Carol Gonzalez, Rogério Brito, Marat Descartes e Leopoldo Pachec |
Créditos: Heloísa Bortz |
“Sangue” é um projeto inédito, escrito por Kiko Marques especialmente para os atores Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Marat Descartes e Rogério Brito. A estreia acontece no dia 8 de agosto, no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, com sessões de quinta a domingo e fica em cartaz até 15 de setembro. Kiko Marques também assina a direção.
A obra propõe uma discussão sobre o poder e a dominação. No momento em que a trama começa, a atriz Carin, que produz seus próprios espetáculos, ensaia a peça “Sangue", onde contracena com o ator Cesar Santo. O texto é de Aponti, genial autor francês falcido no fim dos anos noventa.
Com duas semanas de ensaio e com Carin e Cesar chegando a um resultado extraordinário na composição de seus personagens, eles recebem um e-mail revogando a autorização para realização do projeto.
Em paralelo, no interior da França, a história revela Leon, ex-namorado de Carin e diretor francês apaixonado pelo Brasil, que originalmente dirigiria “Sangue”. É ele que tenta convencer seu amigo Victor, irmão de Aponti e herdeiro de seus direitos autorais, a bloquear os direitos da montagem brasileira, alegando que Carin plagiou seu projeto.
Os apelos de Carin para reverter a decisão não recebem sequer resposta, até que Leon sugere a Victor, que acredita possuir a mesma genialidade do irmão e ambiciona se tornar diretor de teatro, que ele assuma a direção da montagem brasileira, como um balão de ensaios que, se der certo, poderá ter a montagem reproduzida na França. Leon irá com ele, trabalhando como cenógrafo e intérprete. Victor então condiciona a liberação do texto à participação dos dois no projeto.
Como uma miniatura do mundo, os conflitos da peça espelham os conflitos que a própria sociedade atravessa. Mais de um século depois da Semana de Arte Moderna, em que a cultura brasileira rompeu os grilhões que a mantinham como subalterna à Europa, ainda se faz fundamental discutir o panorama cultural que hoje encontramos no país. Em “Sangue”, os franceses armam um ardil para se apoderar do projeto dos artistas brasileiros, fazendo-os perder o domínio daquilo que eles próprios idealizaram. O texto também discute a violência de gênero, que aparece desde o início do relacionamento amoroso entre o diretor francês e a atriz brasileira.
Segundo Kiko Marques, autor e diretor, "Sangue é um poema cênico sobre a fraternidade, em seus mais inesperados modos, sobre a criação artística como pulsão fundamental da vida, e também sobre a violência humana, em seus insuspeitados disfarces."
“Sangue” constrói uma fábula que evidencia como trabalhadores da cultura podem ser também vítimas de seus próprios pares, quando estes não se reconhecem como iguais e se arrogam o papel de algozes. A equipe criativa conta com André Cortez na criação do cenário, Marichilene Artisevskis nos figurinos, Gabriele Souza no desenho de luz e Marcelo Pellegrini na música original. Kiko Rieser assina a direção de produção.
Ao realizar esse espetáculo, o Centro Cultural Banco do Brasil traz para o debate público temas relevantes como o poder, a dominação, o colonialismo e a violência de gênero, incentivando o público a refletir questões culturais e sociais contemporâneas, além de promover a arte e os artistas brasileiros, contribuindo para o fortalecimento do teatro nacional e ampliando a conexão dos brasileiros com a cultura.
Sinopse
Carin e Cesar Santo estão ensaiando "Sangue", peça de Aponti, genial autor francês já falecido, quando Victor, irmão de Aponti, revoga a permissão para realizar o projeto, sem qualquer explicação e em caráter irrevogável. Em paralelo, no interior da França, vemos Leon, diretor francês apaixonado pelo Brasil e ex-namorado de Carin, convencendo seu amigo Victor a bloquear os direitos da montagem brasileira. Ele alega que Carin plagiou seu projeto e sugere que o amigo assuma a direção dessa montagem. Leon viajaria com ele, trabalhando como cenógrafo e intérprete idiomático. Victor então condiciona a liberação do texto à participação dos dois no projeto.
SERVIÇO
Espetáculo Sangue
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Temporada: de 08 de agosto a 15 de setembro
Horário: Quintas e sextas, 19h | Sábados e domingos, 17h
Ingressos: R$30(inteira) | R$15(meia)
Duração: 100 min
Classificação: 14 anos
Capacidade: 120 pessoas
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.
Funcionamento CCBB SP: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.
FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Kiko Marques
Elenco: Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Marat Descartes e Rogério Brito
Cenário: André Cortez
Desenho de luz: Gabriele Souza
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Música original: Marcelo Pellegrini
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Assistência de direção: Matilde Mateus Menezes
Técnico e operador de luz e som: Rodrigo Palmieri
Camareira: Léia Marone
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Design gráfico: Letícia Andrade (Nós Comunicações)
Fotos: Heloísa Bortz
Mídias sociais: Felipe Pirillo (Inspira Comunicação)
Assessoria contábil: Juliana Rampinelli Calero
Assessoria jurídica: Martha Macruz
Supervisão administrativa e prestação de contas: Dani Angelotti
Direção de produção: Kiko Rieser
Produção executiva: Fernanda Lorenzoni
Assistência de produção: Fábio Mráz
Idealização e projeto: Carol Gonzalez e Kiko Rieser
Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil e Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa
SOBRE O CCBB SP
O Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, iniciou suas atividades há mais de 20 anos e foi criado com o objetivo de formar novas plateias, democratizar o acesso e contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura. A instalação e manutenção de nosso espaço em um prédio, em pleno centro da capital paulista, reflete também a preocupação com a revitalização da área, que abriga um inestimável patrimônio histórico e arquitetônico, fundamental para a preservação da memória da cidade. Temos como premissa ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura, em suas diferentes formas. Essa conexão se estabelece mais genuinamente quando há desejo de conhecer, compreender, pertencer, interagir e compartilhar. Temos consciência de que o apoio à cultura contribui para consolidar sua relevância para a sociedade e seu poder de transformação das pessoas. Acreditamos que a arte dialoga com a sustentabilidade, uma vez que toca o indivíduo e impacta o coletivo, olha para o passado e faz pensar o futuro. Com uma programação regular e acessível a todos os públicos, que contempla as mais diversas manifestações artísticas e um prédio, que por si só, já é uma viagem na história e arquitetura, o CCBB SP é uma referência cultural para os paulistanos e turistas da maior cidade do Brasil.