Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Piolim

6 de Janeiro de 2014
O Circo Piolim, no Largo do Paissandu,em 1930

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Abelardo Pinto nasceu em 27 de março de 1897 e sempre teve o circo como sua residência oficial. Ele nasceu em um circo armado em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e ganhou o apelido de Piolim, que em espanhol significa “bastante fino”, já que ele sempre teve pernas muito finas.

Piolim criou o seu próprio figurino, imortalizando a imagem do palhaço com um grande colarinho branco engomado e um pequeno chapéu-coco. Sempre levou a profissão de palhaço muito a sério e a melhor homenagem que lhe fizeram foi passar a comemorar o Dia do Circo justamente em todo dia 27 de março, a data em que Piolim nasceu.

Piolim em imagem da década de 1950

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com grande criatividade cômica, Piolim foi um exemplo para muitas gerações de como se tornar um artista genuinamente popular e brasileiro. Ele chegou a ser homenageado pelos artistas e intelectuais que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922 com o título de representante legítimo da arte popular brasileira.

Bom ginasta e bom equilibrista, Piolim era um gênio do improviso nos picadeiros, e por isso mesmo ele era amado pelo público e por grandes nomes da política nacional, como o ex-presidente Washington Luis que o considerava “o maior palhaço do mundo”.

Piolim criou uma imagem de palhaço com um grande colarinho branco 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pai da também saudosa atriz Ana Ariel, que fez muitas novelas na TV Globo, Piolim morreu em 4 de setembro de 1973, aos 76 anos, de insuficiência cardíaca, e teve um dos mais concorridos enterros da cidade de São Paulo, com uma multidão de fãs e de pessoas simples se aglomerando em torno das alamedas do cemitério em que ele foi enterrado, na Zona Leste de São Paulo.

Piolim no picadeiro que ele sempre amou

 

 

 

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