Cultura - Teatro

Theatro São Pedro estreia Viva La Mamma, de Gaetano Donizetti

17 de Junho de 2022

Montagem, que estreia dia 16 de junho, conta com direção musical de André dos Santos, direção cênica de Julianna Santos e participação da Academia de Ópera e da Orquestra Jovem do Theatro São Pedro. Espetáculo também será transmitido ao vivo pelo canal de Youtube

O Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerido pela organização social Santa Marcelina Cultura, estreia no mês de junho a ópera Viva La Mamma, do compositor italiano Gaetano Donizetti (1797-1848).   

Com récitas nos dias 16, 17, 18 e 19 de junho, o espetáculo tem direção musical e regência de André dos Santos, que comanda a Orquestra Jovem do Theatro São Pedro, direção cênica de Julianna Santos, cenografia de Giorgia Massetani, iluminação de Kuka Batista, figurinos de Juliana Bertolini e visagismo de Tiça Camargo. A montagem traz ainda um elenco formado pela Academia de Ópera do Theatro São Pedro, além de cantoras e cantores convidados.    

Viva La Mamma, também conhecida como Le convenienze ed inconvenienze teatrali (As conveniências e inconveniências teatrais), foi inspirada em uma comédia homônima de Antonio Simeone Sografi (1759-1818), encenada em Veneza, em 1794, e tem libreto de autoria de Domenico Gilardoni (1798-1831). A ópera estreou em 1827 no Teatro Nuovo, em Nápoles e chegou em Milão em 1831, depois de uma revisão do compositor que ampliou a ópera para dois atos. A trama satiriza o fazer operístico, abordando os clichês do universo da ópera. “São comportamentos de pessoas que ali, naquele contexto, pensam cada um muito mais por si do que na obra como um todo. E o Gaetano Donizetti faz isso de forma muito divertida”, conta a diretora cênica Julianna Santos.  

Em Vivia La Mamma, uma companhia está tentando montar uma ópera, então, como personagens temos, por exemplo, o compositor, o poeta, a prima donna. São tipos bem definidos, com personalidades bem características.  “Trazemos os figurinos de forma mais contemporânea para que o público se identifique mais com essas figuras”, explica a diretora cênica.  

O título que está sendo ensaiado pela companhia é Romulo ed Ersilia, que satiriza Elvida, ópera séria do próprio Donizetti que estreou no Teatro San Carlo, de Nápoles no ano anterior. 

“Não tem ninguém que pense no coletivo. E nós tentamos colocar isso na encenação. O cenário, por exemplo, com portas que nos levam a lugar nenhum. Dessa forma, qualquer personagem pode entrar por qualquer porta, essas estruturas vão se desmontando durante o espetáculo no sentido de criar um ambiente cada vez mais confuso, onde esses egos, essas individualidades, não permitem que o conjunto se realize, que se chegue a algum lugar”, descreve Julianna Santos. 

Um dos recursos cômicos utilizados por Donizetti é a reversão da convenção da época de cantoras do sexo feminino atuarem em papéis masculinos ao colocar, por exemplo, um barítono para fazer o papel de Agata (mamma), uma mãe zelosa que luta pelos direitos de sua filha, que não é a prima donna, e sim a segunda soprano da companhia 

“Temos um diálogo com o mundo atual pensando justamente que o coletivo faz cada vez mais sentido hoje do que somente as individualidades”, afirma a diretora cênica.  

            Transmissão ao vivo  

           A récita de domingo, dia 19 de junho, às 17h,  terá transmissão gratuita pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro: youtube.com/TheatroSaoPedroTSP 

Bilheteria 

Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia) e devem ser adquiridos exclusivamente pelo site: https://theatrosaopedro.byinti.com/

SERVIÇO 

VIVA LA MAMMA
GAETANO DONIZETTI (1797 – 1848)
libreto de Domenico Gilardoni] 

ACADEMIA DE ÓPERA DO THEATRO SÃO PEDRO 
ORQUESTRA JOVEM DO THEATRO SÃO PEDRO
Paulo Zuben direção artístico-pedagógica 

Ricardo Appezzato gestão artística   

André Dos Santos, direção musical e regência  

Julianna Santos, direção cênica  

GIorgia Massetani, cenografia 

Kuka Batista, iluminação 

Juliana Bertolini, figurino 

Tiça Camargo, visagismo 

ELENCO 

Alessandra Wingter / Giulia Moura, soprano (Daria, prima donna)
Rafael Siano, barítono (Procolo, marido)
Pedro Côrtes, barítono (Biscroma Strappaviscere, maestro)
Charles Miyazaki, barítono (Agata, mamma)
Elisa Furtado / Alessandra Carvalho, soprano (Luigia, seconda donna)
David Medrado / Felipe Bertol, tenor (Guglielmo, tenor alemão)
Luiza Girnos / Maria Thereza, contralto (Pippetto, músico)
Athos Teixeira, barítono (Cesare Salzapariglia, poeta)
Gustavo Lassen, baixo (Empresário)
Andrey Mira, barítono (Diretor)
Francisco Garrido, tenor (coro)
Vinícius Cestari, tenor (coro)
Wagner Platero, tenor (coro) 

ENSAIO GERAL ABERTO: 15 de outubro, quarta-feira, 19h 

Transmissão pelo YouTube   

RÉCITAS:  16, 17, 18 e 19 de junho   

Quinta, sexta e sábado às 20h, domingo às 17h
LOCAL: Theatro São Pedro
ENDEREÇO: Rua Barra Funda, 161 – Barra Funda, São Paulo/SP
INGRESSOS: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) 

DURAÇÃO: 1h30 

CLASSIFICAÇÃO: Livre

Theatro São Pedro 

Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade. 

Santa Marcelina Cultura 

Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Criada em 2008, é responsável pela gestão do Guri na Capital e região Metropolitana de São Paulo, Interior, Liotral e Fundação Casa e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”. 

Santa Marcelina Cultura 

Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa que atua com a missão de formar pessoas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do Guri na Capital e região Metropolitana de São Paulo, da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim), do Theatro São Pedro e do Projeto Guri no Interior, Litoral e Fundação Casa. O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. No Theatro São Pedro, a Santa Marcelina Cultura desenvolve um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Projeto Guri,  da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.

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