de idade, foi um dos rostos mais fotografados e filmados no país no início da década de 1970.
Filha de um diplomata chileno e de uma professora brasileira, Adriana Prieto chamava a atenção pelos cabelos louros, o olhar marcante e suave e por ser muito reservada. Começou no cinema quando ainda estava no colégio e com apenas 17 anos de idade, no filme “El Justicero” de Nelson Pereira dos Santos.
Sua atuação no filme chamou a atenção de cineastas e de críticos da época e a partir dos 18 anos, Adriana fez um filme atrás do outro, se transformando em um rosto marcante do cinema brasileiro do final dos anos 60 e início dos anos 70.
Adriana em cena de "Ainda Agarro Essa Vizinha" de 1974 |
Acumulava também prêmios importantes como o Air France de melhor atriz, conquistado em 1971 pelo conjunto da obra naquele ano, que incluía suas interpretações nos filmes “Um Anjo Mau”; “Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa” e “Soninha Toda Pura” .
Foi uma das musas de Wálter Hugo Khoury com quem filmou “O Palácio dos Anjos” em 1970, ao lado de Norma Benguell e Rossana Ghessa e estourou as bilheterias em 1972 em “A Viúva Virgem”, uma comédia de Pedro Carlos Rovai que se tornou uma das maiores bilheterias do cinema nacional na década de 70, e onde ela contracenava com Carlos Imperial e Jardel Filho.
Adriana e Paulo Porto no cartaz do seu último filme: "O Casamento" |
Com a morte de Leila Diniz em um acidente aéreo em 1972, Adriana Prieto tinha tudo para se tornar a nova diva do cinema brasileiro, e foi conquistando um sucesso atrás do outro como filmes como “Ainda Agarro Essa Vizinha” com Cecil Thiré e “O Casamento” de Arnaldo Jabor, baseado na obra de Nelson Rodrigues.
Ela foi capa de muitas revistas no início da década de 1970 |
Mas foi justamente semanas após encerrar as filmagens de “O Casamento”, que Adriana Prieto faleceu repentinamente e forma também trágica, como Leila Diniz, aos 24 anos de idade, ao bater o seu automóvel com um carro de polícia, no Rio de Janeiro, na véspera do Natal de 1974.