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Mais recursos para o crédito imobiliário

24 de Junho de 2024

Medidas facilitariam o acesso de milhares de famílias à casa própria

Desta vez, não foi só a indústria da construção e do imobiliário a manifestar preocupação com uma possível falta futura de recursos da Poupança para o financiamento da produção e da comercialização de imóveis.

O próprio presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, defendeu recentemente a proposta, feita há mais de um ano pelo SindusCon-SP e outras entidades, de diminuição de 20% para 15% do depósito compulsório desses recursos no Banco Central.

Com isso, segundo Vieira, seriam liberados mais R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões para o crédito imobiliário. Implementada, a medida proporcionaria um fôlego aos bancos, hoje bastante restritos na concessão desses financiamentos.

A Caixa ainda ampliou a captação em LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), prepara uma emissão no exterior e deverá adquirir CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) por meio da Emgea que atuará como securitizadora, por autorização de Medida Provisória em tramitação no Congresso.

Outra fonte potencial de recursos para o mercado imobiliário são os fundos de pensão, que aplicam apenas 3% de seus R$ 1,2 trilhão em ativos imobiliários, enquanto em outros países esse percentual chega a 25%.

Nesse sentido, merece apoio proposta do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) de criação de fundos residenciais para os fundos de pensão, similares aos da Holanda. Com isso, seria possível elevar os recursos para fomentar a construção imobiliária e proporcionar um maior retorno aos beneficiários dos fundos de pensão.

Restará ainda o desafio de baixar as elevadas taxas de juros do crédito imobiliário, que hoje estão rodando em faixa acima do dobro da inflação. Certamente medidas como a ampliação dos recursos contribuirão para esse objetivo, facilitando o acesso de milhares de famílias à casa própria.

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