Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Cyro Monteiro

20 de Dezembro de 2013
Cyro Monteiro, o Sr. Samba na década de 50

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O cantor e compositor carioca Cyro Monteiro começou muito jovem cantando em festas de amigos e gostava de imitar Silvio Caldas. E foi justamente Silvio quem o convidou, em 1933, para substituir o cantor Luis Barbosa, que fazia dueto com ele na Rádio Phillips, no “Programa do Casé”.

No ano seguinte, em 1934, com 21 anos, Cyro assinou o seu primeiro contrato com a Rádio Mayrink Veigae passou a participar regularmente do “Programa das Donas de Casa”. Mas o reconhecimento do público veio a partir de 1936 quando gravou sua primeira música de Carnaval e em dupla com Luiz Barbosa, passou a acompanhar todas as suas canções com uma caixa de fósforos que marcava o ritmo que ele conduzia a música.

Cyro Monteiro na década de 1960

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Se acaso você chegasse” de Lupicinio Rodrigues foi o primeiro grande sucesso na carreira de Cyro, gravado em 1937 pela RCA Victor. Com a mulher, a cantora Odete Amaral, Cyro gravou várias músicas no final dos anos 30 e inicio dos anos 40.

Cyro Monteiro venceu o Carnaval de 1940 com a composição de Ataulfo Alves, “Oh! Seu Oscar” e a partir daí, se tornou uma figura clássica dos nossos carnavais. Entre seus maiores sucessos estão “Os quindis de Iaiá”; “Falsa baiana”; “Escurinho” e “Boogie-woogie na favela”.

Cyro Monteiro com o cantor Jorge Veiga 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 1956, Cyro estreou como ator na peça “Orfeu da Conceição”, escrita por Vinicius de Moraes, vivendo o papel do pai do personagem principal. Ele também compôs em parceria com Vinicius na década de 1960, bem como participou de vários programas de televisão, inclusive como apresentador, como foi o caso de “Bossaudade”, ao lado da cantora Elizeth Cardoso, na TV Record.

O cantor e compositor também gravou discos com a cantora Elizeth Cardoso, de quem era grande amigo, e o melhor deles foi “A bossa eterna de Elizeth e Cyro", pela gravadora Copacabana. Sua veia artística eclética voltou a ser testada em 1968, quando integrou o elenco do espetáculo "Mudando de conversa", produzido por Hermínio Bello de Carvalho, no Rio de Janeiro.

 
Cyro Monteiro e Elisabeth Cardoso em Bossasaudade  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A última gravação de Cyro Monteiro foi com Vinicius de Moraes e Toquinho para o LP "Toquinho, Vinicius e amigos", lançado alguns meses depois da sua morte. Ele morreu em julho de 1973, aos 60 anos, depois de dez dias internado.

 

 

 

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