Com direção e adaptação de Guilherme Weber, a nova versão para o texto do norte-americano Christopher Durang é uma sátira social sobre a importância de rirmos de nós mesmos
Créditos: Nana Moraes |
“Rir de nós mesmos nos aproxima mais daquilo que somos!” é o mote da divertida e inteligente comédia Gargalhada Selvagem, do norte-americano Christopher Durang, que é sucesso em vários países e é encenada no Brasil pela primeira vez. A peça estreia no dia 1º de abril no Teatro Porto, e segue em cartaz até 28 de maio, com apresentações às sextas e sábados às 20h e aos domingos às 17h.
Escrita em 1987, o texto, com título original de “Laughing Wild”, a obra teve 13 outras montagens em países como Austrália, Inglaterra, Espanha e Argentina, vistas por mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo, nos Estados Unidos, o texto teve produções de grande sucesso em Nova York, tendo brilhado no Circuito Broadway e Los Angeles, além de Boston.
A versão brasileira é comandada por um time de peso. A idealização é dos produtores Bruna Dornellas e Wesley Telles da WB Produções, que em sua pesquisa de dramaturgia se encantaram com a ferocidade e a comicidade do texto e resolveram apostar em uma nova montagem. A produtora também é responsável por vários outros grandes espetáculos, como: “Através da Iris”, com Nathalia Timberg, “Misery” de Stephen King, com Mel Lisboa e Marcello Airoldi e “Três Mulheres Altas” de Edward Albee, com Deborah Evelyn, Nathalia Dill e Suely Franco.
Para a direção, eles convidaram o premiado diretor curitibano Guilherme Weber; e o elenco traz a dupla Alexandra Richter e Rodrigo Fagundes, grandes artistas e veteranos no humor, com muitos trabalhos de sucesso na TV, no cinema e no teatro.
Gargalhada Selvagem é uma sátira social que mostra por meio de situações comuns do dia a dia que o mais importante da vida é saber rir de si mesmo. A ideia é usar o poder corrosivo da comédia inteligente para satirizar nossos costumes e propor uma reflexão sobre nosso cotidiano, como a neurose da vida em uma grande cidade, os relacionamentos amorosos, a positividade quase artificial que a sociedade contemporânea nos exige e o artificialismo de algumas relações.
“A ferocidade da vida nas grandes cidades apenas aumentou desde que o texto foi escrito e é nesta observação que os personagens são criados. São, ambos, um catálogo de neuroses da vida urbana e, quando estes catálogos se encontram, explodem em comédia. Os personagens são dois atores que usam o humor como escudo, a linguagem como arma e a piada como um colete salva vidas”, reflete o diretor.
A trama é dividida em três grandes momentos que envolvem um homem e uma mulher que atravessam a mesma gôndola de um supermercado. Ambos pertencem a universos diferentes, têm jeitos bem particulares de ser e ver o mundo e compartilham suas experiências com o público. Eles lutam para entender a sociedade e fazer parte de um cotidiano em que todo mundo parece conhecer as regras.
O primeiro desses momentos fica a cargo da personagem feminina, que é altamente agitada, intensa e eleva ao máximo todas as mazelas do seu dia a dia. Ela conta, de forma desenfreada e divertida, como foi o seu trajeto de vida, unindo momentos que vão da loucura à sensatez, e que se cruzam até a chegada daquele dia em que só queria comprar uma lata de atum no supermercado.
O segundo momento fica a cargo do personagem masculino, buscando harmonia, mas a ponto de explodir. Ele reflete de forma intimista e engraçada, como é difícil ser uma pessoa positiva em um mundo altamente negativo.
No terceiro e último momento, os dois personagens se encontram e em um delírio confrontam a forma como cada um enxergou o outro no corredor do supermercado e eles percebem como rir dos próprios problemas é uma forma de encará-los, observando suas posturas e formas de ver o mundo.
Sobre suas influências para criar a encenação, o diretor conta: “Minha primeira inspiração veio da pesquisa sobre humor Camp e Queer, os herdeiros do Teatro do Ridículo e a cena paródica, que já trazia Christopher Durang como um dos meus principais focos. O teatro alternativo hilariante que se criou em Nova Iorque nos anos 70 e 80 moldou um tipo de humor muito característico e original que reverbera até hoje. Era uma época de profunda provocação e a comédia sempre foi um terreno fértil para a observação aguda do comportamento humano e seus desvios e desvãos. Foi com o filtro deste teatro que trabalhei nossa versão do texto. Quanto à cena, meu ponto de partida é o corpo dos atores, o desenho que cria narrativas, as tensões que criam comédia. Alexandra e Rodrigo são dois grandes comediantes populares fazendo aqui o trabalho sofisticado de conjugar diferentes tipos de comédia”
“Nossa versão pretende também ser uma homenagem à comédia como linguagem. Estamos compondo em cena diferentes expressões da comédia e do humor: piada de salão, número de plateia, humor físico, paródia, stand up, chanchada… E ainda lançamos um olhar profundo sobre a obra do Christopher Durang. Sempre me interessou os dramaturgos que criaram grandes papéis femininos através do filtro Queer, como ele. E também os diferentes tratamentos de comédia que ele usa em seus textos, como a paródia, por exemplo. É um recurso de alta voltagem de humor e crítica”, acrescenta Weber.
SINOPSE
Gargalhada Selvagem é uma comédia hilária e provocativa sobre os perigos e tensões da vida moderna em uma grande cidade. Um homem e uma mulher se esbarram em um supermercado comprando uma lata de atum e a partir deste encontro passam a habitar de forma hilária os sonhos e os pesadelos um do outro.
Este espetáculo é patrocinado pela VIVO e PRIO através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.
Sobre Christopher Durang
É um grande dramaturgo americano conhecido por suas obras de comédia. Seus textos são irreverentes e populares, pois e mesmo tendo sido escritos em outras décadas, são cada vez mais atuais. Suas principais obras lidam criticamente com problemas sociais e de rir e riem do inusitado, do inesperado, respeitando e da tentativa de respeitar o lugar do outro no mundo e das dificuldades da vida em sociedade.
Suas peças foram apresentadas em praticamente todo os Estados Unidos, incluindo Broadway e Off-Broadway, entre eles : Sister Mary Ignatius, Explains It All For You, Baby With the Bathwater, The Nature and Purpose of the Universe, Titanic, A History of the American Film, The Idiots Karamazov, The Marriage of Bette and Boo, ‘Dentity Crisis, Vanya and Sonia and Masha and Spike (montado no Brasil com a atriz Marília Gabriela), dentre muitos outros.
Durang atuou como ator tanto no palco quanto na tela. Ele ganhou proeminência em sua revista satírica Off-Broadway. Co-estrelou em uma de suas próprias peças como Matt em The Marriage of Bette e Boo, bem como o personagem masculino na produção original de Laughing Wild.
Sobre Guilherme Weber
GUILHERME WEBER é ator, diretor, roteirista, curador e produtor. É um dos fundadores da Sutil Companhia de Teatro, uma das mais importantes da história do país, na qual atuou e assinou a co criação de diversos espetáculos por vinte anos. Trabalhou com os maiores nomes do teatro, do cinema e da televisão do Brasil. Duas vezes ganhador do prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor ator, no teatro e na televisão, foi curador do Festival de Teatro de Curitiba, o maior festival da América Latina, durante cinco anos. Como diretor assinou a direção geral de diversos espetáculos, entre eles “Os Altruístas” texto de Nicky Silver, “Os Realistas” texto de Will Eno, com a qual foi indicado ao Prêmio Cesgranrio de melhor diretor, “Peça do Casamento” texto de Edward Albee e “Tudo” texto de Rafael Spregelburd com o qual está indicado ao prêmio Cesgranrio de melhor direção da temporada de 2022. Com sua estreia na direção de longa metragem, com o filme Deserto, ganhou o prêmio de melhor direção no Los Angeles Brazilian Film Festival. O filme ganhou também o prêmio de melhor direção de arte no Festival de Brasília, melhor filme estrangeiro no Catalina Film Festival na Califórnia e melhor fotografia da Associação dos Fotógrafos de Portugal.
Sobre Alexandra Richter
É atriz e humorista no cinema, teatro e televisão. Na televisão, começou no ano 2000, fazendo a novela “Laços de Família”, na Rede Globo. E desde então participou dos seguintes trabalhos: “Xuxa-Só Para Baixinhos” (2001), “Brava Gente” (2001), “Coração de Estudante” (2002), “A Diarista” (2005), “Carga Pesada” (2007), “Toma Lá Dá Cá” (2008), “Zorra Total” (2008), “Os Caras de Pau” (2011), “Cheias de Charme” (2012), “Malhação” (2013), “Boogie Oogie” (2014), “A Regra do Jogo” (2015), “Rock Story” (2016), “O Tempo Não Para” (2018) e “Além da Ilusão” (2022).
No cinema, Alexandra Richter já participou de” Xuxa E O Tesouro Da Cidade Perdida” (2004), “Xuxa em Sonho de Menina” (2007), “Xuxa e o Mistério de Feiruinha” (2009), “Divã” (2009), “Minha Mãe é uma Peça” (2013, 2016 e 2019) e “Amor.com” (2017).
E, no teatro, a atriz e humorista já participou de inúmeras peças, como ”Loja de Brinquedos”, ”Festa na Floresta”, “O Santo e a Porca”, ”Os Amantes do Metrô”, “Os Saltimbancos”, “Terror na Praia”, “Cicejar Mundano”, “Tistu, O Menino Do Dedo Verde”, “Uma Loira na Lua”, “Divã”, ”Salada”, “Toalete” e “História de Nós Dois”, que ficou em cartaz há mais de 10 anos.
Sobre Rodrigo Fagundes
Nasceu em Juiz de Fora em 1972. Mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar comunicação na PUC, formou-se em 1996. Seu personagem mais famoso é o Patrick, do humorístico Zorra Total.
Antes disso, fez várias participações em séries e novelas da Rede Globo. Sua primeira aparição foi na novela “Kubanacan” (2003). Em seguida, fez participações em “Um Só Coração” (2004), “Sexo Frágil” (2004), “Programa Novo” (2004) e América (2005).
Saiu do “Zorra Total” em 2014 e em 2015 fez seu primeiro papel fico em novelas, interpretando o porteiro do edifício Sereia do Leme na novela “Babilônia”, de Gilberto Braga. Em 2017, interpretou o mordomo Nelito na novela “Pega Pega”.
Recentemente, Rodrigo Fagundes, fez parte do elenco da novela “Cara e Coragem” (2022). Em peças de teatro, participou de “Surto” e “O Incrível Segredo da Mulher Macaco”, entre outras.
Sobre Bruna Dornellas e Wesley Telles – WB Produções
Fundada por Bruna Dornellas e Wesley Telles, a WB Produções é uma empresa realizadora de projetos culturais, que tem em seu DNA a missão de produzir experiências transformadoras ao público através da cultura brasileira. Há 16 anos no mercado, a WB realiza projetos originais, e também é responsável por grandes obras premiadas internacionais no Brasil. É a produtora de mais de 20 projetos, dentre eles “Através da Iris”, de Cacau Hygino – homenagem a nova-iorquina Iris Apfel, interpretada por Nathalia Timberg; “Misery” da obra de Stephen King, com Mel Lisboa e Marcello Airoldi; “Três Mulheres Altas” (Three Tall Women) de Edward Albee, com Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill; “Gargalhada Selvagem” (Laughing Wild) de Christopher Durang, com Alexandra Ritcher e Rodrigo Fagundes, dentre muitos outros. Ao todo, a WB Produções atingiu um público de mais de 1,5 milhão de espectadores em mais de 700 sessões realizadas, envolvendo mais de 500 profissionais entre artistas, técnicos e equipe em seus projetos. Além disso, a WB tem como objetivo proporcionar experiências socioculturais e acessíveis, prezando pela diversidade, sempre unindo o ESG ao setor cultural. As atividades de cada projeto realizado estão unidas e ligadas a ODS’s, fortalecendo o legado social da empresa.
VIVO CULTURA
Considerada uma das principais marcas apoiadoras da cultura no Brasil, a Vivo investe nas artes cênicas, plásticas e na música para ampliar e democratizar o acesso dos brasileiros à cultura. A empresa acredita no poder da tecnologia para ampliar o alcance das iniciativas e levar arte a todo o Brasil. Por meio da plataforma @vivo.cultura, reúne suas iniciativas, além de conteúdos inéditos voltados às artes cênicas e às artes plásticas, como lives que debatem a biografia e obras de grandes autores teatrais a e história das artes plásticas.
Além do Teatro Vivo, que em 2022 promoveu 10 espetáculos, vistos por mais de 33 mil pessoas, a Vivo apoia peças em circulação por todo o país e incentiva importantes equipamentos culturais, como a Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Museu da Imagem e do Som (MIS-São Paulo), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Instituto Inhotim, Museu Oscar Niemeyer e Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM- São Paulo). Todas as suas iniciativas buscam ampliar o acesso ao conhecimento com novas formas de vivência e aprendizado, fortalecidas nos aspectos de diversidade, inclusão, coletividade e educação.
Sobre a PRIO
A PRIO é a maior empresa independente de óleo e gás do Brasil, pioneira na recuperação e aumento da vida útil de campos em produção. Criada em 2015 e com seus ativos localizados na Bacia de Campos, a companhia tem foco na excelência e na busca por eficiência operacional, priorizando a segurança das operações e o zelo com a preservação do meio ambiente.
Carioca, a PRIO tem um propósito que supera o O&G, a empresa extrai o melhor da sua energia para transformar o mundo em um lugar mais eficiente. Além disso, busca transformar a sociedade por meio do incentivo ao esporte, à cultura e à preservação do meio ambiente. A companhia acabou de lançar um portal que recebe propostas de quem busca por apoio às suas iniciativas https://investidor.
Ficha Técnica
Texto original: Christopher Durang
Tradução: Bárbara Duvivier e Guilherme Weber
Direção geral e adaptação: Guilherme Weber
Elenco: Alexandra Richter e Rodrigo Fagundes
Direção de produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles
Produção executiva: Aline Gabetto e Clarice Coelho
Figurinos e adereços: Kika Lopes
Cenário: Dina Salem Levy
Desenho de luz: Renato Machado
Fotos: Nana Moraes / Leekyung Kim.
Vídeos: Chamon Audiovisual e Sonan Filmes
Diretor de palco: Sidney Felippe
Operador de som: Cristiano Cavalcante
Operador de luz: Luana Della Crist
Camareira: Claudia Luna
Assistente de produção: Bruna Sirena
Design Gráfico: Natalia Farias
Mídias Sociais: Ismara Cardoso
Marketing Digital: Válvula Marketing
Marketing Cultural e Assessoria de Mídia: R+Marketing.
Gestão de Projetos: Deivid Andrade
Coordenação Administrativa: Leticia Napole
Assessoria Contábil: Leucimar Martins
Assessoria Jurídica: PMBM Advocacia.
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio.
Apresentado por: Ministério da Cultura, Vivo e Prio
Produtor associado: WB Entretenimento
Realização: WB Produções
SERVIÇO
GARGALHADA SELVAGEM
Estreia dia 01 de abril no Teatro Porto em São Paulo (SP).
Temporada até 28 de maio de 2023
Sextas e sábados às 20h e aos domingos às 17h)
As sessões aos domingos contam com intérprete de Libras
Ingressos: Plateia: R$ 100,00 e R$ 50,00
Frisas e balcão: R$ 50,00 e R$ 25,00
TEATRO PORTO
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone (11) 3366.8700
Bilheteria:
Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.
Clientes Cartão Porto Seguro têm 50% de desconto.
Clientes Porto Seguro têm 30% de desconto.
Vendas: www.sympla.com.br/
Clientes Vivo Valoriza, plataforma de relacionamento da Vivo, tem desconto de 50% na compra de até dois ingressos
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Gênero: Comédia
Capacidade: 508 lugares.
Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) - Clientes Porto Seguro têm desconto.