O último texto da atriz e dramaturga Jandira Martini (1945-2024) é um relato autobiográfico bem-humorado e poético sobre a tomada de consciência da finitude
Marcos Caruso, amigo e dupla constante de Jandira, com quem escreveu inúmeras peças e roteiros de audiovisual, dirige sua recente parceira na novela “Elas Por Elas” - Isabel Teixeira, um dos nomes mais importantes do teatro paulistano, com 40 anos de carreira e vários prêmios, entre eles APCA, APETESP e dois Shell.
ESTREIA: dia 09 de agosto (6ªf) às 20h
LOCAL: Teatro das Artes RJ - Shopping da Gávea
. R. Marquês de São Vicente, 52/2º piso – Gávea / RJ Tel: (21) 2540-6004
HORÁRIOS: sextas e sábados às 20h e domingos às 18h / INGRESSOS: R$100 (inteira) e R$50 (meia) / VENDAS: https://divertix.com.br/rio-
“JANDIRA - em busca do bonde perdido” marca um encontro de almas: Marcos Caruso é convidado pela Mesa 2 para dirigir o texto de Jandira Martini (1945-2024), dramaturga com quem trabalhou por uma vida inteira escrevendo para o teatro e a TV. Isabel Teixeira, um dos nomes mais importantes do teatro paulistano, integra o elenco de “Elas Por Elas” ao lado de Caruso e funda com ele uma sólida amizade, nascida das afinidades artísticas. O caminho estava desenhado - foi só trilhar.
Inspirada em sua própria jornada pessoal e dedicação ao teatro, a atriz e dramaturga Jandira Martini (falecida em janeiro deste ano) escreveu seu último texto. E é ela própria quem define: “Um monólogo sobre uma situação imprevista, surpreendente. Uma atriz que se revela, diante de seu público, ao narrar, com humor, sua inesperada e assustadora experiência. Auto ficção? Sem dúvida. Um stand-up? Seria, se fosse cômico. E cômico não chega a ser. Nem trágico. Apenas dramático.”
A peça convida o público a um passeio pelas memórias mais marcantes da autora através de um texto direto, enxuto e coloquial, evocando os blocos carnavalescos da cidade de Santos - sua terra natal -, as descobertas da infância, momentos dramáticos, a vida dedicada ao teatro.
“Uma corajosa exposição. Uma improvável abertura de sentimentos de uma das pessoas mais fechadas que conheci. Uma peça que fala de uma dor de todos nós, com um grau elevado de bom humor e poesia. O convite da Mesa2 e dos filhos de Jandira Martini me permite continuar ao lado dela num ciclo iniciado em 1984 que resultou em muitas peças de teatro, roteiros de cinema, novelas e séries para TV. Uma escrita vitoriosa. Um grande acerto foi convidar Bel Teixeira. Bel respira e transpira Teatro. Bel é Jandira.”, celebra Marcos Caruso, diretor.
Em seus momentos mais difíceis, a personagem/narradora busca socorro nas palavras e pensamentos de Molière, Machado de Assis, Oscar Wilde, Shakespeare e outros deuses da escrita, sua grande paixão.
SINOPSE
Um diagnóstico inesperado desencadeia o maior dos dramas humanos, que a todos iguala: a tomada de consciência da finitude, da fragilidade humana e do inevitável confronto com a morte. Mas, se o tema é transitoriedade e vulnerabilidade, para além disso há uma narrativa de paixão pelo próprio ofício, pelas pessoas, vivências e, sobretudo, uma declaração de amor à vida.
A MONTAGEM
Nas palavras do próprio diretor: “Concebi um espetáculo onde o absolutamente imprescindível e o essencialmente necessário estarão em cena. Essa foi a maneira que encontrei de honrar Jandira e, assim, poder continuar escrevendo com ela, para que, este ano, possamos completar nossos 40 anos de parceria.”
FICHA TÉCNICA
Texto: Jandira Martini
Direção: Marcos Caruso
Elenco: Isabel Teixeira
Trilha Sonora: Aline Meyer
Iluminação: Beto Bruel
Fotos: Flora Negri
Produção Executiva: Silvia Rezende
Direção de Produção: Roberto Monteiro e Fernando Cardoso
Realização: Mesa2 Produções
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
JANDIRA MARTINI - autora
Famosa por suas atuações marcantes no teatro e na televisão brasileiros, Jandira Martini é também reconhecida como autora teatral de sucesso. Pelo espetáculo “O Eclipse”, dirigido por Jô Soares, Jandira ganhou o prêmio APCA de melhor texto em 2008.
A carreira como atriz começou no teatro, no final dos anos 1960, com “Joana D’Arc entre as Chamas”. Nos palcos, a trajetória de Jandira soma mais de 20 peças, entre elas, “Sua Excelência o Candidato” (atriz e autora), “Porca Miséria” (atriz e autora), “Operação Abafa” (atriz e autora), “O Eclipse” (atriz e autora) e o monólogo “Prof! Profa!”.
Na TV Manchete, foi autora e atriz da novela “Ana Raio e Zé Trovão”. No SBT, atuou em “Éramos Seis” e “Sangue do Meu Sangue”. Na Rede Globo, integrou o elenco das novelas “Sassaricando”, “O Clone”, “Caminho das Índias”, “Salve Jorge”, “Morde e Assopra” e das minisséries “Os Maias” e “A Casa das Sete Mulheres”.
ISABEL TEIXEIRA - atriz
ISABEL TEIXEIRA é diretora, dramaturga, pesquisadora e atriz formada pela EAD. Foi integrante-fundadora da Cia. Livre de Teatro, junto à qual realizou trabalhos como atriz em TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA e UM BONDE CHAMADO DESEJO - indicada ao prêmio Shell de melhor atriz 2002 (ambas sob a direção de Cibele Forjaz). Na mesma companhia, em 2005, coordenou o projeto ARENA CONTA ARENA 50 ANOS, ganhador dos prêmios Shell e APCA do mesmo ano.
Atuou nas peças GAIVOTA, TEMA PARA UM CONTO CURTO, dir. de Enrique Diaz; RAINHA[(S)], DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO (prêmio Shell de melhor atriz em 2009) dir. de Cibele Forjaz; O LIVRO DE ÍTENS DO PACIENTE ESTEVÃO, dir. de Felipe Hirsch.
Foi assistente de Regina Braga no espetáculo TOTATIANDO, com Zélia Duncan em 2011. Em 2013, dirigiu a peça DESARTICULAÇÕES, monólogo realizado por Regina Braga com texto de Sylvia Molloy. Também em 2013 dirigiu o show TUDO ESCLARECIDO, com Zélia Duncan; traduziu e dirigiu a Turma 63 da EAD na peça ELEUTHERIA, de S. Beckett. Entre 2014 e 2015 estreou PUZZLE (a, b, c e d), sob a dir. de Felipe Hirsch. Entre 2013 e 2020 Atuou no espetáculo E SE ELAS FOSSEM PARA MOSCOU? (indicada como melhor atriz para os prêmios Questão de Crítica, Cesgranrio e APTR), dir. de Christiane Jatahy. Esta peça foi vista em países como Canadá, França, Portugal, Espanha, Bélgica, Croácia, Alemanha e Estados Unidos, cumprindo turnê até janeiro de 2020.
Entre 2014 e 2015 dirigiu o espetáculo, ANIMAIS NA PISTA, de Michelle Ferreira e o espetáculo AGORA EU VOU FICAR BONITA, com Regina Braga e Celso Sim, roteiro de Regina Braga e Drauzio Varella. Em 2016 dirigiu a peça FIM DE JOGO, de Samuel Beckett, com Renato Borghi. Codirigiu a peça A TRAGÉDIA DA AMÉRICA LATINA, sob a dir. de Felipe Hirsch. Dirigiu a peça LOVLOVLOV, Peça Única em Cinco Choques, com texto de Isabel Teixeira, Diego Marchioro e Fernando de Proença. Em 2017 dirigiu a peça A MULHER QUE DIGITA, de Carla Kinzo.
Como integrante da Cia. Vértice de Teatro, foi convidada pelo teatro Odeon de Paris e pelo Le Centquatre-Paris para atuar no espetáculo ÍTACA, de Christiane Jatahy, que estreou em Paris em abril de 2018 e cumpriu turné mundial até 2019. Em julho de 2019, dirige o novo show de Zélia Duncan, TUDO É UM, estreia nacional no Sesc Pinheiros. Em 2019 dirigiu a peça SÃO PAULO, roteiro de Regina Braga, recentemente em cartaz. Em 2019, escreveu e dirigiu a peça PEOPLE vs PEOPLE, com Fernando de Proença e Diego Marchioro, que estreou em novembro de 2019 em Curitiba e ainda cumpre temporada.
Escreveu o Podcast em três capítulos: PEOPLE vs TESLA, para a Rumo de Cultura de Curitiba, que estreou em novembro de 2020, nas principais plataformas. Integrou o elenco da série DESALMA, de Ana Paula Maia, direção de Carlos Manga Junior (temporada 1-2019 e temporada 2 – 2021); da novela AMOR DE MÃE, de Manuela Dias, direção de José Luiz Villamarim (2020); da novela PANTANAL, de Bruno Luperi, direção de Rogério Gomes (2022), trabalho pelo qual recebeu o troféu Melhores do Ano e o prêmio APCA. Em 2023 protagonizou o remake da novela ELAS POR ELAS, de Cassiano Gabus Mendes, reescrita por Thereza Falcão e Alexandre Marson, direção de Amora Mautner.
Em 2024 integra o elenco da próxima novela de Cláudia Souto, na TV Globo, VOLTA POR CIMA, direção de André Câmara. No teatro, dirige a Cia Munguzá no projeto LINHAS (dramaturgia do grupo sob sua coordenação); atua na peça MARTINI, EM BUSCA DO BONDE PERDIDO; e colabora na dramaturgia de O FIGURANTE, que escreve com Mateus Solano (atuação) e Miguel Thiré (direção).
MARCOS CARUSO - diretor
Marcos Caruso atuou em mais de 35 peças teatrais de sucessos longevos no Brasil assim como em Portugal, uma dezena de vezes. Em 2017, recebeu 7 prêmios de Melhor Ator, entre eles Shell, APTR e Cesgranrio por “O Escândalo Philippe Dussaert”.
É autor de 10 textos, entre eles o fenômeno “Trair e Coçar É Só Começar”, que completou 34 anos em cartaz em 2019, sendo interrompido apenas pela pandemia. A peça integrou várias edições do Guinness Book como recordista da temporada mais longa, já foi adaptada para o cinema com direção de Moacyr Góes, e para a TV em série de duas temporadas com roteiro do próprio Caruso, exibida pelo canal Multishow.
Por “Sua Excelência, o Candidato” ganhou o Prêmio Molière de Melhor Autor, e em 1993 os Prêmios Shell e Mambembe por “Porca Miséria”.
Dirigiu as peças “S.O.S. Brasil” e “Brasil S.A.”, ambas de autoria do empresário Antônio Ermírio de Moraes (1928-2014). Dirigiu ainda “Família Lyons”, de Nicky Silver, indicada aos Prêmios Shell e Cesgranrio, com “Rogerio Fróes e Suzana Faini” à frente do elenco; e “Selfie”, peça de enorme sucesso com Mateus Solano e Miguel Thiré que, depois de longas temporadas no Rio e em São Paulo, também excursionou por Portugal.
Na TV, atuou em mais de 30 produções, entre elas as novelas “Avenida Brasil”, “Éramos Seis”, “A Regra do Jogo”, “Mulheres Apaixonadas”, “Páginas da Vida”, “Cordel Encantado”, “Joia Rara”, a nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo” (como Seu Peru, personagem de Orlando Drummond na versão original); as séries “Chapa Quente”, “O Canto da Sereia”, entre outras tantas, na TV Globo. Escreveu as novelas “Braço de Ferro” e “Ana Raio e Zé Trovão” (a primeira e única novela itinerante da teledramaturgia brasileira, exibida na extinta TV Manchete), e dirigiu o programa “Fala Dercy”, no SBT, com Dercy Gonçalves. Recentemente, viveu o vilão Sergio Aranha na novela “Elas Por Elas”, de Alessandro Marson e Thereza Falcão, na TV Globo.
No cinema, atuou em mais de 10 filmes, entre eles “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Andre Klotzel; “Polaroides Urbanas”, de Miguel Falabella; “Irma Vap – o retorno”, de Carla Camurati; “Obra Prima”, de Daniel Filho; “Operações Especiais”, de Tomás Portella; e “O Escaravelho do Diabo”, de Carlo Milani. Escreveu quatro roteiros, entre eles “O Casamento de Romeu e Julieta”, dirigido por Bruno Barreto.