O programa ajudou a vender os bonequinhos Tremendão e Ternurinha que a Estrela lançou em 1968 |
Em 1968, com o fim do Programa “Jovem Guarda”, que era uma mina de ouro para a TV Record e para as suas principais atrações: Roberto Carlos, o “Rei”; Erasmo Carlos, o “Tremendão” e Wanderléa, a “Ternurinha”, a emissora resolveu não perder os dois últimos contratados já que era impossível segurar o “Rei” que tinha uma agenda muito comprometida com shows e gravações de discos e resolveu não mais continuar à frente do programa.
A solução encontrada pela Equipe A, que comandava a linha de shows da TV Record naquela época, foi criar um novo programa para que apenas Wanderléa e Erasmo Carlos comandassem. Como outros cantores já estavam à frente de programas musicais em um estilo muito parecido com o “Jovem Guarda”, a idéia foi criar algo diferente que misturasse dramaturgia com muita música e ação.
Wanderléia e Erasmo ao lado de Roberto Carlos em O Diamante Cor de Rosa |
Surgiu assim o “Programa Ternurinha e Tremendão”, que ficou pouco tempo no ar, mas que era uma espécie de seriado onde Wanderléa e Erasmo Carlos viviam histórias diferentes a cada semana, recheadas com muita música dos dois e um ou outro cantor convidado.
Os dois cantores já haviam participado do filme “Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa”, portanto não eram tão inexperientes assim na arte de interpretar, mas a grande quantidade de shows e apresentações que tinham nas agendas, também não permitiu que se dedicassem ao programa como gostariam.
O resultado foi que o público não comprou a ideia como a emissora esperava e o programa acabou meses depois, tendo vida curta no ar. Wanderléa também se arriscaria como atriz em seguida na grande tela estreando o filme “Juventude e Ternura” ao lado de Anselmo Duarte e Ênio Gonçalves com um relativo sucesso.
Já Erasmo Carlos se mostrou mais à vontade na arte de representar, e fez uma comédia de muito sucesso no início dos anos 70 que foi “Os Machões”, ao lado de Reginaldo Faria e Flávio Migliaccio, chegando inclusive a ganhar um prêmio como o melhor ator coadjuvante do cinema brasileiro, em 1971.
Valeu a ideia, mas Wanderléa e Erasmo mostraram que eram campeões mesmo em vendagem de discos e em shows por todo o País, deixando a TV como apresentadores após essa experiência, e passando a se dedicar a essas outras fontes de contato com seus inúmeros fãs.
Ternurinha e Tremendão no lançamento em 1968 |
Na próxima semana: Janete Clair e o homem que deveria morrer no horário nobre.