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Relacionamento: Quais são as etapas de luto depois do fim da relação?

29 de Junho de 2022

Especialista em relacionamentos explica que, apesar de ser um momento difícil, é preciso tomar cuidado para não alimentar determinados pensamentos

A superação de uma separação não é algo tão simples, mas seguir em frente é necessário

Nem sempre quando uma relação chega ao fim significa que tenha sido por falta de amor. Assim como acontece por causa da morte de um ente querido, vivenciar os estágios do luto quando uma relação afetiva chega ao fim é fundamental para lidar melhor com a perda e seguir em frente, podendo recorrer a ajuda terapeuta ou espiritual. De acordo com uma pesquisa realizada na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, o tempo médio que as pessoas levam para superar o fim de um relacionamento é de 11 semanas, o que é equivalente a quase 3 meses.

É claro que o dado não é uma regra. Há pessoas que precisam de menos tempo e há outras que precisam de mais, podendo levar anos. Lidar com a situação é extremamente difícil, ainda mais quando existe afeto. No campo espiritual, muitos casais, na intenção de resgatar a paixão, realizam o Casamento Espiritual. O trabalho, com permissão do plano espiritual, possibilita a união dos corações que deveriam estar juntos, mas que, infelizmente, por influências de energias negativas, não estão.

"É quase impossível fugir do processo. Em maior ou menor tempo, quando o relacionamento chega ao fim, as pessoas precisam adotar determinados comportamentos para conseguir dar continuidade a vida e deixar de sofrer. Evitar conversar com o(a) ex, resgatar a autoestima fazendo coisas que gosta, desabafar com uma pessoa de confiança e focar em energias positivas são algumas ações que podem ajudar a acelerar esse processo”, explica Maicon Paiva, especialista em relacionamentos e fundador da Casa de Apoio Espaço Recomeçar.

Quais são as etapas de luto depois do fim da relação?

  • Negação: 

É a fase que envolve o choque de realidade, assim que acaba a relação. Mesmo com a relação já fadada ao término, a separação sempre coloca a pessoa numa zona de desconforto, criando esse mecanismo de defesa que é a dificuldade de aceitar a dor, pois é cômodo negá-la para não sofrer;

  • Rancor:

Nessa fase, é comum a pessoa se responsabilizar pela separação e sentir raiva de si mesma. Quando a outra parte foi quem provocou ou pediu a separação, sobretudo quando envolve infidelidade, há um desejo de vingança ou o sentimento de querer expô-la, falando mal dela para outras pessoas, ligando para tirar satisfações e gerando muita agressividades e que, por trás, há muita tristeza;

  • Barganha:

O luto da separação muda de tom. A pessoa faz promessas de mudança de comportamento ao outro, pede chances para tentar novamente, apela para amigos ou pessoas mais próximas. É o momento de maior vulnerabilidade e maior distância da razão. É comum fazer o que for preciso para que as coisas voltem a ser como eram, sobretudo pela dor de ter criado uma idealização de relação ou família;

  • Tristeza:

A pessoa admite a perda e aceita que não há volta. É o momento em que ocorre a organização das ideias e o entendimento de que é preciso lidar com a mudança. É comum um sentimento de impotência, fracasso, medo ou algum outro sentimento que faz a pessoa chorar, como a lembrança. É importante se aproximar da família e amigos, expressar os sentimentos para que a tristeza não se torne uma depressão;

  • Aceitação:

Essa fase é o momento da recuperação, onde a pessoa consegue ver uma luz no fim do túnel. É o momento onde a nova realidade é encarada com otimismo, entendendo a situação com mais precisão e organizando os pensamentos para que a autoestima consiga entender a mudança. O vazio que tanto machucou agora é ressignificado para uma nova realidade. A pessoa, em breve, estará pronta para se entregar aos amigos, aos planos, sonhos, projetos e por que não a um novo amor?!

O que fazer quando o processo de luto não avança?

“Não conseguir se livrar da dor está diretamente ligado a não conseguir reconstruir a vida. É o momento de procurar ajuda na terapia ou em alimentar a espiritualidade para entender seu verdadeiro significado, se limpar de energias negativas e pensamentos que retardam o progresso”, conclui Maicon.

É importante entender que a vida precisa continuar e que ciclos podem se fechar. Para isso, é preciso perdoar o outro e perdoar a si. Não para, necessariamente, voltarem, mas para tirar o peso das mágoas e dar passos mais leves. Dessa forma, vai conseguir se libertar de todo rancor, mágoa e outros sentimentos negativos presos em seu coração.

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