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FortBrasil reúne histórias de diversidade e inclusão para servirem de exemplo no setor financeiro

28 de Junho de 2022

Embora seja um ambiente sofisticado, com pessoas qualificadas e de alto rendimento, o mercado financeiro e de TI ainda guardam heranças do machismo

No mês do orgulho LGBTQIAP+, a FortBrasil, fintech em atividade no setor de cartões de crédito e uma das 100 melhores fintechs do Brasil, segundo relatório da Distrito, reúne histórias de diversidade e inclusão para servirem de exemplo em seu setor de atuação. Embora seja um ambiente sofisticado, com pessoas qualificadas e de alto rendimento, o mercado financeiro ainda guarda heranças do machismo, o que torna o ambiente de trabalho tortuoso não apenas para a comunidade LGBTQIAP+, mas também para as mulheres.

O mercado financeiro sempre foi dominado por homens. Mas hoje, apesar da ainda árdua tarefa de alcançarem cargos de liderança, colaboradoras ocupam cada vez mais posições no segmento”, afirma Daniel Araújo, Gerente de Gente e Gestão da FortBrasil.

Segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) apenas 6% das pessoas que tiraram a Certificação de Gestores de Carteiras ANBIMA (CGA), direcionada para quem quer trabalhar com carteira de investimentos e gestão de fundos, são mulheres. Ou seja, de fato, as mulheres ocupam bem menos espaço neste segmento.

O mesmo ocorre em Tecnologia da Informação, área dominada por homens e também permeada pelo mito de que as mulheres não possuem aptidão para atuar. Esta dificuldade foi sentida na pele por Nathália Lira, gerente de Operações e Governança de TI da FortBrasil, no início de sua carreira. “Nas empresas pelas quais passei antes de chegar aqui, eu convivia com piadas e comportamentos machistas duplamente desagradáveis: primeiro pelo fato de eu ser mulher, segundo por eu ser lésbica e não ter coragem de me assumir”, revela ela.

Nathália conta que sempre teve muita dificuldade para falar sobre sua orientação sexual para a família, o que se estendia também no trabalho. “Fui a primeira filha, primeira neta, primeira sobrinha e todos esperavam que eu seria a primeira a me casar com um homem e ter filhos”, diz Nathália.

Nathália e Debora | Foto: Divulgação

Casada há cinco anos com Debora, que conheceu nos tempos de escola, a gerente conta que nenhuma das duas entendia bem o que se passava entre elas. “Tínhamos 16 anos e uma amizade muito especial, quando começamos a namorar escondido, cheias de dúvidas na cabeça”, conta Nathália. Pelo fato de ela não conseguir se assumir para a família, o namoro acabou e, anos depois, as duas se reencontraram. “Foi quando Debora me convenceu a fazer terapia para conseguir contar aos meus pais sobre minha orientação sexual e também sobre nossos planos de nos casarmos”, diz ela.

Ainda assim, Nathália não conseguiu expressar oralmente sua história para sua mãe. Mas recebeu muito apoio de sua família e da família de sua namorada e futura esposa. 

Toda a situação de namorar escondido acabou se refletindo no trabalho de Nathália, que sempre evitou detalhar sua vida pessoal para quem quer que fosse. Mesmo não falando de sua vida pessoal, só por ser mulher passou por situações de preconceito. "Participava de um grupo de TI e fui divulgar uma palestra sobre Mulheres na TI e um rapaz comentou que seria em vão fazer eventos para mulheres porque era como fazer um curso de crochê para homens. Ele quis dizer que mulheres nunca poderiam ser bem sucedidas na área de TI e, felizmente, ele estava errado, mas o constrangimento foi grande", comenta Nathália.

Quando chegou à FortBrasil, finalmente ela se encontrou. "Me senti acolhida e percebi que o que eu tinha de diferente era completamente natural. A FortBrasil tem um ambiente muito aberto a diversidade, o que me ajudou muito a me afirmar enquanto mulher lésbica na área de TI. Desde o início, me senti à vontade para ser quem eu era e falar sobre meu relacionamento abertamente, sem medo de ser julgada”, salienta a gerente.

A fintech conta com uma cultura muito forte de diversidade, onde promove rodas de conversa sobre o assunto, conta com eventos e ações sociais voltadas à comunidade e entende que a diversidade precisa estar presente no dia a dia e não somente no mês do orgulho LGBTQIAP+.

Abraçar a diversidade é um ato que está presente até nos valores organizacionais da empresa, que preza por time gente boa, que cultiva relações com empatia, gentileza e respeito à diversidade, individualidade e toda forma de ser.

O ambiente acolhedor, inclusivo e voltado para a valorização das diferenças contribuiu para que a profissional se destacasse cada vez mais e alcançasse um cargo de liderança. “Hoje, procuro agir como uma líder aberta ao diálogo, voltada para a aceitação das diferenças, sejam elas quais forem. Nossa equipe de TI funciona muito bem assim, e creio que este é o caminho para mais felicidade no trabalho”, finaliza ela.

Sobre a FortBrasil

A FortBrasil é uma das maiores fintechs em atividade no setor de cartões de crédito no Brasil e também é uma das top 100 fintechs do país segundo relatório da Distrito.   Há mais de 17 anos, trabalha no desenvolvimento de soluções financeiras para o público das classes emergentes C, D e E, por meio de uma plataforma de serviços, que se consolidou como especialista na administração de cartões Private Label co-branded. A empresa tem uma missão bem clara: prestar serviços financeiros com responsabilidade de forma ágil e competente, garantir rentabilidade para mais de 400 parceiros varejistas por todo o Brasil e promover a satisfação para cada cliente portador do cartão a partir do aumento do seu poder de compra. Além disso, buscam valorizar os colaboradores e investir em sua capacitação. Para saber mais informações, acesse o site.

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