Colunistas - Rodolfo Bonventti

Era Uma Vez: Na década de 1970, uma profusão de programas humorísticos na nossa TV

29 de Janeiro de 2014
Walter e Eva D'Avila no ínicio da carreira na TV Record

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os programas de humor sempre tiveram posição de destaque na grade das nossas emissoras, e não poderia ser diferente já que o público brasileiro é alegre e gosta de contar e ouvir piadas. O Brasil também sempre foi um dos maiores celeiros de grandes humoristas e redatores de programas de humor.

No início da década de 1970, o humor dominava o horário nobre das nossas emissoras, e a TV Record era a que mais investia e que possuía o melhor quadro de comediantes. Nomes como Ronald Golias, Zeloni, Jô Soares, Wálter D’Ávila, Simplicio, Manoel da Nóbrega, Consuelo Leandro, Ema D’Ávila, Rogério Cardoso, José Vasconcelos, Pagano Sobrinho, Vagareza, Ankito, Renato Aragão, Carmen Verônica, Rony Rios, Maria Tereza, Renato Corte Real, Zilda Cardoso, Roberto Barreiros, Renata Fronzi e Chocolate, só para citar os mais conhecidos, faziam parte desse grandioso elenco de humoristas da emissora paulista.

Havia a “Família Trapo” com o seu humor imperdível todos os sábados; a eterna “Praça da Alegria” comandada por Manoel da Nóbrega nas terças-feiras; o humor caricato e popular de Ronald Golias nas segundas-feiras com o “É Uma Graça, Mora!” e um hotel que de sossegado não tinha absolutamente nada e reunia os irmãos Wálter e Ema D’Ávila todas as quintas-feiras, que era o “Hotel do Sossego”.

As opções eram muitas e, naquela época, a diversão também estava garantida porque se fazia um humor sem grandes apelações, onde o palavrão nem precisava aparecer para chamar a atenção do público para o esquete ou para a piada.

Familia Trapo era uma das maiores audiências da TV Record

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dos quatro programas, todos eles exibidos durante anos pela TV Record e sempre com excelentes índices de audiência, talvez o menos conhecido ou ainda lembrado pelo público seja o “Hotel do Sossego”, uma ideia simples que foi transformar o saguão ou a portaria de um hotel no cenário ideal para personagens e situações cômicas envolvendo porteiros, camareiras, hóspedes, faxineiros e taxistas.

A condução do humorístico “Hotel do Sossego” ficou a cargo dos irmãos D’Ávila, Wálter como o porteiro atrapalhado, o seu Sinfrônio, e Ema como a camareira intrometida, a dona Moringuinha. Ao lado dos dois, Simplicio como Chiquinho e Roberto Barreiros  vivendo o Escovinha completavam o quarteto que levava o telespectador ao riso fácil, certo e gostoso de ser dado.

Praça é Nossa com Manoel da Nóbrega e Borges de Barro 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Semanalmente, os quatro programas colocavam a TV Record no topo da audiência. Enquanto “Família Trapo” e “Praça da Alegria” tinham lugar cativo entre os cinco programas mais vistos na TV brasileira, nessa época, os outros dois, “É Uma Graça, Mora!” e “Hotel do Sossego” sempre fechavam as lista dos dez mais assistidos na Grande São Paulo. Uma fase de ouro do humor na nossa TV.

Ronald Golias comandava É  uma graça Mora 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na próxima semana: Ternurinha e Tremendão conquistam espaço próprio.  

 

 

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