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Gene ID revoluciona tratamento do autismo com modelo inovador e investigação genética

24 de Julho de 2024

Companhia já nasce com profundo conhecimento e experiência em genética aplicado para reduzir custos e garantir previsibilidade às operadoras de saúde na investigação genética e no tratamento para autismo 

Foto: Pixabay/ Divulgação

Os custos com tratamentos para transtorno do espectro do autismo (TEA) superaram os gastos com tratamentos oncológicos: segundo a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), estas despesas atingiram 9% do custo médico total, ultrapassando os 8,7% destinados aos pacientes com câncer. 

Essa tendência de aumento nos custos dos tratamentos do autismo foi potencializada pelas mudanças regulatórias implementadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que desde 2022 incluem cobertura ilimitada de sessões com psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, além de outros métodos indicados para o tratamento do transtorno. 

Há cerca de 10 anos, observamos um aumento exponencial no diagnóstico de casos de autismo. Este é um dos temas mais estudados atualmente, que tem entre causas prováveis fatores genéticos e idade avançada dos pais”, revela Augusto Camara Lopes, fundador e CEO da Gene ID, primeira rede de centros médicos direcionados à investigação, diagnóstico e tratamento do autismo, síndromes genéticas e oncologia. 

De acordo com o executivo, a mudança na regulação causou um cenário de proliferação de serviços sem análise técnica acurada sobre a real necessidade do paciente, ocasionando drástico desequilíbrio financeiro para as operadoras e grande estresse entre os pacientes pelo número excessivo de horas terapêuticas. “Não há grande número de profissionais qualificados e com critérios técnicos para diagnosticar e tratar estes pacientes. Por conta da ineficiência generalizada, todos saem prejudicados”, afirma ele. 

Dr. Pedro Castro, médico geneticista, cofundador e COO, revela que a Gene ID nasceu justamente com o propósito de proporcionar uma investigação genética mais profunda do TEA e demais síndromes genéticas, além da oncologia. O objetivo da companhia é prestar atendimento de alta performance e eficiência aos pacientes, ao mesmo tempo que oferece às operadoras de saúde redução significativa dos custos e maior previsibilidade do investimento nos tratamentos, como ABA e investigação do autismo - tudo baseado em protocolos e diretrizes internacionais do TEA. 

Na Gene ID, a média de tratamento por paciente fica em torno de 15 horas semanais de terapias. Este número é baseado em estudos internacionais e também referenciados e validados com nossos próprios pacientes”, revela o médico geneticista. Ele prossegue lembrando que o tempo de intervenção deve ser respeitado porque cada paciente possui necessidades específicas e não é positivo sobrecarregá-lo com o excesso de estímulos sensoriais, uma vez que isto pode piorar seu quadro. “Maior quantidade de horas não significa maior eficiência no tratamento”, completa Dr. Pedro Castro. 

Segundo o médico geneticista, a Gene ID segue a linha de intervenção baseada na ciência ABA (Applied Behavior Analysis - Análise do Comportamento Aplicada), cujo foco é promover o ensino de novas habilidades e lidar com comportamentos desafiadores. “Esta ciência é baseada em evidências científicas na sua eficácia no TEA. Temos muitos estudos que apontam um volume intensivo de horas de intervenção, mas temos o cuidado de jamais produzir a exaustão ou até mesmo burnout na criança”, destaca ele. 

Por isso, um paciente diagnosticado com nível 1 de suporte, que apresenta prejuízos leves, necessita de cerca de três a cinco horas semanais de intervenção. Já no nível 2, no qual o paciente apresenta um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas (podem apresentar rigidez cognitiva, tendem a falar pouco, ter dificuldade na linguagem verbal e não-verbal), o número costuma ser de seis a oito horas semanais. No nível 3, no qual o paciente possui dificuldades mais severas de comunicação, inabilidade motora global e fina, alteração comportamental, geralmente com comorbidades, o recomendado são de 15 a 20 horas de intervenções semanais. 

O médico da Gene ID reforça que o tratamento geralmente é intensivo, multidisciplinar, individual e deve ser constantemente reavaliado, uma vez que a demanda no tratamento pode se alterar conforme a evolução ou não do paciente. “Acreditamos sempre no equilíbrio saudável entre terapias e outras atividades da rotina”, diz Dr. Castro. 

Os fundadores da Gene ID esperam ocupar uma lacuna importante no segmento de terapias voltadas para este público. A empresa já nasce com conhecimento e experiência profunda em genética e pretende se tornar um espaço de referência no tratamento para pacientes com TEA e outras síndromes. 

Ao longo dos últimos anos, atendemos crianças com as mais diversas síndromes, desde casos de TEA a casos mais complexos de doenças raras. Trabalhamos todos os dias para criar uma companhia focada em melhorar a qualidade de vida destes pacientes, de modo que, com o protocolo desenvolvido na Gene ID, garantimos a redução de custos e maior previsibilidade para as operadoras de saúde”, informa Dr. Castro. 

O CEO da empresa, Camara Lopes, reforça que a precificação da Gene ID varia de acordo com a volumetria da operadora, obtendo normalmente uma redução de custo de até 30% no tratamento para autismo e quase 50% na investigação e diagnóstico. No tratamento, esta diminuição se dá pela indicação correta do número de horas de terapias. Na investigação e no diagnóstico, ela se dá por meio da aplicação de protocolos bem definidos na requisição dos exames genéticos como o Exoma. Isso evita custos marginais com exames desnecessários e diminui o tempo do diagnóstico, que antes poderia demorar até seis meses, e hoje pode levar apenas 30 dias. 

No modelo proposto para o tratamento pela Gene ID, as operadoras com grande número de beneficiários tendem a economizar milhões. Além disso, ele funciona dentro de um modelo de compartilhamento e gerenciamento de risco, no qual o valor é negociado de acordo com o nível de suporte que a criança vai precisar. Se o número de horas for maior que o precificado, assumimos essa diferença”. 

Atualmente, a companhia tem uma unidade na zona norte de São Paulo. Os planos de expansão devem seguir de acordo com as negociações em curso. “Neste novo modelo, temos no portfólio uma das maiores operadoras do Brasil. Nosso objetivo é selar, nos próximos 30 dias, um novo contrato com uma outra grande operadora, já em negociação, para escalar e proporcionar com eficiência, critério e menor custo, atendimento na investigação, diagnóstico e tratamento para autismo, oncologia e outras síndromes”, finaliza o CEO.

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